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Mostrando postagens de outubro, 2017

Minha vida

Para Helder Emanuel O menino é um mix De gato e cachorro E eu quase morro Com tanta estripolia Subindo na pedra fria Me grita: Olha, papai! (Ai meus ais). Mas a vida seria vazia, Sem esse rapaz! Rau Ferreira Madrugada de 29/10/2017, 1h42mim

Gritos da feira

Feira dos anos 30. Arte: Evaldo Brasil A feira é o ambiente mais cultural que existe, cujo evento se repete a cada semana. Nela encontramos figuras folclóricas, personagens deste teatro ao ar livre que muitas vezes passa despercebida do grande público. Nas mais variadas apresentações, cada um a seu modo faz o seu show angariando a atenção dos consumidores já tão acostumados com gírias, trejeitos e jargões populares. São os “gritos da feira” que de tão tradicionais hoje se tornam inaudíveis. Em nossa pesquisa antropológica recolhemos algumas dessas falas, com a cooperação do amigo Janilson Andrade que inclusive fez os versos que ilustram essa postagem. Mas não basta falar. As palavras soltas ao vento não produzem o alcance desejado. O objetivo do feirante voltar os olhos dos clientes para os seus produtos e isso exige uma entonação de voz característica de um canto orfeônico. Além disso, o seu conteúdo deve possuir um tom de anedota possui o tempero que alegra a freguesia.

Uma nova imagem da padroeira

Durante a comemoração da Assunção de Maria, mais precisamente no dia 20 de agosto de 1939, recebia a nossa cidade uma nova imagem de sua padroeira. A comunidade em festa se reuniu para a bênção da efigie alusiva à Nossa Senhora do Bom Conselho. “Festa magnífica que excedera a todas as anteriores, e que congregou quase todos os fiéis da paróquia e um cem números de outras paróquias, numa demonstração eloquente de fé católica e de amor à excelsa Mãe de Deus” – comentou o vigário da época, Padre João Honório de Melo. O entusiasmo cristão nunca antes visto sacudiu “todas as almas” em efusiva culminância com a sua chegada, cujo programa adiante se observa: Pela manhã missa com comunhão geral, celebrando-se a missa festiva às 09:30 horas com a presença do Sr. Prefeito Municipal, autoridades, escolas e associações. Às quatro da tarde, deu-se a entrada triunfal da imagem em carro especialmente preparado, acompanhada de um seguimento de trinta veículos na entrada da cidade. O gestor

Sabido, sábado, sabático (por Ana Débora Mascarenhas)

A pedagogia histórico crítica é um método pedagógico que favorece a aprendizagem a partir da problematização, é uma forma dialética de se trabalhar conteúdos. Saviani defende essa forma como sendo revolucionária e eficiente. Paulo Freire disse que a procura é o primeiro passo para a aprendizagem, pois não se pode aprender sem a curiosidade e o prazer da leitura. na Idade Média alguns pesquisadores tiravam um tempo para viajar, conhecer o mundo e registrar suas aventuras em livros didáticos, eram considerados anos sabáticos, sem o compromisso com nada se não pela descoberta das coisas. No meu tempo de colégio não lembro de ter sábados letivos como ultimamente, mas tive um professor que via o mundo meio como Saviani e Freire, ele buscava instigar nos alunos o prazer de aprender, descobrir os conteúdos brincando. Em suas aulas as vezes organizava dinâmicas como uma sabatina. Era o melhor do dia, de uma lado ficavam as meninas, do outro os meninos e o professor Zezé no meio da sala orqu

Antiga Capela do Cemitério

A ampliação do cemitério público acontecida há alguns anos fez desaparecer a antiga capela que existia no centro deste Campo Santo. Muitos ainda se lembram daquele galpão dedicado as orações, onde se acendiam velas às almas. Não era muito grande, mas o suficiente para se encomendar o corpo com as exéquias. Ali se encerrava o cemitério, existindo poucas covas por trás daquele edifício e em sua volta, por onde se passava com dificuldades. Até 1930 a administração do cemitério era atribuição da igreja, por ter sido por esta construída, segundo a tradição, no final do Século XVII por obra do missionário Padre Ibiapina para enterrar as vítimas da cólera. Através do Ofício nº 70, de 17 de dezembro de 1930, em ordem ao Decreto Estadual nº 29 do mesmo mês e ano, que direcionava às prefeituras municipais todos os cemitérios existentes no Estado, solicitava o Vice-prefeito Inácio Rodrigues de Oliveira da autoridade eclesiástica local as chaves do cemitério. Foram entregues à edilidade n

Sol: Aliança Liberal

Após a ruptura da à hegemonia da política do “Café com leite”, decantada pelo expressivo “Négo” do governador João Pessoa Cavalcante de Albuquerque, aderiu a “Paraíba, pequenina e doida” (parafraseando José Américo de Almeida) a chapa eleitoral encabeçada por Getúlio Vargas para disputar as eleições presidenciais de 1930. O poeta Silvino Olavo aparecia como articulador político daquela campanha. Não fora a primeira vez que ocupara esse espaço, pois já havia trabalhado em 1924 nas eleições de João Suassuna; e se empenhado na candidatura de João Pessoa no quadriênio seguinte. Vencedor nos dois escrutínios de que participara, foi nomeado 1º Promotor da Capital por Suassuna, integrando ainda o corpo do Conselho Penitenciário Estadual e, assumiu na gestão de Pessoa a chefia de gabinete. A campanha liberal foi lançada oficialmente com a publicação das “Razões do Négo Parahybano”, publicada na imprensa carioca pelo ilustre esperancense, em agosto de 1929, convocando a nação a contribui

Ispaía Brazas

O “Ispaiá brasas” era um bloco carnavalesco que fazia a ronda na cidade visitando as casas. O primeiro carro usado foi um “aero willys”, depois veio o “Sinca” (Simca Chambord) e por fim usaram um “Dodge Dart”. As pessoas convidavam o bloco para visitar suas casas, a exemplo de Nelson da Farmácia, Mané Garcia, Otávio da Movelaria e Fernando Bezerra. A casa de Fernando eles tiveram receito, porque Fernando era muito sério. Mas foram bem recebidos. Seu Antônio Barbosa até então não participava. Mas gostava muito de música de carnaval e assistia a folia transmitida pela TV Borborema na Maciel Pinheiro. Certo dia, eles fizeram uma surpresa. Chegaram, entraram na casa de seu Antônio a pretexto de fazer uma visita e melaram toda a casa de pó, de dentro a fora. Depois disso não teve jeito, seu Antônio deixou a vergonha de lado e passou a participar do grupo. No Caobe tinha a matiné e o baile a noite, seu Antônio não perdia uma. O bloco tinha participação de Raimundo Barbosa, Zé Delg

Esperança: Um município bem administrado (1945)

Esperança - Centro (1945) A Revista Carioca “Vamos Ler” publicava em seu destaque o Município de Esperança, que em 1945 se apresentava com um dos mais bem administrados da Paraíba. O gestor Sebastião Vital Duarte reassumia a prefeitura em 1944, após administrar a cidade de 1940 à 1942. Esperança ainda abrangia o povoado de Montadas, tendo como único distrito Ariús (Areial). A população da sede era estimada em 13.887 habitantes. Produzia batatinha, feijão, milho, algodão e agave. Possuía um Grupo Escolar, o “Irineu Jóffily”, inaugurado em 1932; um posto de saúde e uma Cooperativa de Crédito e Beneficiamento. Já naquela época, estavam previstas a construção de um ginásio e uma maternidade, empreendimentos estes que se tornariam realidade pelas mãos de Dom Palmeira quase duas décadas depois. Foi uma das mais profícuas administrações, apesar da interventoria, trabalhando em prol dos cidadãos esperancenses. Com projetos arrojados, alargou ruas, trouxe o sistema de abastecimento d