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Mostrando postagens de julho, 2018

Disco: A Voz de Diogo

Contracapa do disco lançado em 1991 Gravado em 1991 pela Sony Music e produzido por Ednaldo do Ebypto, Carlos Anísio e Raimundo Nonato Batista, o disco registra a voz inconfundível do seresteiro esperancense DIOGO BATISTA. O vinil que se tornou raridade tem direção musical de Odair Salgueiro e mixagem de Edmar Lira, e foi produzido nos Estúdios DB-3, em Pernambuco, e Tome Nota na Paraíba, com participação especial de Walter Albuquerque no acordeon. Na relação musical, temos clássicos como “Nada além”, “Maria Betânia”, “Gente humilde”, “Folha morta”, “Deusa da minha rua”, “Carinhoso” e “Número um”, além das belas canções: “Sete cantigas”, de Vital Farias; “Fantasia”, de Carlos Anísio e Ednaldo do Egypto, e “Chora”, de Zé Pequeno. Em sua carreira Diogo Batista ganhou vários troféus e recebeu muitas homenagens. Apresentou-se na Rádio Tabajara e também brilhou nos palcos da AABB e do Teatro Santa Rosa na capital paraibana. Era casado com a Sra. Jacyra Batista, com quem teve c

Sol: Casamentos

Os poetas são volúveis? Talvez. Porém exige-lhes a sociedade uma certa compostura e ele mesmo elege a sua musa a patamares tão elevados que lhes fica difícil encontrar esse amor. Nisso reside a “ estrela inalcançável ”, tão declamada pelo nossos poeta. Tais qualidades couberam a Carmélia Borges, moça do Pilar, filha de Anísio e Virgína, proprietários do Engenho Recreio. Silvino com aquela fama de volúvel que a “vox popoli” disseminou por todo o Brasil, selou casamento civil em 28 de novembro de 1929. Foram seus padrinhos José Américo de Almeida e esposa e Manoel Velloso Borges e esposa, em presença do juiz de paz Arnóbio César Falcão. Coincidências a parte, quatro meses antes, no dia primeiro de julho, consorciara-se Severina Lima com Antonio Villarim, comerciante campinense. A jovem filha de Francisco Jesuíno e Rita de Lima teve como padrinhos Abdon Lycarião e José de Souza Barbosa com suas respectivas esposas. O casamento pomposo -   comentou-me uma parente – foi um desagra

Vitória: uma estrela e seu livro

Esperança hoje está em festa, pois recebe de sua filha querida um livro de memórias e poesia que resgata o que há de melhor em nosso Município. Não fora a autora ativista cultural e autora do nosso hino, a sua participação como organizadora e cantora do nosso coral, incentivadora das artes e criadora de tantos folguedos, já lhe bastariam para receber a coroa de menção honrosa por sua participação na nossa história. Vitoriarégia Coelho desde sempre é um baluarte da cultura em nosso Município. É ela a estrela que cintila em noites de festa, com sua alegria contagiante, seu lirismo e sua poesia. Magistral organizadora de festas, a filha do saudoso Professor José Coêlho da Nóbrega tem nos dado algumas de suas composições, dentre as quais se destaca o hino oficial do município Homenagem à Esperança. Honra-me agora apresentar este livro: “Vitoriarégia: uma colecionadora de memórias”, no evento que se realizará hoje (28 de junho de 2018), pelas 20 horas, na Associação das Amigas

Práticas antigas e marchantes

A prática de salgar a carne é de fato muito antiga, de um tempo que não existia a geladeira como meio de conservação dos alimentos. A salga prolongava a vida útil da carne, permitindo o seu consumo durante a semana. O processo era artesanal. Em geral o abate do animal acontecia nas quintas-feiras, quando então se cortavam as mantas de carne que eram cobertas pelo sal grosso, e estendidas nos varais passando assim um ou dois dias. O sal retira os líquidos da carne, ficando ela defumada naturalmente. Naquele tempo, quase todos os marchantes trabalhavam com a “carne seca”, já que não existia meios de conservação deste produto. O agricultor adquiria no sábado e comia até a segunda; para o resto da semana a “mistura” era o peixe, também salgado, ou aquela pescada nos ribeirinhos da zona rural. A farinha era sempre o complemento, produzida ali mesmo na roça.   Os citadinos faziam o mesmo, porém com mais fartura em suas mesas do que os agricultores, não esquecendo que na zona urbana