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Mostrando postagens de julho, 2019

O interesse de Pocinhos por Montadas, por Antônio Veríssimo de Souza Segundo

Por Antônio Veríssimo de Souza Segundo Enxerto do livro: História de Montadas, ‘a menina de olhos azuis’ (Em edição) Até o ano de 1943, o território de Montada pertencia ao distrito de paz de Pocinhos, aquela época, parte integrante do município de Campina Grande. Naquele mesmo período Esperança tinha o menor território municipal do estado da Paraíba, por isso, suas lideranças políticas vinham dialogando com as autoridades campinenses para que fosse doado a Esperança uma pequena parte do gigantesco município campinense, a qual Campina Grande não conseguia administrar com melhor eficiência. Com esse propósito o então prefeito de Campina Grande, Dr. Wergniaud Borborema Wanderley (1905-1986), decidiu doar, durante a gestão do senhor prefeito esperancense Sebastião Vital Duarte (1897-1958), as terras equivalentes ao território da povoação de Montada e a zona rural ao Norte a ela circunvizinha, desde Mari Preto até Lagoa do Açude: Ao município de Campina Pertenci

O Crente Antônio Silvino

Manoel Batista de Morais ficou conhecido pelo epiteto de “Antônio Silvino”, o rifle de ouro. No Pajeú era “Nezinho” filho de “Batistão”. Com a morte de seu pai, motivada por questão de terras, entrou para o cangaço tornando-se célebre bandoleiro. Para muitos era um “bandido social”, pois defendia o sertanejo e as pessoas menos favorecidas. Casava as moças com os rapazes que a defloravam; dava esmola aos pobres e não consentia que os seus “cabras” fizessem mal desmerecido. Há muitas histórias em torno desta lenda. Certa feita, na propriedade do Algodão, próximo ao Município de Esperança, que pertencera à Antônio Ferreira de Melo, provocara o padre que celebrou lhe uma missa de corpo presente. Nesse mesmo dia atirou num boi que dizem seguiu-o todo o caminho vaticinando a sua sina. Poucos dias depois era preso, recambiado para a Casa de Detenção na cidade do Recife. O próprio Antônio Ferreira o visitou na cadeia e, quando indagado sobre o seu arrependimento, apenas disse: “ Eu se

Antônio Silvino quer indulto

*Reportagem Especial Foi durante uma missa do Padre Almeida, vigário de Esperança, na Paraíba, que um morador do lugar lhe procurou para dizer que Antônio Silvino estava acampado nas imediações da vila, com a intenção de assaltar o povoado, tão logo o vigário se ausentasse para uma viagem, marcada para o dia seguinte. Tomando pé daquela conversa, o vigário resolveu procurar o cangaceiro, que estava n’uma mata da redondeza, aguardando o momento certo. Mas a notícia não ficara apenas nos ouvidos do padre, pois toda a vila já se fazia conhecer, ficando em povorosa a sua população. O Padre Francisco Gonçalves de Almeida gozava de grande prestígio. Foi deputado estadual pelo Rio Grande do Norte e exerceu a presidência da Intendência da Penha, seguindo a política do Dr. Pedro Velho. Mata à adentro, encontrou um de seus capangas, que guardava a entrada, disse o padre que queria ter com seu chefe, e foi escoltado ao interior do bosque, onde encontrou-o cercado de mais nove homens

Ramalho: Selo de seu centenário

Recebi da família de José Ramalho o postal comemorativo do seu centenário de nascimento, produzido pela ABMF – Associação Brasileira de Filatelia Maçônica em 30 de novembro de 2018. A edição vem acompanhada de bloco comemorativo com 12 selos de 1º porte e cartões da Agência Central de Brasília/DF. José Ramalho da Costa nasceu em Esperança no dia 21 de março de 1928. Iniciou no comércio ainda jovem, com apenas 25 anos de idade estabelecendo-se no ramo de estivas. Foi vice-prefeito na gestão de Arlindo Carolino Delgado (1959/1963), tendo assumido a prefeitura em algumas ocasiões. No campo social, presidiu o Esperança Clube (1950) promovendo festas e bailes; e dirigiu o América Futebol Clube (1954), criando o Departamento Esportivo e contribuindo em muito na construção do seu estádio (1956). Nas palavras de Antônio Aílson, seu filho: “ "Não foi preciso viver uma eternidade para fazer história, muitos vivem mais de cem anos, infinidade deles, viveram por viver, outros pa

A Salvação, Rodrigo Riquelme

“A Salvação”. Este é um dos títulos de Rodrigo Riquelme, esperancense que escreve desde os 16 anos. Com este pequeno cordel, o poeta colabora com a construção da 2ª Igreja Congregacional de Esperança. A poesia fala de um homem temente à Deus que colocou sua vida em risco para salvar uma criança de apenas 4 anos que se encontrava em uma estação de trem. A mãe nem se deu conta que aquele cristão deu sua vida para que nada acontecesse a menina. A estória nos chama à conversão, pois Cristo também se entregou por nós e, igualmente aquela senhora, temos feito pouco caso de sua paixão na cruz. Assim resume Riquelme, em uma de suas estrofes: “ Semelhante a atitude da mulher Que não teve compaixão Muitos nos dias de hoje Mediante muita situação Não dando credito a cruz Não levando em conta que Jesus Morreu para nos dá salvação!” . De fato, muitos ainda estão descrentes e precisam ouvir a palavra de vida eterna, sem a qual nada tem importância pois, de que adianta o h

A Cooperativa Mista de Esperança

A Cooperativa Mista de Esperança era uma associação de agricultores que se reuniram com o objetivo comum de fomentar a sua atividade agrícola e juntos enfrentarem as condições adversas através do método de associativismo rural. Foi fundada em 18 de abril de 1951, com o nome de “Cooperativa de Crédito Agrícola de Esperança” pelos seguintes associados: Manoel Luis Pereira, Matias Henriques da Silva, Inácio Pereira dos Santos, Cícero Luis da Costa, Joaquim Pereira da Silva, Sebastião Ataíde Neto, Cícero Manoel dos Santos, Ascendino Portela, Francisco Souto Neto, Francisco Bezerra Cavalcante, Justino Torres, Manoel Batista da Silva, Heleno Cândido, Herculano Fernandes de Lima, Francisco Sebastião Pereira. Assumiu a sua primeira direção o Sr. Francisco Bezerra da Silva, mas na presidência ainda estiveram os Srs. Manoel Luís Pereira, Francisco de Assis Belarmino e José Leite Cavalcante. O projeto era audacioso, contribuir com os agricultores nas áreas de fomentos agrícolas e garant

Catalogação dos inventários locais

O historiador Ismaell Bento tem se dedicado nesses últimos meses a trabalhar junto aos arquivos do Fórum de Esperança. A busca tem sido intensa com relação à genealogia das famílias pioneiras, projeto esse que vem desenvolvido já há dois anos. Neste sentido, o jovem pesquisador tem realizado uma coleta de dados nos inventários da Comarca, processos esses que guardam informações sobre nossos antepassados e institui uma linha sucessória para a construção das chamadas “árvores genealógicas”. Ele falou para o BlogHE sobre essa experiência: “ Já tem uns dois anos que pesquiso sobre as famílias pioneiras de Esperança, dentre elas, em especial, a minha família, os Bento do Logrador. Os arquivos judiciais de Esperança, principalmente os inventários, são documentos riquíssimos que estão guardados em caixas escuras e envelhecem junto com o tempo, sendo esquecidos por muitos, mas para nós genealogistas é de suma importância para localizarmos os parentes antigos ”. O judiciário local

Irmã Luciana

Maria Catarina Gerarda Von Den Eiden – a Irmã Luciana – nasceu 19 de abril de 1932. Religiosa da Congregação das Irmãs Missionárias de São Francisco, dedicou-se à obra da misericórdia por mais de 55 anos. Graduada em enfermagem, chegou à Esperança para substituir a Irmã Teresiana, mas atuou também como gestora da Casa de Saúde e Maternidade São Francisco de Assis, prestando inúmeros serviços sociais a nossa comunidade com muita boa vontade e compaixão. Apesar de radicada neste Município, tendo abraçado a causa dos pobres, nunca perdeu o sotaque holandês que era sua marca registrada. Ela era a última remanescente de sua missão, iniciada em 1962. E decidiu permanecer para ajudar os mais necessitados, que acorriam em busca de auxílio financeiro e material. Quem não lembra das camas e cadeiras de rodas doadas à famílias pobres? Como gestora da maternidade, não mediu esforços para manter ativo aquele serviço de saúde, fazendo caminhadas e outros eventos para sensibilizar os pode