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Mostrando postagens de outubro, 2021

Mané Santino Brás

  Conheci Mané Brás de sopetão Foi assim de repente, numa feira Que deparei me com o cidadão; Vendia de tudo numa esteira: Moedor, bala, isqueiro, relógio e pilão Tudo Mané vendia, no mei da feira.   Mané com seu jeito bufão Chamava a freguesia: - “ Venha muié, vem’a sem besteira! Comprar com Mané qué bão, Com Mané você é certeira !” Dizia contente, e sem hipocrisia.   Certa feita ali no Riachão Mané vendendo bacias Encantou-se com uma dona Dessas da vida vazia Que não tem um tostão Perdeu Mané a forquilha.   Noutras tantas no Julião Dessa mesma cercania Tratou Mané de aliviar A carga que ele trazia Vendendo bocas de fogão A três contos a duzía.   O dono do sítio então Sem qualquer regalia Disse-lhe que cozinhava Apenas com lenha e carvão As bocas de nada lhe serviria: - “Vá s’imbora, volte outro dia”. Mané triste procurou João   - o Viana, aquele da poesia – Prá fazer umas rimas pra vender... Prá Mané vender m

A Furna dos Caboclos: novos fatos

  Tivemos oportunidade de escrever sobre a Furna ou Pedra do Caboclo Bravo que se distancia de Esperança, próximo à Algodão de Jandaíra, cuja propriedade era a extrema da Fazenda Cabeço, pertencente ao meu avô Antônio Ferreira. Trouxemos uma carta de João Lopes Machado de 1874 e um questionário da Biblioteca Nacional (1881), e transcrevemos as impressões de Irineu Jóffily publicado em seu livro “Notas Sobre a Parahyba” (1892). Agora novos fatos se apresentam a esse importante sítio arqueológico que reputei igualmente necessário trazer à colação. Tratam-se dos estudos de J. D’ávila Lins, engenheiro do antigo do IFOCS – Instituto Federal de Obras contra as Secas, do Professor Ludovico Schennhagem e de Antenor Navarro, nomes importantes que fizeram a nossa Parahyba. D’ávila Lins escrevendo sobre “Os Cemitérios Indígenas” fala dos abandonos que há séculos se encontram essas necrópoles, tratando da furna em sua publicação: “[...]. As bacias hidrográficas do Curimataú e do Mamangua

O primeiro carro em Esperança-PB

Conta-se que o primeiro carro a circular por Esperança foi um Willys Overland - produzido pela empresa de mesmo nome -, e que ficou mundialmente conhecida por fabricar, em parceria com a Ford, o lendário Jeep e da famosa “Rural”. O pequeno carro lançado por Jonh Willys com motor de quatro cilindros foi bem aceito no mercado internacional e em pouco tempo chegou ao Brasil. A cidade ainda possuía ares de vila agregada que fora à Alagoa Nova cujo prefeito Dr. João Tavares mando alargar as vias públicas permitindo assim as “ condições de dar passagem a dois carros que por ventura nelle se encontrem, e mandando construir 11 boeiras, (algumas duplas) facilitou escoadouro ás águas sem prejuiso do transito ” (A Parahyba: 1909, pág. 635). Foi um campinense quem primeiro se aventurou com o seu veículo a transitar por Esperança, cuidando de ligar o fio terra à lataria para produzir pequenos choques diante do ajuntamento de pessoas e curiosos que desejavam tocá-lo. O passeio somente era perm