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Mostrando postagens de junho, 2018

IHGE: Nota à imprensa

O Instituto Histórico e Geográfico de Esperança – IHGE, “Casa de Irineu Jóffily”, deliberou ontem a sua data de criação, ficando agendado o próximo dia 05 de agosto, em alusão a fundação da Paraíba e dia de N. S. das Neves, feriado estadual. Algumas cadeiras já foram definidas, a exemplo dos sócios Rau Ferreira (Nº 01 - Dogival Costa), Inácio Gonçalves (Nº 03 – Elysio Sobreira), Ismael Felipe (Nº 04 – Epaminondas Câmara), Daniel Duarte (Nº 07 – Francisco Tancredo Torres), Evaldo Brasil (Nº 10 – Irineu Jóffily), Marilda Coelho (Nº 17 – Salathiel Coelho) e Gustavo Tavares ((Nº 20 – Silvino Olavo). Os estatutos da entidade foram aprovados previamente, em segunda chamada, na reunião deliberativa, com anuência dos demais sócios, que tiveram acesso prévio às normas. Todos os artigos foram debatidos pela diretoria e repassado aos confrades que acenaram de forma positiva ao que foi elaborado. A diretoria provisória eleita por aclamação, também definiu o encargo de conduzir os trabalh

Cordelando

Foi ao tempo do primeiro E um perfume de mulher; Um jovem por derradeiro Desfolhava bem-me-quer. Era d'um jovem lanceiro Rapaz como outro qualquer Mas sem contar dinheiro Apaixonara por uma mulher. Não conhecera o viveiro D'uma noite no Cabaré Ela e seu jeito faceiro Vissicitudes de mulher. Não foi ele o primeiro A dar-lhe os ares de M'azé Tão pouco o derradeiro De uma noite qualquer. E um punhal certeiro Cortava a carne de Mindé Ah não fosse guerreiro Fugindo da tal mulher. Fugiu o dia inteiro Mas caiu o Garnizé Nos encantos matreiros De uma donzela-mulher. Ah o destino traiçoeiro Ah a ilusão da fé... Ah o velho tropeiro Onde repousa o Canidé. Não fostes tu o primeiro Puritano daquela mulher Tão pouco o derradeiro A derramar lágrimas de fel. Bate o coração maneiro Agora que estais de pé Vive o santo-guerreiro Nos prazeres de tua mulher. Vai bate o banzeiro Batendo assim o que é?

Soneto... visões de um lunático/O segredo

“Badiva” (1997) talvez represente o momento mais inspirado do poeta. É nessa obra editada pela PME em alusão aos 100 anos de nascimento de Silvino Olavo, que se encontra o “Soneto...” dedicado à Belmiro Braga. Entre muitos, escolhi este poema. Nos seus versos esconde uma vida intensa. Uma vida dedicada à arte. Belmiro Ferreira Braga – também poeta – morreu em 1937. Em sua homenagem uma cidade mineira foi erigida. Contudo, Silvino vai além... lembrando os amigos Paulo [???], Virgínia [Vitorino] e Mário [de Andrade]. Igualmente mestres, da poesia: Fez-se, o segredo de Altura Com Paulo, Virgínia e Mário. De um passado que lhe parece distante evoca sons e cores d’outrora, porém sem ressentir a sua dor: Mas... vamos devagarinho! – Depois acaba o carinho!... E a dor não principia... Era o seu modo de ser declamado em versos, aquele que os “artistas de toga” não vislumbravam, tão pouco aceitavam e, a despeito dessa incapacidade de ver o mundo sob esta ótica, clas

Casamento matuto estilizado (1936)

Casamento matuto, anos 40 - rua Manoel Rodrigues O S. João é a festas mais tradicional nordestina. Nesta época do ano convergem os ideais às coisas simples, ao frescor da terra e ao tempo lúdico de brincadeiras em torno da fogueira. Por compadre e comadre se dão e uma saraivada de vivas eclodem ao surgir do primeiro balão. A nossa gente brincante sempre devotou ao santo tamanha admiração, registrado nos versos do poeta (Noite de S. João/ Junho) e nas comemorações joaninas que se celebravam na Escola “Irineu Jóffily”. Este educandário fora palco de grandes quadrilhas, animadas ao som do fole dos eternos forrozeiros e do batuque dos Pichacos. A escola havia sido inaugurada há pouco mais de quatro anos, e seu auditório se mostrava propícia às apresentações. Era o lugar adequado, dado que a “florescente vila” não possuía ainda clubes particulares. O educandário era também o lugar da cultura, já que o alunado participava, igualmente, daquelas celebrações. É imemorial as comemora

Casarão dos Epitácios

As “Casas Ecléticas” são construções que remontam ao academicismo do final do Século XIX e início do Século XX. Esperança possui um rico acervo desta arquitetura. O Casarão dos Epitácios é um grande exemplo. Construída em 1915, por Manoel Maria, é uma mistura do estilo neoclássico e pré-modernista. A sua fachada nem sempre foi assim, já que foi reformada nos anos 40 por Alfredo Régis e, pelo que conheço, nos anos 80. Esta última acrescentou apenas uma área na entrada, pois antes só tinha uma porta e uma série de batentes que davam para a sala principal. Ocupa um terreno de 10 x 30 metros. Em seu interior, além da sala de entrada há quartos e um corredor por onde se chega na cozinha. Com quatro janelas frontais e um recorte que ainda se observa onde antes havia uma grande porta quase da altura das janelas. Na sua platibanda há uma série de adornos e figuras decorativas. O círculo significando o infinito e o laço a continuidade. Em cima de uma das janelas existe uma flor de lis

Vida Municipal (1936)

Transcrevo a seguir uma reportagem do Jornal “A União” de 16 de maio de 1936 que me foi enviada pelo historiador Ismael Felippe. “ VIDA MUNICIPAL – ESPERANÇA MISSAS – No trigésimo dia do falecimento de Mons. Francisco Severiano, tiveram lugar na matriz desta vila, solenes exéquias, em sua memória. Proferiu a oração fúnebre, o reverendíssimo padre Manuel Costa, vigário de Pocinhos. Estiveram presentes às comemorações fúnebres vários sacerdotes, vendo-se erguida no centro da matriz uma artística éça. Tao grande foi o comparecimento do povo que a vasta matriz se tornou demasiado pequena para comportá-lo. Em seguida teve lugar a aposição de uma placa, numa das vias desta vila, que passou a chamar-se Mons. Francisco Severiano. Esta homenagem foi decretada pelo conselho municipal e sancionada pelo Prefeito. Falaram nessa solenidade os srs. Severino Torres e o Padre João Honório, que se referiram à vida do pranteado extinto. CONSELHO MUNICIPAL – O Conselho Municipal desta