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Mostrando postagens de fevereiro, 2020

Recepção ao primeiro juiz municipal

Discurso de Severino Diniz e a Festa da Independência Municipal Severino Irineu Diniz No início de janeiro, do ano de 1926, Esperança recebia com galhardia o seu primeiro juiz municipal, o Dr. João Marinho. O anuncia efetivara-se por telégrafo, no último dia de dezembro de 1925, quando os fogos de nossa emancipação ainda estoiravam no ar da vencida Banabuyé, outrora povoação, e agora vila promulgada por João Suassuna. As pessoas daqui foram recebe-lo ainda n’a Lagoa do Remígio quando, às cinco da tarde, ouve-se o primeiro aviso de sua aproximação, em comboio de carros, que disparavam buzinas, assubindo-se o Sr. Theotonio Rocha ao palacete de Manoel Rodrigues, o qual interpretou o sentir do povo esperancense. Em seguida, dirigiram-se ao Paço Municipal, onde foram tomadas as formalidades de estilo, no salão principal. Compromissado o Dr. João Marinho, em discurso, enalteceu as virtudes cívicas dos Drs. Solon de Lucena e João Suassuna, num belo improviso. De igual modo, segu

Amelinha Theorga

Amélia Theorga Ayres, Amelinha, nasceu em Mamanguape em 29 de julho de 1907, filha do casal José Theorga e Eutália de Assis Theorga. Destacou-se na pintura, como uma das primeiras mulheres desta arte milenar, na década de vinte do Século passado. Era figura recorrente da Revista “Era Nova”, na qual o nosso vate Silvino Olavo participava, ora publicando sob o nome próprio ou, com o pseudônimo de “João da Retreta”. O Jornal “A União”, organizara em 07 de novembro de 1925, em seu salão principal, uma exposição para mostrar os seus trabalhos de arte, que ganhou forte adesão dos intelectuais da época, contando com o apoio do Presidente João Suassuna que adquiriu, para o patrimônio estadual, as obras “Reconto de Selva” e “Soluço das vagas”, e para si, o quadro “Horas de oiro”. Quatro dias depois, Silvino fizera publicar, no mesmo periódico, um artigo que exaltava a artista, o qual reproduzimos a seguir: “ Há entre os artistas da paisagem dois grupos: um que vê exação na naturez

O Patrono José Gomes Coelho

Discurso pronunciado pelo Acadêmico Josemir Camilo de Melo quando da sua posse na Cadeira nº 14, do Instituto Histórico e Geográfico Paraibano (IHGP), que tem como patrono, José Gomes Coelho , sendo fundador e primeiro ocupante, Humberto Nóbrega, e segundo ocupante, Wellington Aguiar, em data de 13/11/2015: “ Eis-me, pois, nos arcanos recantos da memória da Paraíba, na companhia invejável de seus guardiães. Tenho no patrono José Gomes Coelho, um precursor daqueles estudos a que aderi, ou seja, os princípios da Escola dos Anais (École des Annales), do grande Fernand Braudel, que pregava a pesquisa multidisciplinar, invocando fortemente a História e a Geografia. Era o que fazia José Gomes Coelho, ainda de maneira empírica. Nosso patrono parece também ter vivenciado o problema do deslocamento espacial e social, pois nascido em Esperança, na transição Agreste/Brejo, em 1898, fincou suas raízes na cidade da Paraíba, onde faleceu em 1954 . Diplomou-se pela Escola Normal do Estado da P

SOL: Cordialidade – 1ª Série, N. York

Silvino Olavo da Costa Um dos livros menos comentados de Silvino Olavo é “Cordialidade”, de cuja obra não se tem um único exemplar, conhecendo-se apenas as notícias que anteverem a sua publicação, e aquelas mencionadas pelo próprio autor, em seus livros de poesias. Agora, pois, faço o resgate desta obra, com os comentários de jornal de sua época, e com o pouco conhecimento que consegui amealhar, em minhas pesquisas. Corria o ano de 1927. Há pouco havia o autor se licenciado (junho) do seu cargo de 1º Promotor da Capital Parahybana para rever amigos na capital federal (Rio de Janeiro), onde foi banqueteado por Murilo Araújo, Pereira da Silva, Théo Filho, Haroldo Daltro, Adelino Magalhães, Pádua de Almeida, Gastão Franca Amaral e outros literatos no Club Assyrio. Viajara o vate ao Rio para tratar de suas publicações: “Sombra Iluminada”, que estava para ser editado naquele ano (1927) e, “ por motivo também de regozijo do próximo aparecimento, volume de estudos literários em qu

José Gomes Coelho: nos contornos da Paraíba

É inegável a contribuição de Irineu Jóffily (1843/1902) no mapeamento que deu contorno ao Estado da Paraíba. Em suas notas de viagem, registrou os limites estaduais corrigindo os equívocos outrora existentes, para definir a paisagem paraibana e suas confrontações. O que pouca gente sabe, é que outro esperancense (Jóffily também o é), igualmente ilustre, também colaborou com o seu trabalho, para a definição do mapa da Paraíba. Estamos falando em José Gomes Coelho (1898/1954), autor de “Escorço de Chorographia da Parahyba” (1919). A ideia do livro nasceu, por assim dizer, quando o professor foi designado para participar de uma comissão (1915), que tratava sobre a questão dos limites entre Ingá (PB) e Itambé (PE). É que os moradores de Serrinha (Município de Ingá/PB) reclamavam contra a intervenção dos agentes fiscais de Itambé (Pernambuco), que insistiam em cobrar, indevidamente, impostos municipais para o vizinho Estado. José Coelho apresentou um esboço topográfico, delimitand

O que tenho fome, poema de Hauane Maria

O que tenho fome ?? Eu tenho fome que todos usem seus olhos para verem, seus ouvidos para ouvirem, suas bocas para falarem e suas narinas para cheirarem o cheiro de quando algo não vai bem. Eu tenho sede que todos usem seus sentidos para lutarem contra quem tenta colocar uma baixa em ti para, então, te cegarem, te mutarem, te surdarem, para então, tu deixar de ser homem e virar apenas massa. Hauane Maria , 15 anos Comentários de José Mário da Silva Branco : Bonito texto, Rau, o de sua filha que, tão jovem, já revela uma aguda consciência de que o mundo frequentemente se converte numa deliberada comédia de erros, numa perversa teia de aranha, na qual a mentira dá as mãos a uma das suas irmãs gêmeas chamada manipulação e, juntas, saem para fazer o de que mais gostam: indignificar as pessoas, desumanizando-as. Transmita a ela os meus aplausos e os votos de que ela prossiga na Luz da Verdade, que é Jesus Cristo. Forte abraço. José Mário da Silv