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Mostrando postagens de outubro, 2022

Epaminondas Câmara, por Cristino Pimentel

  Tracemos o perfil de Epaminondas Câmara na ótica de seu cunhado Cristino Pimentel. Cristino era literato e escritor, natural de Campina Grande-PB em 27/07/1897. Era casado com Honorina nascida em Esperança-PB, filha de Horácio de Arruda Câmara e Idalgina Sobreira Câmara. “ Conheci Epaminondas Câmara, em 1916, em Taperoá ”, assim ele cita em seu livro “Mais um mergulho na história campinense”. Por essa época, Cristino trabalhava como cacheiro viajante do Bazar Comercial, do Coronel Joaquim Rodrigues Coura. Nascido em Esperança aos 04 de junho de 1900, Epaminondas era filho do casal Horácio de Arruda Câmara e Idalgisa Sobreira Câmara. Seu pai um honrado lavrador, morador do Riacho Amarelo. O pai costumava leva-lo para o roçado, o que para ele era um sofrimento, pois não nascera para a árdua carreira da agricultura. Cumprida a missão, voltava aos livros, ao caderno e ao ditado. Segundo Cristino, Epaminondas “ não teve infância nem juventude. Seus brinquedos giravam em torno do ‘ca

Donatila e seu externato São José

  Por Pedro Dias   Conheci DONATILA LEMOS e sua privilegiada Escola particular com o seu rigor no aprendizado, antes mesmo do início da década de 60. O prédio no qual funcionava a Escola ficava na antiga Chã da Bala, do lado direito, sentido Colégio Diocesano, mais ou menos nas imediações ou entre as antigas residências de Vitória Coelho e Diogo Batista. À época, também existiam outras poucas e pequenas escolas para alfabetização, porém, sem muita expressão, a exemplo da escola onde fui alfabetizado antes de entrar para o Irineu Jóffily, cujas professoras eram duas irmãs já idosas, solteironas, bem religiosas, muito ligadas à Igreja Católica, cujos nomes eram Dona TICA e Dona BELA. Escola onde aprendi com certa facilidade o BÊ-A-BÁ… Eu morava na Praça Dom Adauto e minha irmã Laura Dias (Laura da Farmácia), conduzia-me para esta escola arrastando-me quase à força… Graças também a ela, ainda hoje posto-me a tentar escrever algumas poucas asneiras. Esta Escola ficava no outr

Abolição, Silvino Olavo

O Professor Charlinton Machado, em coautoria com Maria Lúcia da Silva Nunes e Daniella de Souza Barbosa, fez publicar na revista Interfaces Científicas, um importante artigo sobre o poeta esperancense Silvino Olavo da Costa, denominado “Escritos de solidão e silêncio”. De fato, os manuscritos que estão sob a responsabilidade do HISTEBR-GH/PB – Grupo de Estudos e Pesquisas, Sociedade e Educação do Brasil, em sua maior parte sem datação, mas com uma indicação de início em 1935, quando o vate estava relegado ao ostracismo, e encontrando-se internado para tratamento de sua esquizofrenia, foram produzidos após a sua interdição. São “rabiscos” produzidos em folhas esparsas de livros a que Silvino tinha acesso, pois apesar de estar longe das lides literárias, nunca deixou de produzir, sendo o prefácio do livro “Miséria”, de Leonel Coelho (1933) um bom exemplo. O artigo – segundo seus próprios autores – “s e propõe lançar luz sobre os manuscritos inéditos de Silvino Olavo da Costa, 50 an

Sobrado de seu Lita: primeiro desenho

Neste edifício funcionou o Comercial Santa Terezinha, pertencente a seu Lita e que depois passou para o filho Didi. Vendia miudezas e perfumarias, era muito conhecido na cidade. Na lateral que abre para a Rua do Sertão (Dr. Solon de Lucena), onde hoje é uma farmácia, funcionou a Loja Brasil de Dogival Costa, revendia tecidos, chapéus, guarda-chuvas etc. Em cima, seu Dogival fazia funcionar um Clube Dançante que tinha até Jazz Band. Quando a feira funcionava na Rua Grande, os comerciantes armavam barracas na frente daquela loja. À época, a rua principal era bastante arborizada, funcionando não apenas o centro comercial, como também o centro político, já que o Paço Municipal (*4) ficava na esquina oposta, em frente à Igreja Matriz. Até o início da década de 30 era apenas um prédio simples, mas em 1935 o seu proprietário já havia construído o primeiro andar onde o piso é de taco (madeira), desde então. É hoje uma das edificações mais antigas da cidade, patrimônio histórico que ainda