Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de abril, 2020

A família Cordeiro em Esperança (Ismaell Bento)

É fato que existem inúmeras famílias com o sobrenome Cordeiro, com origens totalmente distintas entre elas. Na cidade de Esperança também não é diferente, porém alguns Cordeiro da cidade tem a mesma origem, e talvez nem saibam. Porém, gostaria de falar de uma grande família em específico, fruto do matrimônio do casal Antonio Cordeiro Nunes e Brígida Maria de Souza, seridoenses, nascidos no longínquo século XVIII, e que espalharam grande descendência pelo Rio Grande do Norte e Paraíba. Um bisneto e um trineto desse casal se mudaram para Esperança no início dos anos 1900 e constituíram família. Tomaz Virgulino Cordeiro e Feliciano Cordeiro da Silva. Abaixo mostrarei um pouco da descendência de cada um: Feliciano Cordeiro da Silva , nasceu aos 09/06/1869 em Parelhas – RN. Filho de Antonio Cordeiro Nunes e Josefa Maria da Conceição. Casou na então capela de Parelhas aos 20/02/1895, com sua prima de 3º grau, Felismina Bento de Oliveira, nascida em Remígio aos 25/08/1877, filha do ca

Amor, poema de Hauane Maria

Amor, s.m. (a.mor) As estações, o céu as emoções o tempo, a esperança, o desejo, a mudança, o pensamento tudo isso teve um novo conceito e todos me levam a você. H.M.

Pereira da Silva: o apóstolo da beleza

Nasceu Antônio Joaquim PEREIRA DA SILVA em Araruna, na Serra da Borborema, aos 09 de novembro de 1876. E foi aos 14 anos para o Rio de Janeiro, onde cursou o Liceu de Artes e Ofícios, trabalhou na Estrada de Ferro da Central do Brasil e fez Escola Militar; trabalhou nos Correios, foi crítico literário e também atuou em alguns jornais e revistas do Rio de Janeiro. Bacharelou-se em Direito e foi nomeado Juiz de Direito no Paraná, mas demitiu-se e retornou ao seu retiro carioca, onde dedicou-se às lides literárias. Silvino Olavo da Costa nasceu na Banabuyé em 27 de julho de 1897. Trabalhou nos Correios, foi revisor de jornais, publicou nas principais revistas de sua época. Cursou Direito, foi nomeado 1º Promotor da Capital paraibana, membro do Conselho Penitenciário e chefe de gabinete do Presidente João Pessoa. Não sabemos ao certo em que momento surgiu a amizade, mas o certo é que Silvino Olavo lhe dedicara todo um capítulo de seu livro “Cysnes” (1924): “ O mestre, meu irmão mai

No meu jardim de poesia, poema de Rau Ferreira

No meu jardim de poesia sempre hei de encontrar um lugar de um bom dia um café a esfriar a meninada me “arrodia” e o sol a me espeitar entra casa a dentro sem se convidar! vai clareando o dia e anunciando o seu saudar. No meu jardim de poesia os pássaros a cantar canta aqui que canto lá enquanto luzia o dia no meu jardim de poesia. Banabuyé, 13 de abril de 2014. Rau Ferreira

O Araçá e a florescente Esperança

Um dos pontos culminantes da cidade de Esperança é o “Tanque do Araçá”, de onde se avista ao longe, a Capelinha de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, símbolo de religiosidade católica. Esse reservatório há muito era conhecido, já que foi um dos lugares escolhidos pelos Índios Banabuyés que assentaram sua morada, tanto que no início de sua colonização, expulsaram os primeiros colonizadores que construíram ali pequenos casebres. Em priscas eras, foi denominado de “Tanque Grande”, talvez em contraste com as diversas aguadas, mencionada por Irineu Jóffily: “ No terreno está Banabugê em seu distrito há numerosos tanques ou cavernas obstruídas ” (Notas sobre a Parahyba: 1892) Consta ainda que foi no sopé daquele tanque, numa antiga morada da Beleza dos, que foi realizada a primeira missa celebrada segundo a tradição oral por Frei Venâncio. A importância desse reservatório era tal que motivou o Coronel Theotonio Jardelino da Costa, abastardo comerciante local, a buscar junto ao go

Branca Dias

Era Branca Dias linda donzela filha de Judeus imigrados na Parahyba no início de XVII. O Brasil desconhecida até aquela data o Tribunal do Santo Ofício que impiedoso se levantava contra os heréticos. Certa feita, um frade da Ordem de S. Francisco, foi benzer gente do Engenho Gramame, apaixonando-se pela virgem que tinha o coração preso a um israelita. Ardendo-se de amores pela jovem e repelido em seu afeto, o frei denuncia Branca dizendo-a fiel aos preceitos da religião judaica. A moça então presa foi levada para Lisboa no porão do brigue Aurora, sofrendo na fogueira as duras penas do inquisidor. A execução foi pranteada por toda a cidade e comoveu o povo lisboeta. O religioso cá na Parahyba definhava os primeiros sintomas da tuberculose quando recebeu da progenitora de Branca a notícia fúnebre, vindo a falecer pouco tempo depois, beijando nos últimos instantes, o quadro de Branca Dias telado por Frei Eduardo. Rau Ferreira Referências: - FERNANDES, Carlos Dias. O A

A justiça na visão do poeta

Tem os artistas maior sensibilidade e os poetas mais ainda já que extraem do seu íntimo palavras que expressão a sua visão de mundo. Não poderia ser diferente com o nosso conterrâneo Silvino Olavo, que além de poeta de expressão nacional, participou dos governos de João Suassuna (1924/1928) e João Pessoa Cavalcanti (1928/1930) na Paraíba. Com o pai de Ariano mantinha grande amizade, chegando a dedicar-lhe poemas e livros, viajando com ele para o interior do Estado, mais precisamente o município de Taperoá, onde a família mantinha uma fazenda. Por ele foi nomeado 1º Promotor da Capital e membro do Conselho Penitenciário, do qual também participava o escritor José Américo de Almeida. Pois bem. Em uma de suas publicações, havida no jornal “A União”, Silvino escreve sobre a mensagem presidencial de Suassuna, comentando a justiça da época de seu governo. Dela podemos extrair algumas observações dignas de notas. Inicia o vate com uma frase em latim retirada da Carta de Paulo aos Ro

A minha morte, comentada por Zé Mário

Por esses dias publiquei um poema no BlogHE cujo título era “A minha morte”. Enviando-o para alguns contatos, recebi o seguinte comentário do crítico literário paraibano José Mário da Silva Branco: “ Querido Rau Ferreira, boa noite. Ao tematizar a morte, reiterada em todas as instâncias do poema, você o faz sem amarguras e sem o cultivo da incerteza, sentimentos que normalmente acompanham o aludido temário, notadamente pelos que imaginam que a lápide fria de uma sepultura resume o suposto sem sentido da vida. A sua perspectiva move-se em direção diametralmente oposta. Sabe, com Manuel Bandeira, que ‘a Indesejada das gentes’ virá inevitavelmente; virá numa cronologia inteiramente desconhecida por todos nós. Mas sabe também que ela jamais terá a palavra final da história, dado que para os que creem no Filho de Deus, ela é apenas um ponto de partida para a verdadeira vida, para novos e mais arrebatadores voos... O seu poema abriga tais conteúdos de fé e de esperança, ao transita