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Mostrando postagens de agosto, 2023

Família Souto

  Vitoriaregia me instigou a escrever sobre a família Souto, questionando-me sobre as suas origens. Com o pouco material que disponho, resolvi fazer algumas anotações. José de Araújo Souto e Olímpia de Souza Souto eram os pais do Deputado Chico Souto. José de Araújo Souto era filho de Francisco de Araújo Souto (1864-1948) e Josefa Cavalcante Souto (1860-1897). Nasceu em 1895. Não se tem a data de sua morte. Olímpia de Souza Souto era filha de Antônio Barbosa de Souza (1879) e Bernardina Barbosa de Souza. Eles se cararam em 07 de fevereiro de 1905. Olímpia nasceu em 1901, e faleceu em 1951. José Souto era comerciante e exerceu esse ofício até o ano de 1937. A sua loja se chamava CASA SOUTO. O seu empório foi fundado em 1912 e se localizava na antiga Avenida Senador Epitácio nº 50, hoje esquina das ruas Juviniano Sobreira com a rua Manoel Rodrigues. É uma casa de esquina, onde hoje ainda funciona comércio, sendo um dos prédios antigos mais conservados do município. O “Anuário d

O homem da vaca

  Altimar de Alencar Pimentel (1936-2008) foi professor, jornalista e dramaturgo. Em sua carreira reuniu várias estórias que foram publicadas em livros. O folclorista era muito festejado na Paraíba, onde se radicou em 1952, destacando-se junto ao Núcleo de Pesquisa e Documentação da Cultura Popular/NUPPO. No livro “ Paraíba ”, da coleção Contos Populares Brasileiros, produzido pela Fundação Joaquim Nabuco, e editado pela Massangana, há um relato bem interessante fornecido pela Sra. Maria José da Silva , residente em Esperança-PB, no dia 27 de novembro de 1979. Dada a importância deste conto, reproduzirei aqui com minhas palavras essa estória, aproveitando também, em razão da identidade com o texto, o cordel “ O homem da vaca e o poder da fortuna ” escrito por Francisco de Sales Arêda (1916-2005). Diz-se que haviam dois compadres, um rico e um pobre cujo único recurso era uma vaquinha. Certa feita, disse para a mulher que iria vender o animal. Dirigindo-se à cidade, não encontro

Monsenhor Palmeira: Luz et vitas

  Luz et vitas (Luz e Vida) foi o tema escolhido pelo Padre Manoel Palmeira da Rocha quando fora nomeado pelo Papa João Paulo II para assumir o bispado em Pesqueira-PB. O Pároco do Bom Conselho, neste Município de Esperança-PB, desde o ano de 1951, quando chegou aqui, ainda jovem, deixava a cidade pesarosa com a sua escolha, conquanto por cerca de 29 anos era pastor dos católicos esperancenses. O tema escolhido refletia a sua missão: ser luz do mundo e sal da terra, como Cristo nos ensinou (João 8:12; Mateus 5:13-14). Por suas próprias palavras: “ Jesus Cristo é a luz do mundo, Jesus veio trazer a vida nova ao mundo paganizado e na escolha dos apóstolos, foi o seu plano que eles continuassem no mundo até o fim como portadores de luz e vida para o povo de Deus, Luz pelo anúncio do evangelho e vida como dispensados dos sagrados mistérios ”. “ Em Esperança, estagiei para o novo ministério ”, disse o Padre. De fato, o padre vivenciou em nossa terra tudo o que um clérigo necessita pa

A mulher e o rei (conto popular)

  Conto popular é um gênero literário que tem origem na oralidade; são tradições contadas e recontadas pelo povo ao longo do tempo, de cunho filosófico ou recreativo. O Brasil possui diversos contistas que narram estórias encantadas, lendas e “causos”. Por anos a fio os folcloristas recolhem em textos, e publicam em livro o resultado de suas pesquisas. Proeminentes estudiosos do tipo popular são o potiguar Câmara Cascudo (1898-1986) e o alagoano – radicado paraibano – Altimar de Alencar Pimentel (1936-2008). Por aqui notabiliza-se o Sr. Vicente Simão. Funcionário público estadual, que trabalhou muito tempo na Escola “Irineo Joffily” com o professor José Coelho; é um importante contador de histórias tanto que muitos estudantes o procuram para realizar seus trabalhos sobre a cidade de Esperança. Há outros, porém, mas por ora esse não é o objetivo deste trabalho. A narrativa que hoje trago faz parte da minha infância. Minha mãe costumava falar de lendas e coisas do tipo, às vezes para