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Mostrando postagens de março, 2020

Que falta faz o piolho (Evaldo Brasil)

CORDEL 49-207 Que falta faz o piolho! (Saudade das pamonhadas em família) _______________________________________ I Que falta faz o piolho Tão bom quanto a pamonha Pra reunir a família Pra promover cerimônia! Alguém é alvo central Da massagem cranial Controverso como amônia. II Se usado corretamente Sem risco é o amoníaco... Se deixar se proliferar Seu efeito é demoníaco... Um é gás poderoso O outro bicho tinhoso Incomodam até o ilíaco! III Que falta faz a pamonha Casa cheia de menino E o piolho a ser tratado Na unha ou no pente-fino! Nas tarefas dividas Produz-se boa comida Enquanto ele é ladino! IV Mas o coça-coça à unha Por mão hábil é trocado Pra evitar se constranger É melhor ficar calado Para não criar ferida Nem dele virar comida Se aquiete pra ser tratado! V Imagine ele descendo Na camisa ou paletó Na blusinha encardida Ou na roupa da melhor!

O atacante Antônio Marcos

A fotografia ao lado foi publicada no grupo da “Banda Marcial de Esperança” e nos lembra os tempos áureos do Clube Campestre. Mas o fato curioso é que nessa imagem vemos o cantor Antônio Marcos, famoso por suas interpretações “Menina de trança” e “O homem de Nazaré”. Procuramos nos informar com o esperancense Dikel Emanuel. Ele nos disse que estava bebendo no campestre quando Antônio Marcos os convidou para jogar uma partida. Formaram uma equipe e, como em toda boa pelada, havia o time dos “camisas” e os “sem camisa”. Antônio Marcos atuava de atacante, “ ele jogava direitinho, mas não chegava a ser um craque ”, comentou Dikel que foi o autor desta foto de 1983. O selecionado era o seguinte: Em pé – Célio (casado com Genalda de seu Lalinho); Rock que trabalhava na Almeida e Adãozinho. Agachados Naldo Caturité, Galás e Antônio Marcos. Antônio Marcos Pensamento da Silva (1945/1992) lançou diversos discos em sua carreira, chegando ao topo das paradas de sucesso. Estrelou alguns

Sol: Revista A Crítica

A revista “A Crítica” era uma publicação mensal de Franco Vaz ( poeta, jornalista e educador) . Saíram apenas três edições (julho, agosto e setembro) relativas ao ano de 1925. A arte da capa era de Raul e o trabalho tipográfico da “Escola XV de Novembro”. Modesto de Abreu era o redator-chefe. Essa publicação contava com a colaboração de escritores e homens de imprensa consagrados à época, tais como Olegário Mariano, Pereira da Silva, Adelmar Tavares, Theodorick de Almeida, Murilo Araújo, Tasso da Silveira e Pádua de Almeida. O poeta Silvino Olavo participara igualmente desta revista e era referido como um dos “ valores jovens da geração que estava aparecendo ”, exercendo os seus dons literários que o fizeram conhecido a nível nacional. Foi um período de grande profusão, já que Sol também escrevia para outras publicações da então Capital Federal (Rio de Janeiro). O mensário não deixava nada a desejar das outras revistas de sua época pois, “ honrava plenamente os que a compunham

A bonina que era Esperança, por Gonzaga Rodrigues

* Por Gonzaga Rodrigues In: A União (Crônica) Fui matar saudades de um sitio de São Tomé, não meu (quem me dera!) mas dos descendentes de um amigo velho de meu pai, numa chã de Alagoa Nova com Esperança, e terminei dando uma entradinha na cidade, nos amores de Chico Souto, que neste 2019, a 26 de abril, completaria 100 anos. Era uma cidade que me chegava à lembrança de um modo muito especial, ela a mais simpática, talvez por se associar à alegria de Maria Célia, Celinha, uma esperancense, com família em Alagoa Nova, de uma simpatia e sorriso que os cromos de festa não imprimiam melhor. Era um cromo de festa a Celinha, uma estampa do antigo sabonete Eucalol, belo recado da beleza natural de sua terra. Uma bonina aos olhos do velho Oscar Veloso, seu anfitrião, pai de duas outras boninas. E mais valorizei a comparação, bons anos depois, quando li, em “O Turista Aprendiz”, o douto papa do modernismo não encontrar outro mimo para exprimir seu espanto ante a singela beleza da n

A minha morte, poema de Rau Ferreira

A minha morte Quando vier a minha morte jamais saberei; Dançarei da cama a sorte de um dormir profundo deixando esse mundo Para a vida que conhecerei. Quando vier a minha morte não sei (nem saberei) pouco importa!  A fé antes ignota - e que vive em outros corações -  n'outra fé renascerei para uma vida sem aflições. Quando vier a minha morte, então me alegrarei. Rau Ferreira Banabuyé, 21 de março de 2020.

A Máquina do Tempo (por Martinho Júnior)

A máquina do Tempo de certa forma já existe “ Coisas de Cinema ” Por Martinho Júnior Mais um dia comum, saio de casa para resolver assuntos corriqueiros, quando de repente passo na calçada do comércio de um Senhor muito conhecido na cidade, em especial pelos de sua geração. Trata-se de Geraldo “Leiteiro” ele se aproxima de mim e me diz: - Eu não posso ver você. - Eu? Respondo. Por que o senhor está com algum problema de vista? (por um instante pensei que ele estivesse ficando cego). - Sr. Geraldo: Eu não posso lhe vê que lembro de Martinho, seu pai. Seu Geraldo e eu então começamos a conversar e aquelas recordações dele ao conviver com meu pai quando jovens, muito me interessam, memórias de valor afetivo que agora na impossibilidade de tê-lo aqui neste plano terreno da existência humana se tornam preciosas a cada dia,um interesse todo próprio e pessoal meu. Ambos planejavam e foram juntos ao Recife-PE, eram jovens de mente sadia em busca de um lazer saudável, fo

Sol: A escrita redescoberta

Quando imaginava-se que todos os escritos de Silvino Olavo haviam se esgotados por esse pesquisador, deparei-me na última semana em que se comemora o dia internacional da mulher com alguns textos inéditos do poeta esperancense. Em sua série escrita para o maior jornal de circulação à época do nosso Estado e órgão oficial de imprensa, destacou com precisão um discurso sobre “A Justiça na Mensagem Presidencial” no governo João Suassuna (o seu “proeminente amigo, a quem dedicou o poema “Ícaro!”), do qual fizera parte como 1º Promotor Público e integrante do Conselho Penitenciário. Discorre sobre a artista Amelinha Theorga e sua recente exibição no Paço d'A União que foi visitada pela elite social da Parahyba: “ Porque é preciso que se diga, para confirmação maior de uma artista sem o cultivo dos mestres e o convívio dos grandes meios, que na exposição de Amelinha Theorga há esse ritmo interior que ressalta, flagrante, numa afirmação de personalidade ”, comenta. A jovem destacou-

Poetas esperancenses e alguns versos

O poeta Nivaldo Magalhães em contato por mensagem via WhatsApp disse-me que na rua em que reside está se construindo uma praça, que será denominada “Praça do Poeta”. Este logradouro será uma homenagem aos escritores e poetas esperancenses; nela será disponibilizada uma parede para, mediante trabalho artístico, ser registrado alguns versos e citações. Comentei que esses nomes de praça são bem mais bonitos do que quaisquer homenagens que devam ser feitas: Praça dos Matuto, Praça do Amor, Praça do Poeta! Comprometendo-me com o ilustre escritor, passei a enumerar algumas personalidades locais, citando lhe versos de minha predileção. Eis em recortes, o que me agrada: -------------------------------------------------------------------- SILVINO OLAVO Tenham-te inveja as rosas do jardim para que os homens, invejando a mim, reputem-me feliz entre os mortais E possa, então, o amor que me incendeia talvez o incêndio da retina alheia crescer dentro de mim cada vez mai