Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2021

Samuel Duarte: um quase-filho de Esperança-PB

  Nasceu Samuel Vital Duarte no Cantagalo, zona rural do Município de S. Sebastião de Lagoa de Roça, divisa com Esperança, no dia 10 de novembro de 1904. Filho de Joaquim José Duarte e Cosma Pereira Duarte. Era o caçula de doze irmãos. Foi deputado federal por quatro legislaturas, assumindo a Presidência da Câmara Federal de 1947 à 1949. Trabalhou no jornal “A União”, sendo também diretor; e no órgão oficial “A Imprensa”. Na Paraíba, foi Secretário de Interior e Justiça. Como advogado, atuou em diversas causas importantes, assumindo a presidência da OAB Nacional entre 1967/69. O ensino primário, no que se presume, iniciou Samuel em Esperança, pois os relatos que se tem, dão conta de que ele completou “ as primeiras letras em escola da vizinhança ” (Perfis Parlamentares: 2014, pág. 16). Nesse sentido, me parece equivocada a biografia de SAMU no sítio da Academia Paraibana de Letras – APL, quando fala do patrono fundador da Cadeira nº 33: “ A inteligência de Samuel Duarte despertou a ate

Cines Ideal e S. Francisco: primeiro ciclo

  Cine Ideal de Inácio Rodrigues A fascinação pelo cinema é muito antiga, pode-se dizer que desde que os irmãos Lumière exibiram no “Grand Café” a película “A chegada do trem”, em 28 de dezembro de 1896, o mundo ficou maravilhado com aquela invenção, que transformava imagens em movimento. A nossa primeira experiência se deu com o “Ideal Cinema”, de propriedade do Sr. Inácio Rodrigues de Oliveira. Não temos a data de sua fundação, mas é certo que já existia em 1918, conforme uma nota publicada no jornal “A Província”, do Estado de Pernambuco, que nos informa: “[...] pessoas idôneas da próspera povoação de Esperança solicitam licença para que o cinema d’ali continue a funcionar ” (A Província: 12/11/1918). Também pudemos conferir a existência deste cinema que exibia “ filmes excepcionais, das melhores fabricas cinematográficas ” (propaganda da época) em outras publicações; uma delas veiculada no Jornal “A União” reclamava do abuso de fumantes na sala de projeção e do ingresso de cr

Elysio Sobreira: Ação Policial em Bananeiras-PB

  Nas entrelinhas da história encontramos as lutas de resistência ao banditismo, na qual muito se empenhara o Coronel Elysio Sobreira. Após algumas ações policiais pelo interior, realiza o então Capitão da Força Policial uma forte operação em Bananeiras. A imprensa estadual assim destaca: “ O capitão Elysio Sobreira, um dos bravos e distintos oficiais da nossa polícia, comanda atualmente forte coluna volante em operação na zona dos brejos. Não era possível que o plano do governo de ação decidida contra o banditismo, se circunscrevesse ao vasto cenário da região sertaneja, quando na outra seção do estado, justamente a mais próxima da capital e da civilização, existem conhecidos antros de cangaceiros ferrozes ”. Há muito se ressentiam os brejeiros de um apoio da polícia paraibana, nessa zona próspera e que possuía grandes engenhos de cana-de-açúcar, e nas quais operavam os forasteiros, a exemplo de Antônio Silvino, Pilão e Bitó (estes dois últimos das nossas cercanias). De certo

A Paraíba, berço do folclore nordestino

  “A Paraíba, berço do folclore nordestino”. Este é o título que nos foi fornecido pelo jornal “O Rebate”, dirigido por Luiz Gil de Figueiredo, e que trás em sua segunda página as impressões de Irineu Jóffily acerca da cultura popular. De acordo com o “cronista dos sertões”, a poesia dos cantadores teria origem no nosso Estado, principiando no Sertão, a partir da assimilação dos usos e costumes, aliada a receptividade na região de indivíduos de todas as partes, “ hospitalidade que eleva até o acolhimento mais benévolo, generoso mesmo, que se fazia a qualquer viandante ” e que “ só era praticada, com um dos imperiosos deveres, no sertão ”, concluindo o autor de Notas sobre a Parahyba (1892) que “ é por tudo isto também que ali nasceu a poesia populari ”. Ao me deparar com o texto, temática essa que nos aproxima, resolvi colecionar para este diário eletrônico as impressões joffilianas sobre os poetas e cantadores d’outrora. O texto a seguir, que também faz parte de suas Notas, é apen