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Mostrando postagens de abril, 2019

Demito não demito

Hoje se comemora o centenário de Francisco Souto Neto, ex-Deputado Estadual de Esperança, no Estado da Paraíba, filho de José Souto e Dona Olímpia. Se vivo estivesse Chico Souto completaria 100 anos de idade. Quem nos lembrou foi o confrade do IHGE – Instituto Histórico e Geográfico de Esperança, Adeilson dos Santos, seguindo-se do seguinte comentários: “ O centenário deste homem deve ser lembrado em Esperança, pois foi um dos maiores benfeitores do município, teve atuação política de destaque no estado, é mais um dos grandes homens que fazem parte da nossa história ”. Foi a perseguição que lhe fez entrar para a política, trazendo inúmeros benefícios para esta terra de Esperança. Chico era muito popular e isto de certa forma ameaçava os udenistas liderados por Joaquim Virgolino, ele até já estava pensando em comprar uma propriedade em Guarabira, com vistas a se mudar de Esperança, quando resolveu aceitar o desafio proposto por Chico Avelino de derrotar Joaquim nas urnas.

Sebastião Jesuíno de Lima, por Evaldo Brasil

Jornalismo, odontologia e ensino foram algumas das atividades de Sebastião Lima, esperancense nascido nos idos de 1905, aos 20 de junho e falecido em Campina Grande, aos 90 anos, em 07 de outubro de 1995. Pai de oito filhos, sendo três mulheres e cinco homens, fora responsável pela formação de muitos outros, sejam os de uma segunda mulher ou dos inúmeros alunos que com ele também aprenderam Inglês, Francês, Latim e Física. Filho do comerciante Francisco Jesuíno de Lima e Rita Etelvina, amigo de poetas, políticos e educadores, Sebastião Lima conviveu com figuras como Silvino Olavo, Getúlio Vargas e Epitácio Pessoa Filho, com os quais pode mostrar-se um verdadeiro humanista. Muitas vezes tratado por comunista, poderia ser um “socialista”, pois nunca pensara em fazer fortuna, de acordo com o filho, Abramo Donelli — com ele ficou boa parte do arquivo pessoal do pai. Sebastião Lima foi um dos grandes professores da vizinha Campina Grande, onde dirigiu a Escola Técnica de Comérci

O esporte de luto por João Vilanney, Viana

João Vilanney, Viana Faleceu hoje (23/04) o Ex-goleiro do América F Clube João Vianney Abreu de Lima. Nascido em 13 de novembro de 1955, filho de João José Abreu e Maria Bento de Lima, casado com Maria do Socorro Silva de Lima. Viana – como era mais conhecido – vestiu a camisa nº 1 do “Mequinha”, mas também atuou pela Eletrônica Diniz, Flamenguinho da Vila, CSU, Flamengo de Luziete e outras agremiações esperancenses. Com muita garra ele defendeu as cores alvirrubro, nos anos 80, em partidas memoráveis, contra as grandes equipes do Estado, a exemplo de Treze, Campinense, Nacional de Patos e Botafogo da Paraíba. No final de sua carreira, apitou diversos campeonatos, como o Rochão e Copa de Verão, ficando conhecido pela sua irreverência e alegria contagiante. A LEF – Liga Esperancense de Futebol prestou-lhe uma justa homenagem ano passado, dedicando-lhe os troféus “Ruralzão”. O futebolista passava por problemas de saúde há um tempo, inclusive amputando um de seus membros.

Joaquim Virgolino da Silva*

Joaquim (Henriques) Virgolino da Silva nasceu em 1900, neste Município de Esperança, Estado da Paraíba; filho de Manoel Henriques da Silva e de dona Maria Narcisa da Silva, de uma família longeva, com 16 irmãos, quais  podemos lembrar: João Henriques, Maria Helena, Heleno Henriques, Ana Henriques, José Narciso, Olívia Henriques, Joana, Matias, Rosa e Isabel. Mudou o nome ainda jovem, retirando o "Henriques" para diferenciar de um policial da volante chamado Joaquim Henriques, pois havia sido ameaçado de morte pelo cangaceiro Antonio Silvino por causa dessas coincidência. O sobrenome "Virgolino" foi em homenagem ao antepassado Virgolino Henriques. Foi casado, em primeiras núpcias, com a Sra. Severina (Vina), no ano de 1928, não existindo filhos deste consórcio. Na condição de viúvo, casou-se civilmente nos anos 30 com Maria Emília Christo da Silva, irmã do Padre Emiliano de Christo, advindo os seguintes filhos: Herênio Emílio, que faleceu aos cinco anos de

Propaganda do passado: Viação São José

Revista Fisco - Ano XIX - N. 153 - 1988

Família Henriques, por Ângelo Emílio

Pelo que sei, minha trisavó se chamava Ângela (minha mãe disse que escolheu meu nome em homenagem à bisavó, que ela conheceu quando menina). Eles moravam em Alagoa Nova e saíram de lá para Esperança. Sei que meu bisavô José de Christo Pereira da Costa teve uma casa comercial em Esperança. Seu filho Emiliano de Christo Pereira da Costa tornou-se Vigário de Guarabira durante muitos anos (se ordenou na década de 1920). Seu primo mais jovem, Manuel Pereira da Costa, tornou-se Bispo de Campina Grande. Minha avó Maria Emília Colaço de Christo Pereira da Costa casou-se com Joaquim Virgolino da Silva. Ele foi comerciante e Prefeito de Esperança; e ela Diretora do Grupo Escolar. Um caso muito curioso de meu avô Joaquim. O nome dele era Joaquim Henriques. Havia um policial das volantes, também chamado Joaquim Henriques, caçando Antônio Silvino. Quando jovem meu avô era almocreve foi ameaçado de morte por um capanga de Silvino por causa dessa coincidência. Devido a isso trocou o sobrenome

Minha goiabeira querida

A minha goiabeira querida, ficava no quintal de casa, aqui mesmo em Esperança. Apesar de pobres, tínhamos um quintal vasto, onde papai plantava chuchu para complementar a renda familiar; e mamãe algumas ervas medicinais, verduras e um pouco de cheiro verde. O pé de goiaba ficava encostado no muro vizinho. Era um problema, pois dizia-se que estava prejudicando o imóvel confinante. Além disso, os sobrinhos daquela senhora sempre subiam a murada para pegar as goiabas, quando não desciam e entravam no nosso quintal. Um deles - que anos depois - veio ser meu amigo de escola, confessou-me fazer dessas traquinagens. Amizade feita, participamos das brincadeiras e já não éramos inimigos... Mamãe fazia doces de goiaba em calda. Servia para a família. Nunca pensamos em vender as goiabas, pois eram o lanche diário e na escola acompanhava as bananas também plantadas naquele terreno. O quintal se dividia em três partes, sendo esta a segunda. A terceira era "sinistra", com um mata

Ismaell Bento e sua pesquisa genealógica acerca das origens de Banabuyé

Documento transcrito por Ismaell Bento O historiador Ismaell Bento anunciou hoje (16/06) que está pesquisando os assentos de casamento, batismo e óbitos de Esperança que se encontram nos arquivos paroquiais de Alagoa Nova e de Campina Grande. O projeto gira em torno dos registros familiares dos primeiros habitantes que deram origem à antiga Banabuyé, hoje Município de Esperança, no Estado da Paraíba. “ Estou levando em conta os casamentos ocorridos no sítio (depois povoado) de Banabuié, e em sítios que hoje compõe o município de Esperança, como Lagoa de Pedra e Lagoa Verde ”, disse o mestrando em história, que também participa do Instituto Histórico e Geográfico de Esperança - IHGE. A pesquisa está sendo feita entre os anos de 1850 até 1908, data de criação da Paróquia de Nossa Senhora do Bom Conselho. “ Futuramente pretendo publicar um livro com os principais troncos familiares que deram origem a nossa cidade ”, acrescentou. É um primeiro passo para se construir um acerv

Vida! (poema de Rau Ferreira)

Oh vida infausta! Até os amigos se afastam E não querem mais saber de mim Eu que da vida trazia a flauta E de tudo que era casto Não fazia falta... Vivo do não saber. Labuta de viver nefasta Que um dia hei de ter Eu e você somente Um dia e uma noite na frente C’os filhos da gente a correr eternamente. Banabuyé, 11 de abril de 2019. Rau Ferreira

Sol: Quadra no mar, por José Mário

José Mário da Silva Branco é escritor, crítico literário e imortal das Academias Paraibana de Letras (APL) e de Campina Grande (ALCG); é na atualidade o maior nome das letras em nosso Estado, com projeção nacional. Não bastassem esses predicados, é um homem de Deus, evangelizador que tem convertido muitas almas do pecado da morte. Instado a decifrar uma pequena quadra do poeta Silvino Olavo da Costa (vide imagem), o eminente professor fez o seguinte comentário: “ Parece que a estrutura do texto radica no contraste entre a grandiosidade de Jesus e a pequenez humana. Contraste sutil, mas indiciado pelos signos do Céu e do Mar, tudo recortado pela concretude real de uma temporalidade sublime: ‘Quando Jesus veio’... A imensidão de Jesus atua, no poema, como uma espécie de estímulo efetivo para que o homem não se entregue à dor e ao infortúnio, por mais reais e aflitivos que eles sejam. É uma, dentre outras, possibilidades de compreensão da instigante quadra ”. E finaliza: