Pelo que sei, minha trisavó se chamava Ângela (minha
mãe disse que escolheu meu nome em homenagem à bisavó, que ela conheceu quando
menina). Eles moravam em Alagoa Nova e saíram de lá para Esperança. Sei que meu
bisavô José de Christo Pereira da Costa teve uma casa comercial em Esperança.
Seu filho Emiliano de Christo Pereira da Costa
tornou-se Vigário de Guarabira durante muitos anos (se ordenou na década de
1920). Seu primo mais jovem, Manuel Pereira da Costa, tornou-se Bispo de
Campina Grande.
Minha avó Maria Emília Colaço de Christo Pereira da
Costa casou-se com Joaquim Virgolino da Silva. Ele foi comerciante e Prefeito
de Esperança; e ela Diretora do Grupo Escolar.
Um caso muito curioso de meu avô Joaquim. O nome
dele era Joaquim Henriques. Havia um policial das volantes, também chamado
Joaquim Henriques, caçando Antônio Silvino. Quando jovem meu avô era almocreve foi
ameaçado de morte por um capanga de Silvino por causa dessa coincidência.
Devido a isso trocou o sobrenome de Henriques por Virgolino, em homenagem a um
antepassado dele chamado Virgolino Henriques. Vários parentes trocaram o
sobrenome de Henriques para Virgolino em homenagem a esse parente.
Havia Heleno, que foi Médico bastante renomado em
Campina Grande. Também havia João, que foi Engenheiro Agrônomo, que morou em
Penedo (AL), trabalhou em Paulo Afonso e faleceu em Alagoa Seca aos 104 anos. Irmãos
de Joaquim Virgolino.
Eram 16 filhos: Matias, José Narciso, Maria Helena,
Ana, Rosa, Joana, Olívia, Isabel, e outros. Todos eles usavam o sobrenome
Henriques. Esta última (Isabel) foi Professora em Esperança.
Na época do Estado Novo, quando um
Prefeito (acho que Interventor) chamado Júlio Ribeiro foi nomeado, no dia da
posse dele, toda a cidade amanheceu embandeirada de preto, em protesto.
Minha mãe garantia que quem tinha feito
as tais bandeiras tinham sido as tias
dela, mas as velhinhas negaram até o final da vida.
Ângelo Emílio
(*) Ângelo Emílio da Silva Pessoa é Historiador formado pela
Universidade Federal da Paraíba e Doutor em História Social pela Universidade
de São Paulo, Professor do Departamento de História da UFPB e do Curso Programa
de Pós-Graduação em História da UFPB.
Eu queria fazer uma ressalva com relação ao local de falecimento do Dr João Henriques. O mesmo faleceu em Maceió e foi sepultado lá. O agrônomo João Henriques foi secretário de agricultura do Estado da Paraiba no governo intervencionista de Argemiro de Figueiredo e quando se aposentou foi morar em penedo Alagoas. É pai do amigo e historiador Grinjalva Maracajá Henriques.
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