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Mostrando postagens de maio, 2022

Pequeno rol de cordéis antigos de Esperança (PB)

  Consultando o acervo da Biblioteca “Átila Almeida”, na seção de “Obras raras”, deparei-me com uma relação de cordéis que foram editados ou que têm autores esperancenses, e considerei proveitoso trazer ao conhecimento do público, amante desta literatura popular. Segue a lista: As aventuras de Luiz e Lúcia (Luiz Gomes de Albuquerque - 1945) O Brasil pegando fogo e o vulcão de 1930 (Egídio de Oliveira – 1930) A catástrofe de Esperança (Manoel Tomaz de Assis - s/d) Os costumes das mulheres conforme os seus signos (José Pacheco - s/d) Debate de três poetas e o inspirado telegrafista pernambucano Manoel Laurindo Arrais e Santino Firmino Alves (Josué da Cruz - s/d) O desastre de caminhão que ia de Esperança e a usina Santa Maria (Antônio Patrício de Souza - 1977) Esperança de luto: o maior desastre da Paraíba, a virada do caminhão de Esperança (Manoel Tomás de Assis - s/d) A grande explosão de Esperança (Genésio Firmino - s/d) Os horrores do incêndio em Esperança (Francisc

Esperança: primeiras nomeações (1925)

  Elevada à condição de cidade, a próspera “Villa de Esperança” inicia a sua formação político-administrativa provendo-se lhe os cargos que lhe deu ares municipais. O seu desligamento de Alagoa Nova trouxe alguns benefícios, já que os impostos aqui recolhidos benefício algum lhe rendia, a exemplo do Açude Banabuyé que precisava ser concluído desde os idos de 1910, e que somente o foi em 1941: “[...] penso que seria de maior vantagem que essa Inspetoria resolvesse a conclusão da construção de um açude e de um tanque na povoação de Esperança, os quais há muito foram iniciados pela população com o auxílio do Governo Municipal que os não podem concluir porque excedem às suas forças. ” (Annuário da Parahyba. Imprensa Official: 1936, págs. 156/157). José Cerqueira Rocha traduziu esse sentimento que imperava na época, e que motivou a sua emancipação: “[...] A prospera localidade não podia mais suportar a irritadiça escuridão das noites inlumes. [...] . O povo não suporta mais a sua subo

Egídio Lima e a Revista Manaíra

  A revista “Manaíra” foi idealizada na Capital do Estado e fundada por Wilson Madruga e Alberto Diniz, contando com a participação do jornalista Egídio de Oliveira Lima. Surgida em 1939, a sua primeira tiragem tinha o seguinte expediente: diretor Wilson Madruga, diretor-gerente Alberto Diniz. O seu nome faz alusão ao romance homônimo de Coriolano de Medeiros (1936) na qual uma índia (Manaíra) estava prometida a um chefe-guerreiro de nome Piancó, porém a jovem – que amava outro – quebrou a tradição de seus pais e da tribo fugindo com o seu amado e, sendo o casal perseguido, foram amarrados e queimados vivos pelo cacique. A notícia de seu lançamento foi difundida na “Revista da Semana”, essa editada no Rio de Janeiro, de propriedade da Cia. Editora Americana: “ MANAÍRA – Está circulando na bela capital parahybana uma nova revista – Manaíra – de feição gráfica atraente, ostentando matéria primorosa. É uma revista mensal, dirigida pelo jornalista Wilson Madruga e na qual colaboram a

O Açude Banabuyé, por Pedro Dias

A exemplo de várias cidades do interior da paraíba que ainda hoje preservam os seus açudes sejam pequenos ou grandes, como seus patrimônios hídricos e como fontes de reservas de água das chuvas caídas nos períodos do inverno, para atender à população mais carente nas suas diversas modalidades de serviços, Esperanca-PB, também teve o seu "Mais que Centenário" e inesquecível AÇUDE BANABUYÉ…! Com o seu remanso de espelho d'água em local privilegiado e de declive, recebia nos períodos chuvosos, por gravidade, toda a água da chuva caída na cidade e que escorria via meio fio das calçadas e das ruas, indo aumentar o seu volume até o sangramento. Havia dois sangradouros:  No primeiro, que ficava logo em seguida à Rua de Baixo, sentido Rua do Açude, a água descia pelo pequeno sítio onde havia um bananal que pertencia à família dos "Amânsio"…, (Mãe de Adelina, Babá e outros), e descia como uma enxurrada rumo aos sítios que levavam à comunidade do São Tomé de Baixo.

Villa Maria-Cecília

Villa Maria-Cecília. Trato: Evaldo Brasil A “Villa Maria Cecília” foi um marco em nosso Município. A antiga morada pertenceu a André Rodrigues, que segundo se comenta era um Judeu que veio de fora, e que chegando na Paraíba, casou-se com uma senhora chamada Maria Cecília, que era natural de Alagoa Nova (PB), para então fixar residência em Esperança (PB). Em nossa cidade, adquiriu uma propriedade próximo ao Riacho Amarelo, de aproximadamente 26 hectares, onde havia água perece e a terra era fértil, estando localizado num dos pontos altos do Município, há poucos quilômetros da sede. Nesse sítio construiu uma belíssima casa para abrigar a sua família, denominando-a de “Vila Santa Cecília” em homenagem a sua esposa, denotando assim o amor por sua consorte. É um importante patrimônio histórico que deveria ser preservado, o problema é que a cidade ainda não tem uma legislação própria de tombamento dos edifícios, e pelo que se sabe não houve interesse – ou pelo menos – comunicação com o I

De Banabuyu à Esperança.

Narra a história que Esperança foi habitada em eras primitivas pelos Índios Cariris nas proximidades do Tanque do Araçá. Sua colonização teve início com a chegada do português Marinheiro Barbosa que se instalou em torno daquele reservatório. Tempos depois, fixaram residência os irmãos portugueses Antônio, Laureano e Francisco Diniz, os quais construíram três casas no local onde hoje se verifica a Avenida Manoel Rodrigues de Oliveira. Não se sabe ao certo a origem da sua denominação. Mas Esperança outrora pertenceu ao município de Alagoa Nova e fora chamada de Banabuyé, Boa Esperança (1872) e Esperança (1908). Segundo Leon Francisco R. Clerot, citado por João de Deus Maurício, em seu livro “A Vida Dramática de Silvino Olavo”, Banabuyé é um “ nome de origem indígena, PANA-BEBUI – borboletas fervilhando, dados aos lugares arenosos, e as borboletas ali acodem, para beber água ”. Narra a história que o nome Banabuyé, “pasta verde”, numa melhor tradução do tupi-guarani, teria sido