Joaquim (Henriques) Virgolino
da Silva nasceu em 1900, neste Município de Esperança, Estado da Paraíba; filho
de Manoel Henriques da Silva e de dona Maria Narcisa da Silva, de uma família
longeva, com 16 irmãos, quais podemos lembrar: João Henriques, Maria
Helena, Heleno Henriques, Ana Henriques, José Narciso, Olívia Henriques, Joana,
Matias, Rosa e Isabel.
Mudou o nome ainda
jovem, retirando o "Henriques" para diferenciar de um policial da volante
chamado Joaquim Henriques, pois havia sido ameaçado de morte pelo cangaceiro
Antonio Silvino por causa dessas coincidência. O sobrenome "Virgolino" foi em homenagem ao
antepassado Virgolino Henriques.
Foi casado, em
primeiras núpcias, com a Sra. Severina (Vina), no ano de 1928, não existindo
filhos deste consórcio.
Na condição de viúvo,
casou-se civilmente nos anos 30 com Maria Emília Christo da Silva, irmã do
Padre Emiliano de Christo, advindo os seguintes filhos: Herênio Emílio, que
faleceu aos cinco anos de idade depois de haver incidentalmente ingerido uma
moeda; Maria Violeta (hoje com 88 anos de idade) e Herder Paulo, que foi
Presidente do Botafogo/PB e faleceu com 51 anos de um acidente automobilístico.
O jornal “A União”
publicou uma nota noticiando o seu primeiro casamento:
“CASAMENTO: - Na Vila de Esperança casaram-se
há dias o sr. Joaquim Virgolino da Silva e a senhora Maria Emília de Christo, professora
normalista.
Os atos civil e religioso
decorreram na intimidade da família dos noivos, que foram muitos felicitados”.
Casado religiosamente,
em terceiras núpcias, com Adalzina (Dazinha) Sales de Brito, sobreveio os
filhos: Joaquim e Jocezilda.
O Sr. Joaquim Virgolino
foi comerciante, proprietário da firma “J. Virgolino & Cia” (A Futurista), para
o comércio de fazendas (tecidos) e miudezas, constituída em 1930, com o capital
de R$ 5:000$000 (cinco contos de réis), permanecendo ativa até 1950.
Assumiu, ainda, em
Esperança, os cargos de Juiz Municipal e Prefeito (1947, 1955/1959), sendo o
chefe político nesta cidade da UDN – União Democrática Nacional. Era muito
respeitado e tinha a fama de ser honesto.
Destacou-se ainda na
Presidência do Santa Cruz Futebol Clube, uma das primeiras equipes formadas em
nossa cidade, grande rival do Botafogo local.
Proprietário de terras
na região, amealhou diversos bens, entre eles destacava-se a sua propriedade no
Sítio Arara, com 85 hectares.
Fomentador da
agricultura local, fundou com o irmão Heleno Henriques da Cooperativa de
Batatinha de Esperança (1934), reconhecida pelo Decreto nº 831, de 19 de maio
de 1936.
Joaquim Virgolino
faleceu às 21 horas do dia 06 de agosto de 1971, em razão de uma parada
cardíaca atestada pelo Dr. Marco Aurélio Barros, no Hospital Samaritano em João
Pessoa. Contava 71 anos de idade e foi sepultado no Cemitério Senhor da Boa
Sentença, na Capital paraibana.
Em sua homenagem, a
antiga rua “Campo Santo” foi denominada rua “Joaquim Virgolino da Silva” (Lei
Municipal nº 240, de 12/02/1973).
Rau Ferreira
Referências:
- A UNIÃO, Jornal. Edição de 09 de
abril. Órgão oficial. Parahyba: 1931.
- FAMILY SEARCH, Certidão
de óbito disponível em https://www.familysearch.org/, pesquisa de Ismaell
Bento em 22 de abril de 2019.
- FERREIRA, Rau. Banaboé Cariá: Recortes Historiográficos do Município de Esperança.
A União. Esperança/PB: 2015.
- FISCO, Revista (do). Edição Nº 364, Ano
XXXVIII. João Pesso/PB: 2008.
- PIMENTEL, Cristino. Mais um mergulho na história campinense.
Edições Caravela. Campina Grande/PB: 2001.
(*) Com informações de Ângelo Emílio da
Silva Pessoa, neto do biografado.
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