A Cooperativa
Mista de Esperança era uma associação de agricultores que se reuniram com o
objetivo comum de fomentar a sua atividade agrícola e juntos enfrentarem as
condições adversas através do método de associativismo rural.
Foi fundada em
18 de abril de 1951, com o nome de “Cooperativa de Crédito Agrícola de
Esperança” pelos seguintes associados: Manoel Luis Pereira, Matias Henriques da
Silva, Inácio Pereira dos Santos, Cícero Luis da Costa, Joaquim Pereira da
Silva, Sebastião Ataíde Neto, Cícero Manoel dos Santos, Ascendino Portela,
Francisco Souto Neto, Francisco Bezerra Cavalcante, Justino Torres, Manoel Batista
da Silva, Heleno Cândido, Herculano Fernandes de Lima, Francisco Sebastião
Pereira.
Assumiu a sua primeira
direção o Sr. Francisco Bezerra da Silva, mas na presidência ainda estiveram os
Srs. Manoel Luís Pereira, Francisco de Assis Belarmino e José Leite Cavalcante.
O projeto era audacioso,
contribuir com os agricultores nas áreas de fomentos agrícolas e garantir um
preço mínimo de comercialização de seus produtos, além de servir de
estabelecimento de crédito para os associados.
Após alguns anos
de atividade, as coisas esfriaram a tal ponto que o único patrimônio estava
reduzido ao prédio em péssimas condições em frente à Praça Getúlio Vargas
(atual Calçadão).
Em 1979 deu-se
um novo impulso, através da nova direção encabeçada por José Antônio Araújo
(Capitão Zeca) que, com a colaboração do gerente técnico Manoel Luiz da Silva, reuniu
um pequeno grupo de agricultores com vistas à reorganizar a cooperativa e, numa
frente única, recorreram à Secretaria Estadual de Agricultura.
Com o apoio do
Dr. Augustinho dos Santos, promoveram o soerguimento da entidade, filiando-se à
Copersisal e a Cocane que lhes forneceu adubos, fertilizantes e medicamentos
veterinários, garantindo atendimento aos agricultores de baixa renda não só de
Esperança, mas da região polarizada por esse Município (Remígio, Areial,
Montadas, Puxinanã, Lagoa de Roça e Alagoa Nova).
Uma linha de
crédito possibilitou a aquisição de um trator, um caminhão e outro automóvel. O
prédio foi restaurado e cerca de trinta associados tiveram suas terras
mecanizadas. Em 1980, o faturamento da Cooperativa de Esperança alcançou Cr$
7,2 milhões de cruzeiros, com um estoque de Cr$ 2,4 milhões de cruzeiros.
Em março daquele
ano, contava com um quadro de 352 associados e um ativo de Cr$ 6,5 milhões de
cruzeiros. Entre seu plano de ação estavam revenda de produtos, orientação
técnica, mecanização e transporte da produção que estava centrada no milho,
feijão, batata inglesa, algodão e banana. Também estava previstos uma usina de
beneficiamento de mandioca e uma fábrica de ração balanceada.
O projeto de financiamento
bovino para engorda compreendia 500 animais de corte, orçado em Cr$ 7,3 milhões
de cruzeiros.
A Cooperativa
funcionou por muitos anos em Esperança, sendo bastante atuante em sua área, com
a realização de eventos de incentivo aos agricultores.
Rau Ferreira
Referências:
- ESPERANÇA, Livro do Município (de).
Editora Unigraf. João Pessoa/PB: 1985.
- PERNAMBUCO, Diário (de). Edição nº 179,
04 de julho. Recife/PE:1981.
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