A ampliação do cemitério público acontecida há alguns
anos fez desaparecer a antiga capela que existia no centro deste Campo Santo. Muitos
ainda se lembram daquele galpão dedicado as orações, onde se acendiam velas às
almas. Não era muito grande, mas o suficiente para se encomendar o corpo com as
exéquias.
Ali se encerrava o cemitério, existindo poucas covas
por trás daquele edifício e em sua volta, por onde se passava com dificuldades.
Até 1930 a administração do cemitério era atribuição
da igreja, por ter sido por esta construída, segundo a tradição, no final do
Século XVII por obra do missionário Padre Ibiapina para enterrar as vítimas da
cólera.
Através do Ofício nº 70, de 17 de dezembro de 1930,
em ordem ao Decreto Estadual nº 29 do mesmo mês e ano, que direcionava às
prefeituras municipais todos os cemitérios existentes no Estado, solicitava o
Vice-prefeito Inácio Rodrigues de Oliveira da autoridade eclesiástica local as
chaves do cemitério.
Foram entregues à edilidade não apenas a necrópole, como
também a pequena capela ali existente. As rendas municipais, contudo, não eram
suficientes para a sua manutenção, necessitando de reformas o cemitério público
cujas primeiras catacumbas em alvenaria, até onde se sabe, foram construídas em
1913.
Todavia, a normatização dessas construções só veio a
acontecer em 1931, através do Decreto Municipal nº 05 de oito de maio, por
instituição do Prefeito Theotonio Costa, que ordenava que as catacumbas
deveriam ser construídas “ao correr das paredes”, estabelecendo taxas para sua
edificação.
Anos mais tarde, o prefeito Júlio Ribeiro da Silva, “num
eloquente testemunho de suas convicções católicas”, restaurou a capela do
cemitério entregando-a a administração da igreja. Com esta iniciativa, o vigário
da época, Padre João Honório de Melo, solicitou licença do governo arquidiocesano
para benção da capela e transladação do Orago de São Miguel Arcanjo que se
encontrava na Matriz.
A solenidade de entronização aconteceu no último
domingo de março de 1940, com as presenças do prefeito municipal, figuras de
destaque social, funcionários da prefeitura e grande número de fiéis.
Após o ato inaugural, o padre confiou os cuidados e
zelo daquela capela a Irmandade das Almas existente nesta paróquia.
Rau
Ferreira
Referência:
TOMBO,
Livro de. Paróquia N. S. do Bom Conselho, Nº 01. Esperança/PB: 1908.
Boa pesquisa que eu não consegui fazer. Que bom se existisse a foto da capela!
ResponderExcluirSó tenho a parabenizar e agradecer o resgate histórico que o meu amigo Rau Ferreira faz por essa cidade tão maravilhosa!!!
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho e que os orgãos competentes reconheçam e divulguem o seu maravilhoso e magnifico trabalho para essa nova geração de estudiosos que está por vir.
Um abração!!!
Só tenho a parabenizar e agradecer o resgate histórico que o meu amigo Rau Ferreira faz por essa cidade tão maravilhosa!!!
ResponderExcluirParabéns pelo seu trabalho e que os orgãos competentes reconheçam e divulguem o seu maravilhoso e magnifico trabalho para essa nova geração de estudiosos que está por vir.
Um abração!!!