Severino Cândido Costa era “carapina”, e exercia esse ofício na pequena cidade de Esperança, porém sua grande paixão era a música. Conta-se que nas horas de folga dedilhava a sua viola com o pensamento distante, pensando em inventar um instrumento que, nem ele mesmo, sabia que existia. Certo dia, deparou-se com a gravura de uma harpa e, a partir de então, tudo passou a fazer sentido, pois era este instrumento que imaginara. Porém, o moço tinha um espírito inventivo e decidiu reinventá-la. Passou a procurar no comércio local as peças para a sua construção, porém não as encontrando fez uso do que encontrava. Com os “cobrinhos do minguado salário” foi adquirindo peças velhas de carro, de bicicleta e tudo o mais que poderia ser aproveitado. Juntou tudo e criou a sua “harpa pianeira”, como fora batizada. A coisa ficou meia esquisita, mas era funcional, como registrou a Revista do Globo: “Era um instrumento híbrido, meio veículo, meio arco de índio: uma chapa de ferro em forma de arc...
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