No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de
José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor
um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento
aflora nos meus versos.
Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele
autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o
escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E
outros Zés que são uma raridade.
Eis o poema que produzi naquela noite.
Zé-Poema
Há Zé pra todo
lado
(dizer me convém)
Zé de cima, Zé de
baixo,
Zé do Prado...
Zé de Tica, Zé de
Lica
Zé de Licinho!
Zé, de Pedro e
Rita,
Zé Coitinho!
Esse foi grande
padre
Falava mansinho:
Uma esmola, esmola
Para os meus
filhinhos!
Bezerra foi outro
Zé
Poeta também;
Como todo Zé
Um entre cem.
Zé da velha
geração
Dos poetas de 59’
Esse
“Zé-Revolução”
Ainda me comove...
Fiz esse Zé-poema
Sem me rir, sem
chorar;
Livre de rima e
tema,
Pra Zé homenagear.
Banabuyé, 24 de fevereiro de 2024.
Na citação de Padre Zé, na frase "filhinhos...", lembrei-me do apóstolo João quando escreve em sua primeira carta pastoral, no segundo capítulo e verso 18. Na minha opinião, os dois tinha igual afeição pelos pobres e necessitados, seja de apoio material ou espiritual, ao ponto de lhes chamar de filhos.
Tinha acabado de escrever, quando enviei para Ônio Emmanuel,
chefe do Cartório de Registro Civil, que de pronto me pediu para compartilhar
em suas redes sociais. Daí veio a lembrança de um outro Zé, que igualmente foi
importante em nossa cidade, sobrevindo ainda a seguinte quadra
Na composição
dessa lira
Esqueci um de
muitos corações;
Sabes a quem me
refira
"Troquemos
orações!”
Refiro-me a Zé Lira, o genitor de Ônio e Giuseppe, que também
foi Diácono, e grande escudeiro do Padre Palmeira. Agora sim, a poesia está
completa! Ao menos por enquanto...
Rau Ferreira
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