Em
nossa “máquina do tempo” seguiremos viagem ao longínquo ano de 1985, trazendo o
aspecto da nossa cidade, o “lyrio verde da Borborema”.
O
município era administrado pela terceira vez pelo Sr. Luiz Martins de Oliveira,
coletor público estadual, que enveredou pela política desde os idos de 1963.
Para
uma melhor compreensão, vamos categorizar os dados, de acordo com as fontes
escritas daquele ano (1985), já que algumas classificações geográficas mudaram
ao longo do tempo:
1.
Aspectos históricos
Os
primeiros habitantes foram os índios Bultrins, da tribo Banabuyé. Não se sabe
ao certo em que ano ou época os silvícolas ali levantaram aldeamento. A
aproximação de colonos para servirem-se de água potável então existente em um
reservatório no local, obrigou os indígenas a abandonarem o seu habitat
rumando para o interior. O depósito de água recebeu o nome de Tanque do Araçá.
Próximo a ele, o português Marinheiro Barbosa construiu uma casa que foi a
primeira que se tem notícia. O município foi emancipado em 1º de dezembro de
1925.
2.
Dados geográficos
Encontra-se
situado no planalto da Borborema, zona fisiográfica do Brejo (atualmente se
classifica na microrregião do agreste paraibano), limitando-se: ao Norte e
Nordeste, pelo município de Remígio; ao Sul e Oeste, pelo município de Pocinhos
e a Leste pelo município de Alagoa Nova.
Possui
uma área de 87 Km2 sendo o 45º entre as demais comunas do Estado,
segundo dados do Departamento Estadual de Estatísticas. Com altitude de 650 m.
distância da Capital: 145 km.
O
clima é frio e úmido no inverno, e temperado no verão, oscilando de 18 a 28º. O
inverno tem início em abril para terminar em agosto.
Principais
atividades: agricultura, pecuária e comércio.
Estabelecimentos
de crédito: Banco do Brasil, Caixa Econômica e Paraiban. Educação: Escolas de
1º e 2º Graus.
3.
Aspectos demográficos
População:
23.830 habitantes. Densidade demográfica: 273,47 hab/ Km2.
4.
Aspecto judiciário
Esperança
fez parte do termo judiciário da Comarca de Areia (1939/1943), por força do
Decreto-lei Estadual nº 1.164, de 15 de novembro de 1938. Foi elevada à
categoria de Comarca através do Decreto-lei Estadual nº 39, de 10 de março de
1940.
5.
Administração Luiz Martins
O
Município de Esperança à época possuía três grupos escolares, quinze na zona
rural e um colégio da Paróquia; dois institutos e três escolas particulares,
com uma população estudantil de mil alunos.
Há
um ónibus que transporta os universitários nos três turnos para Campina Grande.
E recentemente, a prefeitura adquiriu um prédio para funcionamento da Divisão
de Educação, do Mobral, do Logos e futuramente da Filarmônica “1º de Dezembro”,
grande vencedora da Paraíba no concurso de Bandas de Músicas promovido pelo
Mobral.
Saúde:
servida de um Hospital Geral, pela Casa de Saúde e Maternidade “S. Francisco de
Assis”, pela Fundação SESP, por um ambulatório e Clínica particular. Trinta e
oito médicos atendiam nesses serviços de saúde, sendo que oito deles residiam
na cidade.
Comunicação:
naquele ano (1985) seria implantado dois modernos sistemas de recepção de TV,
inclusive com antena parabólica e sinal via satélite, que serviriam aos
municípios do Anel do Brejo.
Habitação:
há carência, porém a Caixa Econômica já tem todo um loteamento para a
construção de casas populares.
Serviços
urbanos: apesar de haver um projeto de saneamento entregue ao BNH (Banco
Nacional de Habitação), até o momento nenhum recurso foi destinado pelo órgão
para esse trabalho. A prefeitura com recursos próprios vem fazendo a rede de
esgoto, já tendo concluído cinco ruas.
Luiz
Martins pretendia construir um hotel, uma emissora de rádio, a rodoviária e o
mercado público, além de calçar ruas e estender a rede eletétrica.
Rau
Ferreira
Referências:
-
ESPERANÇA 82 ANOS, Revista. Editor: Jacinto Barbosa. Novembro. Esperança/PB:
2007.
-
FISCO, Revista (do). Ano XVI, Nº 125. IV Centenário. Edição comemorativa. Afrafep.
João Pessoa/PB: 1985.
-
OLIVEIRA, Luiz Martins (de). 3ª Administração (1983/1989). Do verde a
esperança, do povo a confiança. Esperança/PB: 1985.
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