“Sai, primeiro da fonte – tênue fio –
a
fila fina e límpida de prata;
e
depois, nas rechãs, por entre a mata,
como
cobra assustada, corre o rio.
E
a inocência dessa água que arrepio
vai
causando nas franças que retrata,
faz-se,
aos poucos, sensual e a sede mata
a
quem passe margeando-a , pelo estio.
Mais
e mais avoluma-se a corrente;
impele
tudo, impávida, a torrente
e
entra no mar as ondas afrontando.
Assim
também na infância a virgindade
nasce....
e depois, pelo verão da idade,
no
mar do amor, vai-se engolfar cantando”
Silvino Olavo, in: Cysnes, 1925.
N'é que pareceu-me inédito! Acho que tenho que voltar ao Silvino.
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