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Mostrando postagens de agosto, 2016

Banda de Música/Filarmônica de Esperança

A tradição A tradição de uma filarmônica em Esperança é imemorial. Segundo consta, em tempos remotos denominava-se Música de Banabuyé e já existia em 1889 (Almanak Administrativo). Aliás, aos 24 de janeiro daquele ano noticiava “A Gazeta do Sertão”, editado em Campina Grande por Jóffily e Retumba, que a filarmônica de Esperança havia sido convidada para tocar na vila de Alagoa Nova, onde ocorreu um desagradável evento. Um cidadão daquelas paragens resolveu perturbar o ensaio da música sendo preso pelo Delegado Paulino Rodrigues Pinto e encaminhado ao Juiz Municipal Joaquim Eloy Vasco de Toledo. Há notícias de que esta banda tenha tocado também em Areia e Remígio. Assim informava um jornal da época: “Terminou a primeira festa da Padroeira, Nossa Senhora do Patrocínio. A novena correu animadíssima, sobretudo nas últimas noites. No dia da festa houve missa cantada, e procissão à tardinha. Foi imenso o concurso de fieis. A excelente banda de música de Esperança, ali tocou, a

A Codebro e suas histórias

Codebro/Anos 60 Por volta de 1918 o centro da cidade era iluminado à querosene. Haviam postes de ferros envidraçados nas esquinas que eram acendidos ao entardecer por Alfredo Leite, um funcionário da subprefeitura que retornava por volta das 22 horas apagando as chamas. A energia sempre foi um grande atrativo comercial. A sua força impulsionava motores e gerava luz elétrica propiciando o funcionamento prolongado do comércio. Esperança por sua vocação primária há muito necessitava desta inovação. A partir daquele ano homens foram contratados para realizar o “ posteamento ” com madeira de baraúna. Os postes não eram muito altos, mas o trabalho dos encarregados despertava a curiosidade das crianças. Tranquilino foi o eletricista responsável por estender os fios, colocar os isoladores e fazer as ligações domiciliares. Os candelabros foram substituídos por lâmpadas de tungstênio. O fornecimento de energia começou a operar no início em 1919. O sistema era precário, resumindo-se

Josias Barbeiro

Josias e família Há uns dias recebi um comentário (via Email)   da Sra. Arlete sobre o seu tio Josias que oficiou como barbeiro neste município de Esperança. Pois bem. complementando a série dos “Barbeiros Esperancenses”, passo a apresentar mais esta personagem da nossa história com o texto informado pela sua parente. Josias, seu irmão José e o filho Ademilton “ Josias Nicolau da Costa viveu muitos anos em Esperança e trabalhou como barbeiro. Seu salão se situava ao lado da igreja matriz onde depois funcionou como Sindicato dos Trabalhadores Rurais. Ele era um dos barbeiros mais procurados, devido ao seu carisma em tratar bem as pessoas além do bom serviço profissional. Anos depois ele foi morar com a família no Rio de Janeiro, onde viveu até sua morte. Um dos seus filhos chama-se Ademildo Nicolau, que, há alguns anos, esteve em uma festa para os filhos ilustres de Esperança, na nossa querida cidade. Na primeira foto ele é o primeiro da direita para a esquerda (Pad

O nome (dela)

A morte tem nome de mulher Cada um escolhe o que quer Dos Arianos, Caetana; Dos Cabraus, Severina. Mas tudo é nome de mulher Cada qual figura a tal sina Só não vá perder a sua fé Ser beato sem batina Que quando ela vier Vai levar de roupa fina Vai de Caetana à Severina Prá’quele salão lá no alto Que toma conta o Barnabé Àquela ave de rapina Que abre as portas do “ Soleil ” Ou fecha o porão da Cafetina Segundo o que se destina. Esta ave banca e tosca Do mundo de junto-pés; Aquela figura meio barroca Que te aguarda no final deste convés Que se chama Vida!... A morte tem nome de mulher Tu escolhes a que tu queres. Banabuyé, 10/08/2016. Rau Ferreira

As encenações de Dona Hosana

Encenação: Aos pés da cruz A professora Hosana Lopes Martins foi responsável por momentos marcantes e apresentações no antigo Cine S. Francisco. As suas peças quase sempre tinham como pano de fundo a Bíblia, quando não enalteciam o caráter religioso ou altruísta – a exemplo da encenação “Aparição de Na. Sra. de Fátima”. As pequenas estrelas em geral eram suas alunas, as quais ensaiavam incansavelmente os textos, citemos desta época: Ângela Souto, Benigna Consolato, Dalvina Ferreira, Elba, Magna e Norma Coelho, Fátima e Paula Fracinete Meira, Herbert Spencer, José R. F. Filho (Zezito), Lourdinha e Leda Mateus, Lúcia Luna, Moema Nóbrega, Neusa Caetano, Rosany Araes, Socorro Acioli e Socorro Pequeno. Com a colaboração de Lourdinha Vasconcelos (Lourdinha Mateus), através de seus comentários no grupo criado por Cida Galdino (Esperança - terra mãe!) podemos recompor alguns aspectos de suas apresentações da a velha mestra: “O martírio do dever” e “Aos pés da cruz”. O enredo da p

Banaboé: Comentário de Graça Duarte

Capa do livro Banaboé Caríssimos, publico aqui um comentário da amiga   Maria Das Graças Duarte Meira   sobre o livro BANABOÉ CARIÁ. O registro é importante não apenas pela sua origem, como pelo carinho acerca deste nosso trabalho. Peço que leiam com atenção: " Acabei de ler o livro de Rau Ferreira, BANABOÉ CARIÁ e tenho uma recomendação a fazer: Atenção todo os esperancenses; estejam onde estiverem, procurem adquirir esse livro porque ele é um livro didático e cheio de conteúdo sobre a nossa terra, a   nossa cidade de Esperança, antiga Banabuié. Confesso que, durante toda a minha escolaridade eu realmente necessitei de um livro assim. Com a história dos primórdios da terra, sua origem remota, sua hidrografia, sua geografia, seus limites, seus lugares, sua independência. A história da nossa gente, a política, os primeiros políticos. Nossa famosa feira, os tropeiros e o comércio de antão. Cada um de nós, ao ler esse livro vai encontrar um pedaço de si ali dentro; seja nas fo

Esperança nos anos 40

Da séria “Esperança ao longo dos anos”, apresentamos agora, o aspecto sócio-econômico do Município de Esperança pelos anos 40, constante do Dicionário Corográfico de Coriolano de Medeiros. Com extensão de 351 km 2 registrava (1940) 1.266 prédios urbanos, 235 suburbanos e 740 rurais; com uma população de 4.106 (urbana), 1.064 (suburbana) e 1.064 (rural) compreendida a sede (Esperança) e os distritos (Areial e Montadas). O prefeito Sebastião Vital Duarte (1940-1942) havia sido nomeado pelo interventor, auxiliado por 13 funcionários efetivos. A Comarca era de 1ª entrância, com um magistrado e dois suplentes. O primeiro juiz de direito foi Ademar Lafayete. A segurança pública competia a um delegado de polícia e subdelegados na vila. Haviam 80 casos de contravenção e 14 crimes, mas nenhum de homicídio. Esperança destacava-se como município agrícola, com zona para criação de animais. Os seus terrenos produziam batata, mandioca, batatinha, milho, algodão e gergelim com a seguinte prod

Rodolpho, um jovem promissor

(De cobrador à professor universitário, uma carreira de sucesso) Rodolpho Raphael de Oliveira Há velho ditado que o “homem é do tamanho do seu sonho”, e assim podemos aplica-la a vida do jovem Rodolpho Raphael. Tanto sonhou, tanto correu e que galgou parte dos seus objetivos com apenas 25 anos.  Nascido em 19 de Dezembro de 1990, é filho de Antonio Rafael e Maria do Carmo de Oliveira. Seu pai é funcionário público e estofador, sua mãe é aposentada pela prefeitura municipal. Iniciou seus estudos na Escola Paroquial Nossa Senhora Auxiliadora, atual Dom Manuel (Palmeira da Rocha), tendo como primeiras professoras Nininha e Chiquinha (In Memorian). Anos mais tarde, passou a estudar na Escola Municipal Olímpia Souto, onde concluiu o ensino fundamental. Seu esforço e suas boas notas lhe renderam uma bolsa integral para cursar todo o ensino médio no Educandário Menino Jesus de Praga onde permaneceu até o final de 2008. Prestou vestibular e foi aprovado para Economia na UFCG e P

A Boneca Esperança

A "Boneca Esperança" já viajou o mundo, esteve na feira de Hannover, na Alemanha, e exporta-se sempre para os Estados Unidos. Conheça um pouco de sua história através deste Vídeo produzido pelo Ponto Solidário: A Comunidade de “Riacho Fundo” fica há sete quilômetros de Esperança, pela PB 121 (Estrada da Batatinha). Vale a pena conferir este artesanato local. Rau Ferreira

Sol: Um erro de meio século

Quando das minhas andanças por força do ofício na Beleza dos Campos, deparei-me com um cidadão que me mostrando uma casa moderna disse que ali residiram dois grandes do direito local: um tal Silvino e o outro Dr. Durval. Conheci o segundo, já velho e cansado peticionando em alguns processos criminais que diziam ser especialista, advogando para gente abastarda e comerciantes de carnes. Cheguei a visitar sua vasta biblioteca com aqueles compêndios encadernados e coleções de direito A-Z. Pareceu-me mesmo um grande tribuno defendendo a sua causa no júri. Foi a minha primeira grande impressão e acho até que estava decidido a ser bacharel. Não durou muito e, formado sem anel no dedo, aspirava já ser promotor... Mas o que reclama esta minha crônica não é a vida pessoal e sim o que me dissera aquele desconhecido numa tarde de quinta-feira. Narrava-me que certa feita que Silvino avistando o funeral de uma criança que passara repetira: “ Nem todas as flores tem a mesma sorte, umas enfeita