Pular para o conteúdo principal

Rodolpho, um jovem promissor

(De cobrador à professor universitário, uma carreira de sucesso)

Rodolpho Raphael de Oliveira

Há velho ditado que o “homem é do tamanho do seu sonho”, e assim podemos aplica-la a vida do jovem Rodolpho Raphael. Tanto sonhou, tanto correu e que galgou parte dos seus objetivos com apenas 25 anos.  Nascido em 19 de Dezembro de 1990, é filho de Antonio Rafael e Maria do Carmo de Oliveira. Seu pai é funcionário público e estofador, sua mãe é aposentada pela prefeitura municipal.
Iniciou seus estudos na Escola Paroquial Nossa Senhora Auxiliadora, atual Dom Manuel (Palmeira da Rocha), tendo como primeiras professoras Nininha e Chiquinha (In Memorian). Anos mais tarde, passou a estudar na Escola Municipal Olímpia Souto, onde concluiu o ensino fundamental. Seu esforço e suas boas notas lhe renderam uma bolsa integral para cursar todo o ensino médio no Educandário Menino Jesus de Praga onde permaneceu até o final de 2008.
Prestou vestibular e foi aprovado para Economia na UFCG e Publicidade e Propaganda na CESREI como Bolsista do Programa Universidade para Todos – Prouni, tornando-se um dos primeiros do município a conquistar tal feito.
Sua vocação para o empreendedorismo e gestão foi descoberta por um familiar seu, Vandérlucio Alves, na época, acometido de um câncer e que até então possuía uma loja situada na rua do cemitério cuja finalidade era vender móveis e eletros com facilidades de pagamentos. Rodolpho começou a partir daí como cobrador e passou a visitar os clientes para recolher o dinheiro da semana. O tempo foi passando, o estado de saúde de Vanderlúcio piorando e o jovem estudante tomou as rédeas e tornou-se um dos homens de confiança dele durante suas ausências para o tratamento.
Com o falecimento do amigo em 2009, assumiu definitivamente a administração daquela empresa Juntamente com a Esposa de Vanderlúcio - Anielda que meses depois optou por fechar o empreendimento. Abalado com a perda, o então estudante de publicidade viu a necessidade de começar a informar a população que começava a adentrar no meio digital, foi então que criou o “Café e Notícia Esperancense”, um blog amador, com textos, fotos e que realmente se tornou leitura diária dos esperancenses. Mal ele sabia que isso seria apenas o início de sua história na comunicação e o desencadear para que outros portais e sites não apenas de Esperança, mas da região começassem a nascer.
 O nome mudou para ‘Notícia Esperancense’ e os números de acessos não paravam de subir, pessoas que residiam na cidade, pessoas que eram da cidade e moravam fora, poderiam acompanhar tudo o que se passava pelo Lírio Verde da Borborema através de um click. Com isso, foi preciso buscar uma nova plataforma, teimoso e audacioso, somado ao otimismo, algumas de suas qualidades, Rodolpho com apenas 18 anos, resolveu criar o Portal NE, lançando em 19 de dezembro de 2009, data do seu natalício com uma sessão solene na Câmara Municipal que contou com a presença de inúmeras autoridades da cidade, a noite ficou na história de quem participou.
Revolucionário de Ideias, sua paixão pela política, o fez pensar em entrar, mas desistiu antes mesmo de uma possível candidatura, falta de recursos, logística eram alguns dos empecilhos apresentados somado à idade. Resolveu então continuar a estudar, nesse meio tempo, passou a integrar a assessoria de Imprensa da Prefeitura Municipal de Esperança, seu primeiro emprego na área junto a nomes renomados da cidade, como Vera Taveira, Roberto Cardoso, Evaldo Brasil com quem aprendeu muito, durante os três anos e oito meses onde permaneceu.
Após sua saída da PME, chegou a ingressar no Seminário Arquidiocesano onde cursou o propedêutico, mas pediu um tempo para repensar sua vocação. Retornando a Esperança, recebeu um telefonema do Prefeito de Lagoa Seca, José Tadeu convidando-o para ser secretário de comunicação naquela que é conhecida como “suíça nordestina”. Enquanto atuava naquele município, concluiu a sua graduação em Comunicação Social com habilitação em Jornalismo pela UEPB onde teve a oportunidade de ser o orador oficial dos mais de 1600 formados do Campus I.
Em seu discurso, Rodolpho se mostrou um orador imponente, lembrando os antigos oradores que o município de Esperança já possuiu, arrancou lágrimas e aplausos de todo o Spazzio, local onde acontecia sua colação de grau.
Recém formado, com apenas 21 anos e ocupando a chancela de secretário municipal, RR conseguiu criar um elo com a imprensa paraibana e também fomentou a participação popular após investir fortemente na prestação de serviços por meio das novas mídias, bem como, nas ações para intensificar a participação da população nas redes sociais que segundo ele, passa a ser uma espécie de ouvidoria em rede  facilitando a forma de trabalhar numa gestão municipal, tendo em vista sua funcionalidade de mostrar transparência e ao mesmo tempo democratizar a informação aos munícipes.
Em números, o jovem jornalista conseguiu deixar o município de Lagoa Seca em 2º lugar a nível estadual no que se refere o contexto de Assessoria Digital, ficando atrás apenas para a capital paraibana João Pessoa. Seu perfil de trabalho além do dinamismo e de um rápido feedback é também munido através de todo um aparato para que os resultados sejam mais concretos e, consequentemente, menos passíveis de erros de interpretação.
Com sua exoneração em 02 de fevereiro de 2014, Rodolpho foi contratado como Consultor de Comunicação no dia seguinte, passando a atuar na Prefeitura Municipal de Remígio, onde também desenvolveu um excelente trabalho na área de comunicação, gestão de mídias sociais e gestão de crise.
Seu tempo era basicamente dedicado à isso, quando não era trabalhando, era engajado em algum grupo, pastoral ou movimento da paróquia, onde atuou como músico, catequista, coordenador de pastorais. Como se não bastasse tudo isso, RR ainda fazia uma Especialização em Mídias Digitais, Comunicação e Mercado em uma faculdade privada de Campina Grande, ao concluir, se tornou notícias nos mais diversos portais e sites do Estado com sua pesquisa em que se analisava a forma como as assessorias de imprensa das Prefeituras Municipais se portavam nas plataformas de redes sociais. O jornalista mapeou e acompanhou durante meses todas elas, tal esforço lhe rendeu ótima nota no TCC e publicação na Revista Leviathan da USP, uma das mais respeitadas dentre os periódicos de ciências política.
Com a conclusão da sua pós-graduação, correu atrás do seu sonho que era lecionar, não haviam mais impedimentos, enquanto portas se fechavam, outras se abriram e foi na Faculdade Internacional da Paraíba situada em João Pessoa, que o jovem encontrou lugar, fez a seleção de professor, foi aprovado e contratado para fazer parte da equipe docente do curso de marketing aos 23 anos de idade.
Atualmente, Rodolpho é Professor do Curso Comunicação Social com Habilitação em Publicidade e Propaganda e membro do Núcleo Docente Estruturante - NDE do Curso de Graduação em Marketing na Faculdade Internacional da Paraíba (FPB) - Laurete International Universities. É também Analista de Mídias Sociais da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba. Possui pesquisas no campo da Comunicação Governamental, Mídia e Ambientes Digitais, chegando a publicar diversos artigos em periódicos da área. Tem experiência profissional na área de jornalismo, com ênfase em impresso, web jornalismo, além de Publicidade e Propaganda, Marketing, Assessoria de Imprensa, Gestão de Crise, Planejamento estratégico, Gerenciamento e análise de Mídias Sociais. 



Entrevista virtual. Informações fornecidas pelo biografado em 04/08/2016.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

Coisas da minha terra, por Maria Violeta

  Novas lembranças, publicado no jornal “O Norte ”. Texto cedido por Ângelo Emílio , neto da autora.   É lá na Esperança, onde os homens que acreditam em Deus se firmam na esperança dos que alimentam a fé pisando na terra firme e abençoada que lhe serviu de berço, concentrando suas vidas, seus sonhos, alegrias e esperanças dos que vivem na Esperança. Quantas gratas recordações da minha terra. Dona Teté Rodrigues em sua beleza angelical era um exemplo de fé e dignidade. Dedicou toda a sua vida à religião, trabalhando para Igreja, ensinando catecismo as crianças e jovens. Dona Júlia Santiago era outra pessoa ligada à Igreja, ornamentando jarros, ensinando religião e com sua mão de fada pintando lindas coisas com arte e dedicação. E dona Celina Coelho? Esta era demais para mim, pois eu adorava e assimilava feliz todas as aulas de catecismo que ela ministrava além de admirar as lindas flores feitas pelas suas mãos que revelavam a arte. Esta e outras pessoas serviam a comun...

A origem...

DE BANABUYU À ESPERANÇA Esperança foi habitada em eras primitivas pelos Índios Cariris, nas proximidades do Tanque do Araçá. Sua colonização teve início com a chegada do português Marinheiro Barbosa, que se instalou em torno daquele reservatório. Posteriormente fixaram residência os irmãos portugueses Antônio, Laureano e Francisco Diniz, os quais construíram três casas no local onde hoje se verifica a Avenida Manoel Rodrigues de Oliveira. Não se sabe ao certo a origem da sua denominação. Mas Esperança outrora fora chamada de Banabuié1, Boa Esperança (1872) e Esperança (1908), e pertenceu ao município de Alagoa Nova. Segundo L. F. R. Clerot, citado por João de Deus Maurício, em seu livro intitulado “A Vida Dramática de Silvino Olavo”, banauié é um “nome de origem indígena, PANA-BEBUI – borboletas fervilhando, dados aos lugares arenosos, e as borboletas ali acodem, para beber água”. Narra a história que o nome Banabuié, “pasta verde”, numa melhor tradução do tupi-guarani, ...