Pular para o conteúdo principal

Esperança na História, resumo de 30/10/2015

Com satisfação apresentamos o nosso quadro “Esperança na história”, veiculado pela BanFM através do Programa Café com Notícias no último dia 30 de outubro do corrente ano. Tratamos dos nomes populares de ruas que por tradição chegam a se sobrepor ao nome oficial, cuja razão de ser precede a fatos extraordinários, a exemplo da rua do Boi, onde havia, antigamente, um antigo curral, e rua do Sertão por ser pouso dos sertanejos.
Pois bem. A participação popular foi intensa, fazendo menção àquelas artérias de nossa cidade menos conhecidas. Foi citado que a rua General Osório também era conhecida como “Rua da Tapa”, talvez por uma briga que ocorrera ali. A Travessa São Vicente, antes fora “Rua do Lajedo”. Lembrei então do Calçadão, cujo nome de registro é Praça Joaquim Pereira da Silva, em homenagem ao genitor de seu Zé Pereira, proprietário da Empresa S. José.
Ainda nas interações, nos foi informado que seu Ulisses Barbeiro, mencionado no último programa, ainda era vivo, no auge de seus 90 anos, residindo na Rua JK.
Houve a explicação da rua do “Compra Fiado” por diversos ouvintes, e também a rua do Triângulo, que fica por trás da residência de Mané Moizinho. Esta foi construída na gestão de Dr. Ledo, mas como não dava passagem para mais nada, pois havia um triângulo de alvenaria, o próprio Mané, certa feita, irritado com aquilo, quebrou a praça.
Luciano André falou da rua Joaquim Virgolino (Rua do Açude) e também da rua das Bananeiras, que ficava no meio da Beleza dos Campos, por existir ali alguns pés de bananeiras.
Foi dito por um ouvinte que a Rua Beleza dos Campos era devido haver ali muitas moças bonitas.
Lembraram o antigo “Morro do Piolho” (MDP) que foi tão conhecido nos anos 90, onde hoje é a atual Dina da Conceição e adjacências.
A rua Sebastião Nicolau que já fora chamada de Rua da Sanbra, também era a Rua da Fábrica de Redes, de propriedade de um parente do Professor Biuzinho, esposo de dona Nina que tem um bar em frente ao Posto da Ferro Ferragens.
A rua Dina da Conceição se deve ao fato de ser um sítio e residir ali duas velhinhas Dina e Conceição, que depois cederam os terrenos para casais e, posteriormente, com o loteamento, a própria prefeitura resolveu homenageá-las.
A Praça do Matuto que também era conhecida como Praça de Gogóia, na verdade, se chama Pedro Taveira Filho, consoante nos informou por telefone Evaldo Brasil.
Essas foram em resumo as interações daquele dia, mas na manhã seguinte nos foi lembrado também o “Beco da Facada”, ou seja, a Travessa Presidente Dutra.


Rau Ferreira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Ruas tradicionais de Esperança-PB

Silvino Olavo escreveu que Esperança tinha um “ beiral de casas brancas e baixinhas ” (Retorno: Cysne, 1924). Naquela época, a cidade se resumia a poucas ruas em torno do “ largo da matriz ”. Algumas delas, por tradição, ainda conservam seus nomes populares que o tempo não consegue apagar , saiba quais. A sabedoria popular batizou algumas ruas da nossa cidade e muitos dos nomes tem uma razão de ser. A título de curiosidade citemos: Rua do Sertão : rua Dr. Solon de Lucena, era o caminho para o Sertão. Rua Nova: rua Presidente João Pessoa, porque era mais nova que a Solon de Lucena. Rua do Boi: rua Senador Epitácio Pessoa, por ela passavam as boiadas para o brejo. Rua de Areia: rua Antenor Navarro, era caminho para a cidade de Areia. Rua Chã da Bala : Avenida Manuel Rodrigues de Oliveira, ali se registrou um grande tiroteio. Rua de Baixo : rua Silvino Olavo da Costa, por ter casas baixas, onde a residência de nº 60 ainda resiste ao tempo. Rua da Lagoa : rua Joaquim Santigao, devido ao...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

História de Massabielle

Capela de Massabiele Massabielle fica a cerca de 12 Km do centro de Esperança, sendo uma das comunidades mais afastadas da nossa zona urbana. Na sua história há duas pessoas de suma importância: José Vieira e Padre Palmeira. José Vieira foi um dos primeiros moradores a residir na localidade e durante muitos anos constituiu a força política da região. Vereador por seis legislaturas (1963, 1968, 1972, 1976, 1982 e 1988) e duas suplências, foi ele quem cedeu um terreno para a construção da Capela de Nossa Senhora de Lourdes. Padre Palmeira dispensa qualquer apresentação. Foi o vigário que administrou por mais tempo a nossa paróquia (1951-1980), sendo responsável pela construção de escolas, capelas, conclusão dos trabalhos do Ginásio Diocesano e fundação da Maternidade, além de diversas obras sociais. Conta a tradição que Monsenhor Palmeira celebrou uma missa campal no Sítio Benefício, com a colaboração de seu Zé Vieira, que era Irmão do Santíssimo. O encontro religioso reuniu muitas...