Recebi o livro “Zazá – um homem
ou um mito?”, de autoria do Bispo Bruno Rocha, seu filho. A portadora – Ir.
Robéria – me trouxe o exemplar autografado, com uma anotação na dedicatória:
“para manter viva a história de Esperança” (essa é uma grande responsabilidade,
devo dizer). A leitura me foi agradável, tanto que em poucos minutos havia
acabado e, em pleno êxtase, comece a escrever essas poucas linhas...
Lembro-me de Bruno, de sua
amizade com meu primo Darlan, de Dona Aderita, sua avó; do Grupo Irineu
Jóffily, da casa de Vô Dogival. Quantas lembranças!...
Conheci Zazá, honesto e íntegro.
No meu ofício quando parava no Sítio Timbaúba para me informar de algum
vizinho, desse ou daquele sitiante, respondia sem titubear, mostrando seu caráter
firme e determinado que nós tanto admirávamos.
Não o considero uma pessoa
“ignorante”. A ignorância é um mal daqueles que não tem ciência. Zazá era um
homem culto, conhecedor do seu mister; podia extrair da terra o melhor, de cada
plantação um superávit. Mas, acima de tudo, Zazá foi o homem mais inteligente
que já conheci, pois optou por uma vida dedicada ao evangelho, que abraçou logo
cedo para a sua salvação e de sua família. Como diz a Sagrada Escritura: “Eu e
minha casa serviremos ao Senhor”.
Não há outro gesto de maior
sabedoria, de abnegação. Foi e sempre será um exemplo de fé, enfrentando não
apenas as tentações do mundo, como também uma doença que alguns temem até mesmo
pronunciar-lhe o nome: câncer.
Nessa perspectiva – de homem
cristão – o mito Zazá é tão ínfimo que parece até desaparecer diante de sua
grandeza, de sua conversão. As estórias já tão conhecidas dos esperancenses, e
na sua maioria invencionices populares, nem de longe alcançam a verdade que foi
Zazá: excelente pai e esposo; honrado cidadão, cumpridor de seus deveres, e bom
cristão.
Se entrou ou não de cavalo em
casa, isso é irrelevante face ao seu testemunho para a comunidade evangélica.
Tenho certeza – isso sei – que o irmão Zazá entrou no céu pela porta da frente.
O seu legado aí está: a igreja
que ajudou a construir, o episcopado do filho Bruno, uma família devotada à
caridade e ao anúncio de Jesus. Salvou a si mesmo, e salvou aos seus. Quer
sabedora maior que essa?
Rau Ferreira
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