A cidade de Esperança, no agreste paraibano, possui
inúmeras riquezas naturais; um patrimônio ainda inexplorado e que merece nossa
especial atenção.
Listamos aqui os principais sítios ecológicos: o
“Cruzeiro” de Lagoa de Pedra, com suas inscrições rupestres e orquídeas raras;
os “Caldeirões” e sua “Itacoatiara”; e o “Serrote dos Cocos”. O problema é que esses tais
terrenos pertencem a agricultores e portanto são propriedades privadas,
fechadas à visitação.
Em Lagoa de Pedra, distante cerca de 5 km da sede
do município, existem um painel medindo 1,28 x 1,29 cm com formas esquemáticas
de possíveis zoomorfos e um tanque onde havia fósseis pleistocênicos. E as
orquídeas que florescem na sexta-feira da paixão dão o tom místico ao local.
Nos “Caldeirões”, um local privilegiado pela
natureza, encontram-se gravuras sob a técnica da meia-cana que se assemelham as
da Pedra do Ingá, além de uma cachoeira e um riacho afluente do Rio Mamanguape.
O “Serrote dos Cocos” mantém preservada a mata
nativa da região e abriga diversos animais da nossa flora, como mocós,
cascavéis, tatús, preás, tiguaçus, camaleões, inhambus e
rolinhas. Há cerca de 15 Km da cidade e com
uma altura aproximada de 635 metros ao nível do mar é um dos pontos mais altos
do município.
Para o implemento de uma rota de agro-turismo seria
preciso fazer um mapeamento dessas áreas e outras que ainda permanecem
desconhecidas do grande público; a exemplo dos sítios “Pintado” e “Pedra
Pintada” onde foram encontradas pela Emater (1993) penelas de barro e grandes
ossadas.
No próprio centro da cidade encontramos evidências
indígenas e pré-históricas. Citemos o “Tanque do Araçá”, antiga morada dos
Índios Banabuyês; o “Morro do Urubu”, no bairro Britador; e a rua José Andrade,
onde escavações em uma garagem descobriram
ossadas de uma preguiça gigante (Eremotrerium Laurilardi) em 1997.
Após registro e catalogação,
atividades de passeio e exploração poderiam ser conduzidas por professoras da
rede pública contando um pouco da nossa história e dando ênfase a necessidade
de preservação deste patrimônio.
Haveria a necessidade de se
constutir trilhas ecológicas na região, e formação de um calendário de eventos
culturais que atraia turistas, com visitação às comunidades de Riacho Fundo –
terra da “Boneca Esperança” – Massbielle com o seu artesanato em sisal.
Rau Ferreira
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