Pular para o conteúdo principal

Reformas da Matriz (Parte II)


AS REFORMAS
DA IGREJAMATRIZ

Parte II

D
andocontinuidade a série sobre as reformas na Igreja de Esperança, vamos relatar umpouco da grande alteração que se deu na administração do Padre João Honório(1937/1951). Este pároco foi o responsável por alterar sensivelmente a fachadada Matriz, derrubando as duas torres anteriores que havia e deixando apenas umaao centro.
Ogrande fomentador destas mudanças foi o Coronel Elysio Sobreira, que abriu umaconta em um banco (Caixa Operária do Estado) para recolher as doações. A idéiainicial era a aquisição de um relógio para a igreja, que teve início em 28 dejunho de 1931.

Asubvenção para compra do relógio da Igreja teve início no dia 28 de junho de1931, por iniciativa do Coronel Elísio Sobreira, recebendo importantes doações,inclusive do Bacharel Silvino Olavo. Odinheiro era recolhido junto a Caixa Rural e Operária do Estado.
MonsenhorJoão Honório, quando administrou a paróquia (1937-1951), alterou a fachada dotemplo. Os trabalhos tiveram início no dia 08 de novembro de 1939, retirando asantigas torres e deixando apenas uma central, com aproximadamente 14 metros. Naparte interna, foram feitos “consertos no forro de toda a nave e corredores,limpeza e pintura geral e nova instalação elétrica” (Livro Tombo I: 03/02/40).
Ainauguração da reforma se deu em 14 de abril de 1940, “Em homenagem à datagloriosa da Ressureição de Jesus Cristo” (Livro Tombo I: 14/04/40).
Naoportunidade, foram concedidas as bençãos e entronização do salão superior daefigie da Sasgrada Família.
“Areferida parte nova é um complemento a nossa Igreja Matriz que se compõe de umpavimento térreo, onde funcionam sacristia, secretaria e sala de alfaias, e umandar superior de um só salão, destinado as reuniões das associações religiosase a sede da ação Católica”, escreveu o paroco.
Otrabalho orçou em 27.500$000, em moeda corrente da época.
Emseu interior existia um imponente altar no melhor estilo barroco, com diversasimagens. Coube ao Monsenhor Palmeira a sua derrubada, seguindo orientação doConcílio Vaticano II pois os padres não podiam mais celebrar de costas para osfiéis.
Delá para cá muitas a igreja sofreu diversas reformas, mas nada que alterasse assuas características, como fora a de 1940.
Procurou-sesempre preservar a sua arquitetura, acrescendo apenas em formosura. Mudou opiso, por exemplo, que passou a ser de granito, mas manteve-se intocável aestrutura principal.

Rau Ferreira

Fonte:
-        JOFFILY, Irineu. Notas sobre a Parahyba, EditoraTypographia do "Jornal do Commercio": 1892, p. 208/209;
-        A PARAHYBA, Livro. Volume 2. Imprensa Official. JoãoPessoa/PB: 1909;
-        MEDEIROS, Coriolano de. Diccionario chorographico do Estado da Parahyba. Imprensa Official.João Pessoa/PB: 1914: p. 35.
-        A UNIÃO, Jornal. Órgão do Estado da Paraíba. Edição de domingo,28 de junho. João Pessoa/PB: 1931;
-        A UNIÃO, Jornal. Órgão do Estado da Paraíba. Edição dedomingo, 13 de setembro. João Pessoa/PB: 1931;
-        Site da Paróquia, disponível em http://www.paroquianossasenhoradobomconselho.org;
-        PARÓQUIA, Livro Tombo I da. Paróquia do Bom Conselho.Esperança/PB, pág. 03/02 à 14/04/1940;
-        CENTENARIO, Revista. Ed. Jacinto Barbosa. Editado emmaio. Esperança/PB: 2008;
-        ESPERANÇA, Livro do Município de. Unigraf.Esperança/PB: 1985, p. 70/71;
-        82 ANOS, Revista Esperança. Ed. Jacinto Barbosa. Editadoem novembro. Esperança/PB: 2007.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

Genealogia da família DUARTE, por Graça Meira

  Os nomes dos meus tios avôs maternos, irmãos do meu avô, Manuel Vital Duarte, pai de minha mãe, Maria Duarte Meira. Minha irmã, Magna Celi, morava com os nossos avós maternos em Campina Grande, Manuel Vital Duarte e Porfiria Jesuíno de Lima. O nosso avô, Manuel Vital Duarte dizia pra Magna Celi que tinha 12 irmãos e que desses, apenas três foram mulheres, sendo que duas morreram ainda jovens. Eu e minha irmã, Magna discorríamos sempre sobre os nomes dos nossos tios avôs, que vou colocar aqui como sendo a expressão da verdade, alguns dos quais cheguei eu a conhecer, e outras pessoas de Esperança também. Manuel Vital e Porfiria Jesuíno de Lima moravam em Campina Grande. Eu os conheci demais. Dei muito cafuné na careca do meu avô, e choramos sua morte em 05 de novembro de 1961, aos 72 anos. Vovó Porfiria faleceu em 24 de novembro de 1979, com 93 anos. Era 3 anos mais velha que o meu avô. Nomes dos doze irmãos do meu avô materno, Manuel Vital Duarte, meus tios avôs, e algumas r

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at

Cronologia da Produção Jornalística de Esperança-PB

  Pequena lista dos jornais de Esperança: 1. O Farol, de José Maria Passos Pimentel (s/d) 2. A Seta (1928), do jornalista Tancredo de Carvalho 3. O Correio de Esperança (1932), com direção de Odilon Feijó, redatores: Luiz Gil de Figueiredo e Severino Torres 4. O Tempo (1932) de José de Andrade, com gerência de Teófilo Almeida 5. O Gillete, de Sebastião Lima e Paulo Coelho (1937) 6. O Boato, de Eleazar Patrício e João de Andrade Melo (1940) 7. Vanguarda Esperancense (1960) dirigido por João de Deus Melo 8. O Mensário (1970), da prefeitura local 9. Jornal Estudantil (1984), de Evaldo Brasil, João de Araújo e outros 10. Novo Tempo (1985), jornalista responsável Evaldo Brasil 11. Tribuna Independente, depois renomeado Tribuna de Esperança (1986) de Otílio Rocha 12. A folha (1988) de Armando Abílio, jornalista responsável Otílio Rocha 13. Jornal da AALE (2013) 14. Jornal Local (2014) 15. Jornais de festa: O Clarão dos alunos do (Instituto Elízio Sobreira, do pr