A imprensa oficial da Paraíba publicou em 1926 um livro dedicado a memória de Solon de Lucena, falecido naquele ano. Muitos foram os conterrâneos que escreveram suas notas ao ausente político e ex-governante deste Estado. Silvino Olavo naquela ocasião dedicou-lhe quatro emocionadas páginas.
Sob o título “Um homem expressivo”, considerou que aquele cidadão “foi mais do que um simples transeunte da vida”. Chegando a comentar que “A Paraíba recebeu com a vertigem de um Ícaro, cahindo de bruços na realidade, dir-se-ia que houve no mundo um pouco menos de de bruços na realidade, dir- se-ia que houve no mundo um pouco menos de bondade”.
Acentuou o poeta que a carreira do dr. Solon de Lucena foi curta, como também o foi a sua existência: “A sua vida quotidiana não teve contorsões equivocadas nem scenas de apotheoses. Foi uma harmonia continuada, sem monotonias cançativas nem exaltação das notas mais agudas”, escreveu.
Porém, enumerou uma a uma as suas qualidades, “que logo á primeira vista a todos inspirava”, um homem de expressão e caráter.
Rau Ferreira
Fonte:
- In memoriam [Dr. Solon de Lucena]. Imprensa Official: 1926, p. 65/69.
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