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Esperança, de outrora (Pedro Dias)

Retratando um texto de Violeta Pessoa (Esperança), escreve Pedro Dias:

Imagino que o Pichaco em referência era o pai dos pichacos que conheci: Honório, Adauto (doido), Zé Luís da sorda e Pedro Pichaco (o mandrião).

Quanto ao Chico Pintor, era um baixinho de excelente qualidade em pintura e que também era um baita de um Artesão, como mostra alguns dos seus trabalhos.

A Elvira em referência era "Elvira Doida" uma pedinte que vivia rua acima, rua abaixo. De Celestino, não lembro.

O Messias citado (por Violeta), era o "Garrancho" do qual já falei dele noutro texto.

Sobre os cartazes dos filmes a passar, também lembro.

O sr. ZUCA era o ZUCA Ferreira, pai de Zé de Zuca que tinha uma concertina (um fole) que era chamado para tocar nos bailes dos sítios e na cidade... Borboleta não é ave, borboleta ave é, borboleta só é ave na cabeça da mulher.

Na época, o Sr. Benício já marcava as quadrilhas. Seu titico com o seu violino era uma atração em festas e no coral da igreja.

Também fico a lembrar que não se admitia mulher vestir roupa de homem. Lá na minha família, pelo menos, numa vi uma das sete minhas irmãs vestirem calças compridas, o meu pai não admitia tal gesto. Assim, era aquela época!

Joaquim Virgolino tinha um sítio nas proximidades de Timbaúba, onde frequentei muitas vezes pra tomar banho no Açude, onde peguei muitas frutas. O meu pai era compadre e correligionário dele, por isto o meu acesso livremente.

Da “sexta-feira Santa” para o “sábado de Aleluia”, botavam um “Judas” espetado numa grande vara de pau para ser malhado na Chã da Bala, mais ou menos frente ao cine São José.

Bons tempos aqueles.”

 Pedro Dias do Nascimento

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