Pular para o conteúdo principal

Helle Henriques Bessa


Helle Henriques Bessa nasceu no Município de Esperança (PB) aos 14 de junho de 1926. Era filha do Desembargador José Ribeiro Bessa e da professora da Escola Doméstica dona Rosa Henriques Bessa.

Formou-se professora no Colégio Santa Rita em Areia (PB), juntamente com a sua irmã Hebe Henriques, que mais tarde se casaria com Erasmo Cavalcanti.

Naquela escola descobriu a sua vocação religiosa, abraçando a fé através da Congregação Franciscana em 05 de junho de 1949, adotando o nome de “Irmã Margarida”.

Com aptidão para as artes plásticas fez vários cursos de pintura, desenho e xilogravura. Participou de exposições nacionais e internacionais (Alemanha, México, Canadá e Itália) e recebeu diversos prêmios por seus trabalhos, destacando-se o Prêmio Funarte de Gravura em Campina Grande (1977).

Os seus quadros eram frequentemente expostos nos círculos acadêmicos. Participou no ano de 1978, do I Salão de Arte Contemporânea de Cajazeiras, realizado pelo Grêmio Cajazeirense de 12 a 30 de agosto daquele ano. Na Sala Especial apresentou três de suas composições.

O Núcleo de Arte Contemporânea da UFPB reuniu alguns de seus trabalhos em uma exposição promovida pelo Centro de Defesa dos Direitos Humanos e a Associação dos Artistas Plásticos Profissionais da Paraíba, no salão de artes nos dias 03 e 04 de setembro de 1981.

Alguns de seus quadros também foram expostos na Mostra de Artes Visuais da UFPB, entre os dias 04 e 17 de março de 2020, na Galeria Lavandeira do Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), em João Pessoa (PB), numa exposição coletiva: “Entre cânones e desvios: mulheres na Pinacoteca da UFPB”.

Atuou como bibliotecária no antigo Instituto João XXIII em João Pessoa (PB). Gostava de flores e cultivava orquídeas naquele Instituto. Faleceu no dia 28 de junho de 2013.

 

Rau Ferreira

 

Referências:

- A UNIÃO, Jornal. Órgão oficial do Governo do Estado da Paraíba. Edição de 03 de setembro. João Pessoa/PB: 1981.

- CAJAZEIRAS DE AMOR, Blog. https://www.cajazeirasdeamor.com/2012/01/eis-nossa-exposicao.html?m=1, acesso em 27/11/2024.

 - CHAVES, Dyógenes. Dicionário de Artes Visuais na Paraíba. João Pessoa: Fundo Municipal de Cultura de João Pessoa. Edições Linha d’Água. João Pessoa: 2010.

- UFPB, Notícias. https://www.conexaoboasnoticias.com.br/exposicao-na-ufpb-destaca-obras-de-nordestinas-nas-artes-visuais/, acesso em 27/11/2024.

- UFPB, Site. http://www.ccta.ufpb.br/pinacoteca/contents/material/colecao-pinacoteca-ufpb/hele-bessa, acesso em 27/11/2024.

Comentários

  1. Mais um belo resgate para os anais biobibliográficos de Esperança! Parabéns!

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

Afrescos da Igreja Matriz

J. Santos (http://joseraimundosantos.blogspot.com.br/) A Igreja Matriz de Esperança passou por diversas reformas. Há muito a aparência da antiga capela se apagou no tempo, restando apenas na memória de alguns poucos, e em fotos antigas do município, o templo de duas torres. Não raro encontramos textos que se referiam a essa construção como sendo “a melhor da freguesia” (Notas: Irineo Joffily, 1892), constituindo “um moderno e vasto templo” (A Parahyba, 1909), e considerada uma “bem construída igreja de N. S. do Bom Conselho” (Diccionario Chorográfico: Coriolano de Medeiros, 1950). Através do amigo Emmanuel Souza, do blog Retalhos Históricos de Campina Grande, ficamos sabendo que o pároco à época encomendara ao artista J. Santos, radicado em Campina, a pintura de alguns afrescos. Sobre essa gravura já havia me falado seu Pedro Sacristão, dizendo que, quando de uma das reformas da igreja, executada por Padre Alexandre Moreira, após remover o forro, e remover os resíduos, desco...

Ruas tradicionais de Esperança-PB

Silvino Olavo escreveu que Esperança tinha um “ beiral de casas brancas e baixinhas ” (Retorno: Cysne, 1924). Naquela época, a cidade se resumia a poucas ruas em torno do “ largo da matriz ”. Algumas delas, por tradição, ainda conservam seus nomes populares que o tempo não consegue apagar , saiba quais. A sabedoria popular batizou algumas ruas da nossa cidade e muitos dos nomes tem uma razão de ser. A título de curiosidade citemos: Rua do Sertão : rua Dr. Solon de Lucena, era o caminho para o Sertão. Rua Nova: rua Presidente João Pessoa, porque era mais nova que a Solon de Lucena. Rua do Boi: rua Senador Epitácio Pessoa, por ela passavam as boiadas para o brejo. Rua de Areia: rua Antenor Navarro, era caminho para a cidade de Areia. Rua Chã da Bala : Avenida Manuel Rodrigues de Oliveira, ali se registrou um grande tiroteio. Rua de Baixo : rua Silvino Olavo da Costa, por ter casas baixas, onde a residência de nº 60 ainda resiste ao tempo. Rua da Lagoa : rua Joaquim Santigao, devido ao...

A origem...

DE BANABUYU À ESPERANÇA Esperança foi habitada em eras primitivas pelos Índios Cariris, nas proximidades do Tanque do Araçá. Sua colonização teve início com a chegada do português Marinheiro Barbosa, que se instalou em torno daquele reservatório. Posteriormente fixaram residência os irmãos portugueses Antônio, Laureano e Francisco Diniz, os quais construíram três casas no local onde hoje se verifica a Avenida Manoel Rodrigues de Oliveira. Não se sabe ao certo a origem da sua denominação. Mas Esperança outrora fora chamada de Banabuié1, Boa Esperança (1872) e Esperança (1908), e pertenceu ao município de Alagoa Nova. Segundo L. F. R. Clerot, citado por João de Deus Maurício, em seu livro intitulado “A Vida Dramática de Silvino Olavo”, banauié é um “nome de origem indígena, PANA-BEBUI – borboletas fervilhando, dados aos lugares arenosos, e as borboletas ali acodem, para beber água”. Narra a história que o nome Banabuié, “pasta verde”, numa melhor tradução do tupi-guarani, ...