Ne era digital não se concebe mais a “aba”
ou “orelha do livro”. Este pequeno item, digo-lhe de antemão, não serve para “marcar
a página” (o marcador tem essa função).
Para o público leitor a orelha tem
propriedades editorial e/ou comercial, pois se constitui num convite prévio do
livro. Já para a casa publicadora, nos cadernos brochuras, tem importância
capital, pois evitam as dobras e amassaduras que são comuns durante a sua leitura,
preservando-lhe a integridade física.
As orelhas podem ser internas e externas;
assinadas e não assinadas. Duas, na verdade, de Capa e Contracapa. As assinadas
possuem autores convidados. As anônimas ficam a cargo do próprio corpo
editorial.
O escritor da aba deve encantar o
leitor, de maneira que este se sinta encorajado a sua leitura, construindo uma
resenha de seu conteúdo, numa linguagem leve com algumas citações da obra.
A segunda, em geral, contém a biografia
- em breve resumo – em que se traça um perfil do autor. Mas há quem divida o
conteúdo [resenha] nas duas orelhas sendo um só o escritor.
As orelhas tem limitação de texto. A
Editora Universitária Tiradentes – por exemplo - trabalha com os seguintes padrões:
1.300 caracteres nas primeira orelha sem espaço; segunda orelha com trajetória
acadêmica dos autores/organizadores e fotos com 300 DPI de resolução em JPG ou
TIF e parágrafo de cinco a 10 linhas sobre a obra.
Se você pretende publicar um livro com
orelhas, convide pessoas que tenham sensibilidade para escrever, e que
previamente tenham contato com o livro em si. Eu gostaria muito de ser um
orelhudo!
Rau Ferreira
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