A feira livre é um ambiente onde se tem
de tudo e muito propício às histórias vividas e inventadas pelos feirantes. Hoje,
uma delas, me chamou a atenção; este conto bem que poderia ser uma daquelas de
Pedro Pichaco, mas não vamos atribuir o que não lhe pertence.
Pois bem. Ouvi dizer que uma certa senhora
encomendou uma cruz, de tão pobre que era dispensou a inscrição. O encarregado
andou pelas matas até encontrar um pedaço que desse para fazer o cruzeiro para
o finado, traçando dois pedaços, seguro por um pedaço de couro, foi entregar a viúva
desconsolada.
No caminho foi “ataiado” por uma
matilha de cachorros. Pega não pega, vai não vai... prá se livrar bateu com a
cruz sobre os animais. Não deu outra, a cruz empenou!
Quando ao seu destino, a mulher foi
logo percebendo o mal feito. Que é isso, disse a senhora. Ora, vosmercê
encomendou uma cruz sem inscrição e prá não desmerecer o finado moldei em foram
de “x”, porque o nome dele era Chico. Piadas a parte, a viúva botou pra correr
o malandro.
Rau Ferreira
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