Adorei saber mais sobre
a vida de Silvino Olavo, poeta cujos versos são de um lirismo tocante (tenho um
de seus livros).
Conheci-o pessoalmente
e, pelos anos 60, ele andava pelas ruas de Esperança sempre com um guarda-chuva
na mão, de terno preto e gravata. Tive de vê-lo várias vezes à tardinha,
batendo com o guarda-chuva na janela da minha casa, chamando por Maria Duarte,
minha mãe.
Eu, menina-moça,
brincando na calçada, corria pra dentro a chamar por mamãe. Ela vinha e eles
proseavam.
Depois ele ia embora
muito sério. Eu o achava solitário e triste e perguntava: "Mamãe, quem é esse homem?" e ela
respondia. "É um advogado, poeta, um homem inteligentíssimo de nossa
terra" e me falava o seu nome.
De outras vezes, quando
ele passava de novo e batia com o guarda-chuva na janela, eu entrava e gritava:
"Mamãe, é o Dr. Silvino Olavo".
Tempos depois, já
casada e c filhos, morando no Recife, eu estive em Esperança e soube do seu
falecimento. Apressei-me em adquirir o seu livro "Cisnes-Sombra Iluminada"
com o filho de Dona Helena Cardoso e fiquei apaixonada por seus versos líricos.
Maria das Graças Duarte
Meira
(*) Comentário feito em 16/06/2016, no
posto “Quentinho do forno”, do dia 14, relativo ao jornalzinho “A Arcádia”.
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