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Mostrando postagens de dezembro, 2015

Lautriv Mitelob - Nova fase

O Lautriv Mitelob - Magazine Cultural de Esperança - adotou uma nova linha editorial. Estamos no ar desde o dia 15/12, até o fechamento em 15/01. A ideia é ir atualizando as páginas com inserção das matérias que sempre fizeram deste boletim um grande sucesso: arte, cultura e história de nossa gente, na opinião precisa de Evaldo Brasil ​ . Ao final deste período, a edição estará completa e um novo ciclo se inicia. Contamos com a participação dos nossos parceiros, a exemplo de P.S. de Dória, Joao Batista Bastos Bastos ​ , Ana Débora Mascarenhas, Arthur Richardson e tantos outros quantos queira. Com uma leitura agradável e temas recorrentes, ilustrações e uma linguagem direta, o Boletim Virtual tem ganho novos leitores, conquistado o seu espaço e se firmado entre as publicações congêneres. Quer fazer parte deste time de vencedores? É fácil, mande seu texto ou arte para kaquim@gmail.com e aguarde o nosso retorno. Caso o seu trabalho esteja em sintonias com os objetivos desta rev

O ano que o papai Noel não veio

Todos os anos o “bom” velhinho vem para me trazer algo que nem preciso tanto. É uma caixinha com nada dentro ou uma futilidade qualquer. Acho engraçado receber e não sei nem qual a razão. Melhor que o “amigo” oculto, que de oculto nada tem, pois no final todos ficam sabendo (alguns até antes). Nos confraternizamos, trocamos sorrisos, esquecemos as diferenças e é isso o que realmente importa. Apesar de não estarmos no mesmo barco, e ainda qu’eu seja um pequeno aprendiz, tenha na conta a minha origem. Sei de onde vim e permaneço muito ligado fazendo brotar das pedras um lírio qualquer. Assim a jornada se torna menos pesada e o conselho vale a pena: Não digas nunca mal do teu destino... Mas voltemos ao decrépito Noel. Esse velho sempre faz das suas, e nesse clima que rodeia dezembro, consegue nos verter alguma lágrima à medida que saldamos dívidas com os nossos pares. Pois bem. Já desde o ano passado o ancião dava sinais que não estava bem da cuca. Não atendeu os meus pedidos, nem

Sensorial, por Ana Débora Mascarenhas

Eu menina, costumava passear pela chamada rua da lagoa, lá tinha Dona Rita, mãe de Da guia, ela costumava se sentar no gramado em frente a sua casa pra contar histórias, a meninada adorava, havia ali perto também um cortume, era um odor forte que aqueles couros exalavam, mas logo ali perto tinha a casa de Fogo Eterno, uma senhora que tinha esse nome por ser ruiva, ela costumava passear com os cães de Gigi nas tardes ensolaradas. Na casa dele por sinal, tinha  uma palmeira que tem um cheiro forte lembrando sempre que o verão está próximo e o natal também, perto de cá tem uma, gosto de passar por lá. Esses espaços já não existem mais, não tem a grama de frente a casa da Rita, ela mesmo já não está mais lá fumando seu cachimbo, nem tem os cães e Fogo Eterno, mas ficaram para sempre na minha lembrança. E nas voltas que o mundo dá, foi passeando ontem com o Zeus, que descobrimos ser quase cego que vimos uma senhora ruiva como aquela da terrinha, caminhava com quatro cães de pequeno porte

Misantropia tresloucada

Cheguei a acreditar que a vida era um carrossel onde se alternavam momentos de altos e baixos. Ledo engano. A vida é um clow em cena, uma hora rindo da nossa contingência e outras tantas dando piruetadas para nos ensinar que nada é para sempre e tudo gira nesse tablado de volta para o começo. Esses dias tem sido assim... de uma misantropia tresloucada, com inversão de valores e aparências amenas a nos agradar. Porém, me vingo do meu próprio siso ao mesmo paradoxo, seja na tribuna ou fora dela. Certa vez foi o Riachão - gemi de dores ao saber - agora a história se repete e o ciclo vital autofágico (meu caro Evaldo Brasil) deve esperar mais uns nós da venta (meia bas, né). Grupos em debates discutem as nossas decisões, mas não seria melhor recorrer? "O apelo das massas talvez fale mais alto, Rau Ferreira". Pois bem. As coisas são mesmo assim, e não há nada que se possa fazer. Quanto aos amigos, restam-me bem poucos, nessa sanha de cães e de aventureiros que não se co

Cristóvão Gabínio

Cristóvão Gabínio Cristóvão Gabínio nasceu em Esperança em 1932. Era filho de José (Zuza) Valdez do Nascimento. Mudou-se para Niterói, no Rio de Janeiro, em 1951. Ingressou no mercado de trabalho como auxiliar de escritório em uma imobiliária, porém a sua vocação jornalística falou mais alto. Trabalhou no Diário de Notícias, editou o informativo da CDL – Câmara de Diretores Lojistas e atuou no jornal O Fluminense. Segundo sua irmã Aparecida Varela, o jornalismo “ Era o sonho da vida dele ”. Era casado com Moema Cortes do Nascimento, com quem teve o filho Rafael Cortes do Nascimento. Faleceu no dia 14 de junho de 1996, aos 64 anos de idade, vítima de Câncer no Hospital Santa Cruz. O féretro foi sepultado no Cemitério da Confraria de Nossa Senhora da Conceição, no Barreto. A cerimônia foi acompanhada por parentes e amigos, além do vice-presidente do Sindicato dos Jornalistas do Estado do Rio de Janeiro (Abel Rodrigues) e dos jornalistas Sílvio Paixão, Olegário Júnior, Gilson

Esperança: Primeiros atos administrativos

Manoel Rodrigues de Oliveira, o cidadão esperancense que foi escolhido para seu o primeiro prefeito de Esperança, um mês depois da emancipação do município. Era o começo do Sec. XX. Estávamos vivendo a primeira República. Na Vila de Esperança, o homem mais importante do novo município assumia os destinos do novo município. Assumiu o compromisso de dar os primeiros passos administrativos da cidade. Foi justamente no último dia do mês de dezembro de 1925, trinta dias após a emancipação. O fato ocorreu no edifício do paço municipal. A história não registrou onde se situava o edifico do passo municipal, pois, o novo município não tinha ainda o prédio da prefeitura. O compromisso se deu perante a autoridade judiciária do Termo da Comarca de Areia, PB, o Dr. João Marinho da Silva. Na mesma ocasião, assumiu também o compromisso de subprefeito, perante a mesma autoridade, o cidadão Teotonio Tertuliano da Costa, também homem de prestígio no meio social do município. Como primeiro ato adminis

Inauguração do Vovozão, por Armando Abílio

Inauguração do Vovozão Esperança enfrentava um desafio: Não tinha um Ginásio de Esportes. O prefeito da ocasião era Luis Martins de Oliveira. Consegui convencer o então governo estadual (Ronaldo e Cícero) a construir esse equipamento de entretenimento nas dependências do Colégio Estadual, em convênio com a prefeitura municipal. Os pagamentos das parcelas foram feitos, rigorosamente, em dia, conforme depoimento dado por Luis Martins. O ato inaugural foi presidido pelo então governado, Cícero Lucena, uma vez que, Ronaldo tinha renunciado o mandato para ser candidato a Senador. Na fala do governador ele fez questão de fazer dois registros: 1º) Entregava a Esperança, o seu primeiro ginásio de esportes; 2º) Comunicava à região, o início da construção da Estrada da Batatinha, atendendo o pedido do Dep.Armando Abílio. Armando Abílio Fonte: Perfil do Facebook “Armando Abílio II”. 

Tarcísio Torres

Tarcísio Torres A história viva local está de luto pela passagem de Tarcísio Torres. Era filho de Severino de Alcântara Torres, agente fiscal, e Dona Corina Coelho, esta por sua vez, irmã do ex-prefeito Antônio Coêlho Sobrinho (1969-1973). Eram seus irmãos Antônio, Zeca, Alba e Salomé, os três últimos "in memorian". Tarcísio era uma dessas pessoas de coração puro e de espírito superior. Desapegado das coisas materiais, viveu para praticar o bem e ajudar ao próximo. A sua alegria contagiante é inesquecível, além de possuir uma memória invejável. Como servidor do bom Deus, nunca negara um favor a quem quer que fosse. Antes das complicações que lhe fizeram amputar ambas as pernas, ainda no auge de seus 83 anos, Tarcísio era sempre visto na Praça do Calçadão, ora revivendo suas memórias ou falando com os conhecidos. Desde ontem (09/12) às 17:30 horas a sua alma descansa em paz na morada eterna, em regozijo com todos os seus familiares já falecidos. Rau Ferreira

O livro mais antigo

O livro mais antigo da Cidade provém do Registro Civil, serviço hoje administrado pelo Oficial Ônio Emmanuel Lyra. Trata-se do tombo de nascimentos desta povoação, cujo termo de abertura ocorreu em 20 de junho de 1896. A República apenas havia sido instalada (1889) e dois anos após a justiça parahybana ainda engatinhava. A Comarca mais próxima da nossa “Banabuyé” era a da cidade de Areia, para onde eram encaminhadas todas as querelas judiciais. O desenvolvimento da então vila motivou a criação do 2º Juizado de Paz em 1896, do qual Thomaz Rodrigues de Oliveira foi o primeiro juiz. Assim é que, aos dois dias do mês de julho de 1896, era assentado o nascimento de “Pedro”, filho de Joaquim e Francisca Maria, nascido às seis da tarde do dia 28 de junho daquele ano. Seus avós paternos eram Manuel e Ana, enquanto que os maternos eram Eleutério e Josefina. O seu genitor era empregado público. Foram padrinhos Firmino Porfírio Delgado (comerciante) e sua mulher Marcionila Delgado Lima. O

Arquiteturas: O prédio da Rádio, por João Delfino

Evaldo Brasil tem publicado no seu blog “Reeditada” recortes das ruas e das edificações municipais, muitas vezes mostrando o antes e o depois de cada construção. Nesta imagem que ora se apresenta, na rua Monsenhor Palmeira, funcionou uma clínica e atualmente abriga os estúdios das Rádios BanFM e Cidade Esperança. Na oportunidade, trazemos os comentários do Professor Delfino que ali trabalhou por muitos anos: “Ele [o prédio] foi construído e chegou a funcionar como uma clinica com várias especialidades. Sempre pertenceu ao Dr. Armando, Não sei se era em sociedade como era o antigo Hospital Geral. Quando Armando enveredou na política e com a construção do HG, a clinica foi perdendo a sua função e se tornou multi funcional. O meu primeiro consultório deontológico funcionou neste prédio, havendo uma divisão com parede separando a Rádio do Consultório. Ainda segundo o pintor Lanco, na década de 90, essa construção serviu de dormitório para o famoso grupo "Renato e seus Blue Caps&q

Bem antes da emancipação

Bem antes da nossa emancipação política, os futuros dirigentes de nosso Município já exerciam cargos em Alagoa Nova. Assim é que encontramos Theotônio Tertuliano da Costa, nosso segundo prefeito, exercendo a suplência de Juiz Municipal em 1911. Naquele mesmo ano, eram juízes de paz do 2º Distrito de Esperança: Thomaz Rodrigues de Oliveira, Eneas Valdevino da Trindade, José Irineu Diniz (Zezé Cambeba) e Joaquim Cavalcanti. Para a subdelegacia havia sido indicado Sulpino Agripino de Souza. Já a instrução primária contava com os professores José Pereira Brandão e Maria Ávila Lins de Vasconcelos. A Paróquia estava a cargo do Padre Francisco d’Almeida, sendo sacristão Lindolpho d’Araújo Sobreira. Nessa comunidade, funcionava a Irmandade de N. S. do Bom Conselho. No comércio havia nomes como José de Christo Pereira da Costa, Manoel Pereira da Costa e Porfírio Pereira de Araújo (tecidos); José de Araújo Souto, Francisco Jesuíno de Lima e Cassemiro Jesuíno de Lima (molhados). Regist

Antes da emancipação

Politicamente, Esperança era distrito de Alagoa Nova. Em relação à justiça, pertencia ao 2º Juizado de Paz criado em 1896, sendo assim constituída: Juiz de Paz Escrivão Subdelegado Thomaz Rodrigues de Oliveira José Pereira Brandão Manoel Martins de Oliveira Alagoa Nova era administrada por Theotônio Tertuliano da Costa, que foi o nosso segundo prefeito. Era vice José de Crhisto Pereira da Costa, comerciante que foi genitor do Cônego Emiliano de Christo, vigário durante muitos anos em Guarabira. Manoel Rodrigues de Oliveira fazia parte do Conselho Municipal (antiga Câmara de Vereadores), do qual ainda participava na condição de suplente João Clementino de Farias Leite, que após a emancipação assumiu o registro civil. José Pereira Brandão, o “Santos Cacheiro”, também exercia a função de agente fiscal da Mesa de Rendas (Coletoria), atuando ainda como professor da Instrução Primária além de ser comerciante de molhados ne

Esperança na história: Silvino Olavo

No último dia 06/11 discorremos sobre Silvino Olavo em nosso quadro “Esperança na história”, veiculado pela BanFm. Foi a nossa derradeira participação naquela emissora, visto outras obrigações que nos impede de continuar este trabalho de divulgação da história local. Eis o resumo daquele dia: Poeta, jornalista e escritor Silvino Olavo era uma inteligência multiforme. Dominava o português, inglês e latim. Diplomado em 1924, foi orador oficial da turma, publicando no Rio os livros “Cysnes” e “Estética do Direito”. Retornando à Paraíba em 1925, inicia um levante, em prol da emancipação municipal, onde proclama o seu famoso discurso: “Esperança – Lírio Verde da Borborema”. Em 1927 edita o segundo livro poético “Sombra Iluminada” e passa no concurso para Fiscal de Consumo na Cidade de Vitória-ES. Colaborou na campanha de João Pessoa que, eleito em 1928 lhe chama para trabalhar assumindo a Chefia de Gabinete. Em 1929 foi o anfitrião de Mário de Andrade, em sua visita à Paraíba. Além das

Esperança 90 Anos!

Esperança tem origem na Fazenda Banabuyé, surgida em 1860. Devemos ainda mencionar, como elementos plasmadores do nosso Município, a capela erigida em homenagem à Virgem do Bom Conselho, concluída dois anos depois, e a feira que surgiu no seu entorno. A pequena povoação se desenvolveu com a chegada de alguns comerciantes, advindos de Alagoa Nova. E foi ganhando impulso, ao ponto de ser instalada, em 1885, uma dos Correios e Telégrafos. A paróquia foi criada em 20 de maio de 1908, por Dom Adauto, que nomeou o Padre Francisco Gonçalves de Almeida, para administrar-lhes os trabalhos. Da crescente urbanização, veio a necessidade de sua elevação a categoria de município. Com efeito, as rendas da vila de Esperança eram maiores do que a de Alagoa Nova, a sua feira bem mais concorrida e o comércio bem organizado, fazendo com que essas paragens se transformassem em verdadeiro entreposto de mercadorias. Todavia, Esperança permanecia esquecida pelos administradores alagoanovenses, que deix