Pular para o conteúdo principal

Barbeiros Esperancenses (Parte II)

Em nosso quadro “Esperança na história”, hoje (23/10/2015) falamos um pouco sobre os barbeiros, essa profissão que está em extinção em nosso Município. Na oportunidade, recebemos a ligação da ativista cultural Vitória Régia para nos lembrar que Rangel foi o primeiro barbeiro de nossa cidade, cujo salão era na rua da Lagoa.
Em seus comentários, Luciano André disse que os barbeiros antigos gostavam de ouvir cantorias, lembrando que na atualidade Sérgio que trabalha no Trade Center, ainda pratica essa arte tão antiga.
Alguns ouvintes lembraram o irmão Zezinho que trabalha em Adinael e também atende à domicílio, Ulisses Barbeiro (tio de João Paulo Passarinho), esse ainda vivo, no auge de seus 90 anos de idade. Dona Lindalva lembrou seu Neco Barbeiro e o pai de Mané Galego (Antônio). Foram mencionados ainda Severino Garcia, como sendo um dos mais antigos, e Terezinha da Travessa Irene Vieira Guimarães que também fazia barba.
Dona Terezinha, mãe de Djalma da São José, ligou para dizer que seu pai, Zé Barbeiro, foi homenageado no programa Tribuna do Povo em 21 de fevereiro deste ano, esclarecendo que ele trabalhou como barbeiro em Alagoa Nova e Campina.
Zulmira Vicente da rua João Mendes entrou em contato para dizer que  Zé Barbeiro trabalhou na rua do Açude e no beco da Loja de Manuelzinho Freire. Essa senhora nos contou que, certa feita, um freguês pediu para fazer o corte no modelo de Esperança, mas quando o barbeiro começou a abrir as avenidas, este ficou muito desgostoso, pois só via os “caminhos de rato”, que é como se chama um corte atrapalhado.
Uma sobrinha de Rangel nos informou por telefone que quando era criança pedia dinheiro ao tio para comprar picolé, enquanto este disfarçava perguntando: “O que é isso, picolé?”. Rangel passava a vida toda e não dava a tão sonhada moedinha. Disse que quando este faleceu os parentes encontraram muito dinheiro, mas esse já não tinha valor algum.
Ao final, fizemos a chamada para o próximo programa, na pretensão de falar sobre os ilustres desconhecidos de Esperança, a exemplo de Luiz de Lulu, e Bola Sete, que é avô do nosso companheiro de bancada Pepeu (Pedro Henriques). Foi quando chegou Bil das Portas dando conta de Tota de Olímpia, que era cabeceiro. Lembrou que Tota costumava colocar uns “emplastos” nas costas, sem nem ao menos sofrer qualquer lesão, e que o finado Basto do Bar teria comentado que “os ferimentos de Tota tem data marcada prá acontecer”.
Pois bem. Foi um programa agradável com bastante participação popular.


Rau Ferreira

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr...

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Ruas tradicionais de Esperança-PB

Silvino Olavo escreveu que Esperança tinha um “ beiral de casas brancas e baixinhas ” (Retorno: Cysne, 1924). Naquela época, a cidade se resumia a poucas ruas em torno do “ largo da matriz ”. Algumas delas, por tradição, ainda conservam seus nomes populares que o tempo não consegue apagar , saiba quais. A sabedoria popular batizou algumas ruas da nossa cidade e muitos dos nomes tem uma razão de ser. A título de curiosidade citemos: Rua do Sertão : rua Dr. Solon de Lucena, era o caminho para o Sertão. Rua Nova: rua Presidente João Pessoa, porque era mais nova que a Solon de Lucena. Rua do Boi: rua Senador Epitácio Pessoa, por ela passavam as boiadas para o brejo. Rua de Areia: rua Antenor Navarro, era caminho para a cidade de Areia. Rua Chã da Bala : Avenida Manuel Rodrigues de Oliveira, ali se registrou um grande tiroteio. Rua de Baixo : rua Silvino Olavo da Costa, por ter casas baixas, onde a residência de nº 60 ainda resiste ao tempo. Rua da Lagoa : rua Joaquim Santigao, devido ao...

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at...