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Evaldo Brasil |
Evaldo
Brasil nasceu no dia 12 de abril (apesar do registro constar 13) de 1968! Eis
que este despontou ainda no ventre um revolucionário! Mas o engano só foi
descoberto na sua adolescência e ai ele já era “galo-13-anista e simpatizante
petista”.
Seu
primeiro contato com as artes foi comum a todos: a TV. Asistida na Praça da
Televisão ou em casa dos vizinhos, como só as crianças daquele tempo. A música
a que se ouvia em casa; a dança nos “assustados” do CAOBE e o desenho dos “Gibis”,
que aprendeu a ler sozinho. “Foi a que me levou ao grafite, à caneta, à
ponta-porosa, ao pincel e às aulas no Departamento de Artes da então UFPB,
Campina Grande”, escreveu. O teatro veio do movimento Mobraltec, e a poesia, da
militância política e do ativismo cultural.
O
interesse por Esperança e o seu vasto acervo, se cruzam com a história de
Cisnes/Sombra Iluminada, reeditado por Roberto Cardoso na década de 80 e o
descaso dos governantes em conservar a nossa memória.
O
primeiro contato com o jornalismo teve em no “Novo Tempo”, que o levou
igualmente aos bancos da faculdade. Um jornal vanguardista que circulou nos
anos 80 a partir das idéias inovadoras de um grupo de amigos.
Coleciona
moedas desde os 10 anos de idade, mas também guarda embalagens de cigarro, de
miudezas diversas em caixas e sacolas. Seu principal hobbie, atualmente, é
trabalhar vídeos, editando imagens e sons.
É
político. E politicamente correto! “Porque tudo é política”, diz.
Interpelado
sobre sua veia cômica, ri, embora virtualmente. Percebo as galhofas. E
sorrateiramente explica: “Acho que ainda não havia rido nem provocado riso
nesse diálogo atemporal, talvez alguma chacota de insensíveis. A veia cômica é
coisa de sobrevivente. Não fui eu quem disse mas repito que, diante da miséria,
rir e provocar riso é uma forma de resistência. Não sou de contar piadas, mas
de ajustá-las a mim e aos que me rodeiam. Nem que seja para que riam de mim ou
comigo”. E disse-o bem.
Poeta,
escritor, jornalista, ator, humorista, redator, professor... quais os outros
dons de Evaldo Brasil e por que ele é tão "inquieto"? Pois bem, não
se considera escritor pois nada tem publicado em livros, salvo alguns poemas
ingênuos em coletâneas e jornais.
O
humorista, dize-o, é por minha conta. Põe na conta, caríssimo, que eu aceito!
Se não te ressentes, és a figura mais séria e hilariante (no bom sentido) que
conheço bem.
Acrescente-se
ao dom musical as suas composições... E ao fim de tudo, deseja “sossego" à
moda de Tim Maia. E como todos: “Ganhar menos, trabalhar menos e ensinar de
graça... a quem queira, de fato. Talvez filho, se a natureza divina se
encarregar”. E não é sempre assim? Essa
pergunto
agora.
E
já fez de tudo um pouco, o que um bom idealista provera: plantar uma árvore
etc. Resta-lhe, tão somente: ser prefeito, diriam alguns, embora cante, à moda
Raul Seixas, "mamãe, não quero ser perfeito, pode ser que eu seja
eleito... e alguém pode querer me assassinar".
Rau Ferreira
Referência:
-
Entrevista virtual com Evaldo Brasil, em 31 de julho de 2009, 15:18 h (e-mail).
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