Este é mais um dos "causos" populares de Pedro Pichaco.
Dizem que o velho mandrião, a troco de alguns tostões, garantira
ao seu público, constituída de simples agricultores, jogar uma pedra de
paralelepípedo para o alto e em seguida segurar no dente, fazendo inclusive um
gesto labial trincando os incisivos.
A multidão apreensiva aguardava o feito. Depois de passar o chapéu
o malandro finalmente atirou a pedra que caiu longe e em seguida segurou com o
indicador e o polegar em seu dente, exclamando: - Não fiz?!
Após sucessivas risadas a aglomeração se dispersou, sem fazer
questão dos trocados que havia despendido por aquela apresentação.
Pedro sempre que vinha a Esperança contava as suas peripécias pelo
mundo. Muita gente parava no calçadão para ouvir o Pichaco narrar suas
aventuras. Sempre muito bem vestido, com seu terno branco e sapatos pelegrini,
era figura de destaque nas festas de fim de ano, quando comparecia com todo
garbo e requinte.
Rau Ferreira
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