Monsenhor José Coutinho - Padre Zé |
Monsenhor
José da Silva Coutinho – o Padre Zé – pode se tornar o primeiro paraibano a ser
consagrado santo.
Nascido em Esperança, aos 18
dias do mês de novembro de 1897, filho do casal Júlio da Silva Coutinho e de
Eusébia de Carvalho Coutinho; sobrinho do Arcebispo de Alagoas D. Santino Maia,
era também afilhado do Vigário Geral da Arquidiocese da Paraíba, Monsenhor
Odilon.
Benemérito da ação social em
nosso Estado, fundou o Instituto São José e um hospital que leva seu nome,
ambas as instituições de ajuda aos mais necessitados. Também era músico,
escritor e professor.
Devoto incondicional de
Nossa Senhora do Carmo, participou da fundação do Jornal “O Lábaro” e da
orquestra “Regina Pacis”, e criou uma espécie de cooperativa para ajudar os
seminaristas pobres junto ao Seminário da Parahyba.
Em carta dirigida ao
Monsenhor Palmeira, vigário de sua terra natal, relata a sua condição de
pobreza:
“Não fossem meus
males físicos e principalmente minha pobreza, eu iria à sua Festa. Mas, só
viajo na boléia de uma camionete, com minha cadeira de rodas em cima, com
quatro rapazes, que aqui no Instituto São José chamam de motoristas, para não
ficar aí no meio da rua, sem poder me locomover para parte alguma”
(Em 27/11/1972)”
Bastante caridoso, nunca se
descuidou de seu rebanho e fazia de um tudo para angariar fundos para as suas
obras assistenciais. Quem é que não se lembra de suas investidas pelas ruas da
capital parahybana, em sua cadeira de rodas, cutucando um e outro transeunte
por uma contribuição? Foi nesse afan de recolher doações que passou mal e foi
internado, vindo a falecer no dia 5 de novembro de 1973.
O procedimento de
beatificação é longo e tem muitas exigências. Para tanto, é necessário coletar
dados acerca de sua vivência e virtude, aliado ao relato de pessoas que
alcançaram alguma graça, trabalho que vem sendo realizado pela Arquidiocese da
Paraíba. Mas no quesito milagre o monsenhor ganha de goleada. Pelo menos três
são apontados como sendo obra do padre esperancense.
O certo é que antes de concedida a beatificação pelo
Sumo Pontífice da Igreja, o processo tem que ser enviado para o Tribunal
Eclesiástico de Olinda e Recife, para criteriosa análise de seu conteúdo e,
somente após, ser remetido a Roma.
Cidadão
benemérito de mais de 40 municípios, o Padre Zé está sepultado no Cemitério da
Boa Sentença em João Pessoa.
Rau
Ferreira
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