Em 1856 as terras que hoje compõe o município de Esperança pertenciam à Alagoa Nova. Não existia, por assim dizer, povoação. O local era apenas uma sesmaria que daria origem quatro anos depois à Fazenda Banabuyé Cariá, de onde surgiu uma pequena aglomeração de pessoas em torno de uma feira sendo esta a história da nossa colonização.
Estas paragens eram conhecidas desde 1757, quando o Capitão-mór da Parahyba Clemente de Amorim e Souza percorreu o lugar para descrever a topografia e as distâncias ao governador da capitania. A carta encontra-se arquivada na Torre do Tombo em Portugal.
Depois vieram os índios tapuias ou banabués, que construíram o Tanque do Araçá; e o marinheiro Barbosa, com sua residência.
Outro fato relevante para a nossa história é o Decreto N. 1.795, de 30 de julho de 1856, o qual dividia a Província da Parahyba em distritos eleitorais e elegia o 3° Distrito formado pelas paróquias de Arreia, Alagoa Nova, Bananeiras, Araruna e Cuité, formando um único colégio eleitoral. Esta lei obrigava os moradores locais a se reunirem na Matriz de Areia, considerada “Cabeça” ou sede da circunscrição (art. 1°, §3°).
Rau Ferreira
Fonte:
- BRASIL, Collecção das Leis do Império. Tomo XVI, Parte I. Typografia Nacional. Rio de Janeiro/RJ: 1857.
- CLEROT, Leon Francisco R. 30 [i. e. Trinta] anos na Paraíba: memórias corográficas e outras memórias. Editora Pongetti: 1969;
- ESPERANÇA, Livro do Município de. Ed. Unigraf. Esperança/PB: 1985;
- MELO, João de Deus. Esperança e seus primórdios. Jornal “Novo Tempo”. Edição Especial. Ano IV, nº 23. Esperança/PB: 1995.
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