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Lembrança, poema de Silvino Olavo

LEMBRANÇA*

Não há mais bela para os meus olhos
Nem há mais suave para o meu tato,
Seu perfil dança na minha imaginação
como uma folha à inconstância do vento.

Seus olhos têm a agilidade dos raios solares
e uma alegria de pássaros em revoada...

Quando a lembro penso na lenda do Tuastri...

Foi numa noite azul cheia de encantos mágicos
que pousei os meus lábios nos seus lábios de seda...

...que sabor de amaranto em minha boca!
Que doçura de afagos na alameda.

Silvino Olavo
(in: Cisnes - Sombra Iluminada: 1985)

(*) Publicado originalmente no blog Lírio Verde da Borborema em 28/05/2011

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