Por Robéria Ferreira*
Ei. Psiu! É. Você mesmo(a). Preste atenção no que, esta noite, me aconteceu. Andava eu pelas ruas da cidade de Esperança (da qual sou moradora), quando “dei voz aos meus pensamentos”, e me pus a falar baixinho, sem que ninguém percebesse:
- Que cidade maravilhosa! Aqui, as pessoas são realmente felizes.
E, “em êxtase”, balbuciei: - Aqui não há roubos, furtos, assassinatos e/ou quaisquer outros tipos de crimes. Maravilhado com o que via à minha frente, continuei, então: - Nesta cidade, todos têm acesso à educação, saúde, tecnologia, boa alimentação etc. E mais: - Não falta saneamento básico, todas as ruas são asfaltadas, inexistem desigualdades sociais, e, prevalece o respeito ao próximo.
“Bestializado”, dei continuidade a minha caminhada, e, aos elogios à cidade de Esperança: - Aqui, não há jovens envolvidos com drogas e/ou prostituição, nem tão pouco, desemprego.
Finalmente, sentei-me à frente da Igreja matriz local, e, concluí: - É, realmente esta é uma cidade perfeita.
De repente, sentí, então, alguém tocar-me. Acordei. Tudo não passara de um sonho. Sonhara uma nova Esperança, bem diferente desta que, “à minha frente se delineia”, e, me enche de (des)Esperança. Mas, enfim, ao contrário do que disse um dia o ex-Beatle Jonh Lennon: “o sonho não acabou”. Torná-lo realidade, porém, depende da ação efetiva de cada um de nós.
Se realmente “a esperança é a última que morre”, quem sabe, um dia, “a mãe-Esperança encherá de orgulho o peito de seus bravos filhos”.
* A autora é historiadora formada pela UFPB. O presente texto foi redigido com vistas ao concurso da Biblioteca Municipal de Esperança, edição 2005, cujo tema tem por título era “Esperança: entre o sonho e a realidade”.
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