Sua intimidade com a música começou muito cedo. Em uma determinada época, por questões políticas, seu pai teve que residir em Campina Grande e a pequena Hilda foi estudar na Escola das Damas, onde teve seus primeiros contatos com o canto orfeônico e litúrgico, provavelmente aos 12 anos de idade.
Ali apredeu as técnicas vocais e apesar de não estudar partitura desenvolveu com bastante habilidade o seu dom, dedicando sua voz em louvor a Deus. “Meu canto ao Senhor é uma oração”, dizia.
Tempos depois a família retornou a cidade de Esperança e em 1942 ela fundou a Escola Cantório “Sagrado Coração”, cujo coral fez história e existiu durante 12 anos, animando as festividades locais e as missas da Igreja Matriz.
Na vida profissional trabalhou por cerca de 40 anos na Escola Estadual “Irineo Joffily”, onde exerceu as funções de Inspetora de aluns e depois lecionou alfabetização nas séries iniciais.
Por ocasião do afastmento da Diretora Aluce Duarte por questões de saúde, assumiu a direção daquele educandário, oportunidade em que encaminhou ao Governo do Estado seis pedidos de efetivação de funcionários, sendo atendida em todos eles.
Como promotora social organizou os mais diversos eventos festivos e sociais da época, a exemplo da festa das baianas, os cordões e desfiles de 7 de setembro.
Apesar de ser uma pessoa de pouca instrução tinha uma visão ampla da nossa realidade e das instituições, de modo que se relacionava com pessoas de todos os níveis, professores, doutores etc., com uma grande desenvoltura e capacidade de argumentação, sendo por isso muito elogiada.
Preocupava-se com com o futuro dos jovens, a violência e a acirrada luta no campo de trabalho, sempre aconselhando: “Seja juventude que vala a pena e não juventude que dê trabalho”.
Considerava que a sociedade antiga era mais sadia, havia mais coleguismo e os laços de amizades eram mais fortes. Católica fervorosa, rezava o terço diariamente.
Era casada com o Sr. Martinho Soares dos Santos e mãe do Martinho Júnior.
Viveu intensamente os anos de ouro da juventude brasileira e participou ativamente da vida religiosa da cidade, dando sua contribuição na formação de muitos jovens e na cultura vocal de Esperança.
Faleceu em 14 de fevereiro de 2009 após haver cumprido com muita honra a sua missão nesta terra.
Rau Ferreira
Fonte:
- Entrevista ao Historiador Martinho Soares dos Santos Júnior, filho da biografada, concedida em 17/07/09;
- Arquivo pessoal, documentos e fotos da família.
ahhh me lembro muito da Hilda Batista, muito boa amiga, sempre estava junto da minha mae Nevinha e seus atesanatos, minhas filha aprenderam crochê com elas, hoje elas estao na historia para sempre, saudades.
ResponderExcluirParabéns por sua louvável e intessante iniciativa de lembrar em seu blog as personalidades amigas da cidade de Esperança, pois uma cidade sem memória é uma cidade sem passado, é como alguém que sofre de amnésia e por tal motivo não pode distinguir quem é amigo ou inimigo. Que o seu blog sirva de inspiração para outras personalidades realizadouras e inteligentes.
ResponderExcluirNão contive a íntima e pesoal alegria e satisfação de ver a biografia de minha mãe muito bem escrita pelo amigo Rau.Um sincero agradecimento e abraço!
Martinho Júnior