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América de Esperança x Flamengo (Campina Grande-PB)

  A temporada patrocinada pela Associação dos Cronistas Campinenses foi cercada de êxito, como destacava a imprensa paraibana, porém com o suspense da torcida americana, em razão do placar de empate de 1 x 1 no jogo contra o Flamengo do Zé Pinheiro (Campina Grande-PB). O América de Esperança estava em boa fase e foi até a cidade “Rainha da Borborema” a convite da ACDCG, demonstrando disposição e igualdade de condições em campo, com grandes investidas contra o quadro rubro negro local. A partida intermunicipal aconteceu no Estádio Presidente Vargas, que para os cronistas “ foi um dos melhores que temos visto no futebol amador do interior paraibano ”. O correspondente Palmeira Guimarães, ainda comentou que “ O América, em alguns momentos, especialmente na segunda fase, foi senhor absoluto das ações, mas em compensação, na primeira etapa, o Flamengo, após abrir a contagem, demonstrou uma superioridade que deu a entender que levaria de vencida ao adversário por uma contagem ampla ”...

Administração Júlio Ribeiro

O Prefeito Júlio Ribeiro da Silva administrou o município em duas oportunidades. A primeira de 1937 à 1940 e a segunda de 1947 à 1951, nas duas ocasiões, o Sr. Elias Barbosa Monteiro foi seu vice. A primeira administração foi marcada por alguns melhoramentos, apesar contar o município com um pequeno orçamento. A prefeitura determinara a demolição de alguns prédios desapropriados para a construção da praça pública, obra necessária para o alargamento das vias principais. O serviço de saúde estava a cargo do Dr. Sebastião Araújo, médico local que atendia na Rua Solon de Lucena e se dizia especialista em “doenças dos olhos e sífilis”. A agricultura estava entregue a um técnico agrícola que empreendia apoio “ material para completa eficiência desse serviço tão útil e necessário à economia municipal ”. De acordo com o prefeito, a situação do município era a seguinte: “ sem nenhum compromisso a pagar existe um saldo de 20:000$000 em cofre ”, esses vinte contos representavam uma boa so...

O jogo que não terminou

  “ E o jogo não terminou ...”, registrava Ivan Bezerra ao narrar a disputa entre América de Esperança e o Botafogo da Capital no Estádio “José Ramalho da Costa”, na cidade de Esperança-PB. Em crítica ferrenha, complementa o cronista: “ Em Esperança é assim: escreveu não leu, terminam um jogo ”. Mas será que o repórter pessoense foi justo? O mesmo episódio é narrado por Francisco Cláudio, conhecido por “Chico de Pitiu”, que dirigiu a equipe americana, em seu livro “50 Anos de Futebol & etc”. Nosso objetivo é mostrar os dois ângulos, e deixar que o leitor faça o julgamento. Vamos aos fatos. A convite de Zé Ramalho, compareceu o Botafogo ao nosso estádio, no dia 11 de novembro de 1956, para participar de uma partida amistosa. Os americanos marcaram aos trinta segundos do primeiro tempo, por intermédio de Aprígio. Com a marcação “ os cracks interioranos passaram a pressionar o reduto final do Glorioso, enquanto ele continuava falhando no seu setor defensivo ”. A investida do...

A Marcha da Família com Deus pela Liberdade em Esperança-PB (1964)

  A “Marcha da Família com Deus pela Liberdade” foi uma resposta de grupos conservadores contrários às propostas do Presidente João Goulart (1961/1964), que tinha em seu âmago um viés “comunista”, marcha essa que se iniciou no dia 19 de março de 1964, em São Paulo-SP, e foi replicada em várias cidades pelo Brasil. Com efeito, o Presidente Goulart realizara um efusivo comício, no dia 13 de março de 1963, cujo discurso gerou tensão nas forças política do país, dando azo a sua cassação. Em resposta, grupos religiosos, civis e militares organizaram uma marcha em prol dos ideais conservadores, contra o movimento “Bolchevista” criado por Vladimir Lenin, que tinha por bandeira o socialismo de origem Russa, sendo este o pontapé do revide miliar. Na Paraíba, o Município de Esperança destacou-se nessa Marcha, tendo-a realizada num domingo, dia 10 de maio de 1964, antes mesmo de Campina Grande-PB, que só fez a sua mobilização pela “redemocratização” no dia 30 de maio daquele ano. Na oport...

Esperança, cidade admirável (por Cristino Pimentel)

  Extraímos do jornal “O Norte” um texto de Cristino Pimentel, que era cunhado de Epaminondas Câmara, por ocasião de uma de suas visitas ao Cemitério “Nossa Senhora do Carmo” em Esperança-PB, na data de finados ao túmulo da família. Na oportunidade, também comenta sobre a festa da padroeira que à época era bem frequentada em nosso município. Vejamos a impressão do escritor campinense, com o título de “ Esperança, cidade admirável ”: “Quando dei a publicidade uma crônica sobre a alegre cidade de Esperança, tive que me reportar ao estado desolador do seu cemiteriozinho, - ainda com aspecto de “quadrado” de vila atrasada – e sugeri que o Prefeito dali devia, pelo menos, erguer o cruzeiro santo que o tempo impiedoso roeu e o deitou por terra, estando os pedaços da madeira apodrecida servindo de entulho na aléa principal. O meu grito amigo não foi ouvido, e parece-me que estou a escutar a censura ao gesto: “enxerido, tu tens nada que ver com a casa alheia, quando na tua o Prefeito t...

Mercês Morais - Miss Paraíba 1960

  Esperança-PB sempre foi conhecida por ser uma cidade de gente bonita, e moças mais belas ainda. A nossa primeira Miss foi a Srta. Noêmia Rodrigues de Oliveira, vencedora do concurso de beleza realizada no Município em 1934. Segundo o Dr. João Batista Bastos, Advogado local: “ Noêmia era uma mulher de boa presença, vaidosa, elegante e bonita ”. Ela era filha de do Sr. Manoel Rodrigues de Oliveira e dona Esther Fernandes. Entre as beldades, a que mais se destacou foi a Srta. Maria das Mercês Morais, que após eleita em vários concursos na Capital, foi escolhida “Miss Paraíba de 1960”, certame esse promovido pelos Diários Associados: “ Maria Morais, que foi eleita Miss Paraíba, depois de um pleito dos mais difíceis, ao qual compareceram várias candidatas do interior. Mercês representa o Clube Astréa, que vem, sucessivamente, levantando o título da mais bela paraibana, e que é, também, o ‘mais querido’ do Estado ” (O Jornal-RJ, 29/05/1960). “ Mercês Morais, eleita Miss Paraíba...

O povoamento do Lyrio Verde nos registros paroquiais

  Por Ismaeel Filipe da Silva Bento*        Milena de Farias Dôso**   A primeira vez que o nome Banaboé aparece nos registros paroquias de Alagoa Nova, se dá no ano de 1851, em um assento de casamento, realizado “ no lugar Banabue ”. Apesar da região aparecer pela primeira vez nos documentos de Alagoa Nova, o nome da região já era o mesmo pelo menos desde 1757, numa carta do Capitão-mor Clemente do Amorim e Souza (FERREIRA, 2015), e posteriormente em 1778, quando aparece na sesmaria concedida a Luís Barbosa da Silva. (TAVARES, 1910). No assento abaixo, é possível identificar o padre que realizou o primeiro matrimônio que se tem notícia na região onde hoje é Esperança, além do pároco, também sabemos quem são os noivos, seus respectivos pais e testemunhas: “ Aos treze de novembro de mil oitocentos e cincoenta e um, no lugar de Banabue em casa particular de Severino de Medeiros Lima; ao depois de feitas as denunciações do estillo sem impedimento algum e ...