Por esses dias, em pesquisa na Web, sobre o nosso poeta Silvino Olavo, maior representante do simbolismo na Paraíba, encontrei uma reportagem n’A União que falava sobre o seu aniversário e as comemorações que se seguiam no Município de Esperança.
Dizia
o artigo que, nos anos 30 começara as desventuras, conta Roberto Cardoso:
“Numa viagem
acompanhando o Dr. João Pessoa ao Rio, para a composição da chapa do Partido
Liberal, Silvino Olavo sofre o primeiro ataque esquizofrênico quando retornava
e foi internado por João Pessoa em Salvador, Bahia.
Dias depois,
recuperado, retornou à Paraíba e, novamente, ocupou o cargo de Oficial de
Gabinete. Os dias agitados que precederam a Revolução de Trinta tornaram-no
predisposto às psicopatias, o que realmente ocorreu, meses depois, quando a
fatal e lancinante tragédia vitimou João Pessoa”.
E
prossegue a reportagem: Segundo o expositor, Silvino Olavo enviuvou em 1945,
período em que já vivia na Colônia Juliano Moreira. Cinco anos mais tarde,
Maria [leia-se: Mariza] Veloso Costa, sua única filha, morre aos 12 anos de
idade. Silvino Olavo passou 21 anos internado na Juliano Moreira, de onde foi
retirado pelo seu cunhado Waldemar Cavalcante, esposo de Dona Alice Costa.
Mesmo assim, ainda produziu pensamentos, poemas e opiniões.
Em
companhia de seus familiares ficou até o dia 16 de setembro de 1969 quando,
vítima de complicações renais, foi internado no hospital João Ribeiro, em
Campina Grande, onde faleceu dia 26 de outubro do mesmo ano. Em versos, Silvino
Olavo deixou os livros “Cisnes” – Rio 1924 -, e “Sombra Iluminada” – Rio 1927.
Em
prosa, deixou “Estética do Direito”, “Esperança, lírio verde da Borborema” e
“Cordialidade, estudo literário – 1ª série”, publicado em Nova York, em 1927.
A
solenidade de homenagem ao poeta Silvino Olavo – continua a reportagem – contou
com a participação de várias autoridades locais, como o prefeito Luiz Martins
de Oliveira e o presidente da Câmara Antônio Dias, e principalmente de
familiares do poeta, a exemplo da Sra. Alice Costa, irmã de Silvino, que na
oportunidade saudou a todos e agradeceu a alusão. O prefeito garantiu que vai
incluir no orçamento para o próximo ano, recursos destinados ao incremento da
pesquisa. Na biblioteca pública, Ednalda Silva expôs os trabalhos realizados
pelo poeta e publicados em jornais, revistas e livros.
Essas
comemorações foram realizadas em sessão extraordinária da Câmara Municipal e
por quase uma hora e meia o jornalista Carlos Roberto Cardoso falou sobre a
vida e obra do poeta.
Rau
Ferreira
Referência:
- A UNIÃO, Jornal.
Edição de quinta-feira, 02 de agosto. João Pessoa/PB: 1984.
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