Pular para o conteúdo principal

Capelinha: Patrimônio Histórico Estadual



O Diário Oficial do Estado da Paraíba publicou hoje (11/11) a Lei Estadual nº 11.571, de 10 de dezembro de 2019, que inseriu a Capela Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, conhecida como “Capelinha das Pedras”, deste Município de Esperança (PB), no Patrimônio Histórico e Cultural do Estado da Paraíba.
A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “lugar onde primeiro se avista o sol”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII.
O projeto de lei de autoria do Deputado Estadual Anderson Monteiro Costa foi sancionado ontem (10/11) pelo Governador João Azevêdo Filho, entrando em vigor na data de sua publicação. Este trabalho vem de encontro aos nossos anseios que há muito buscávamos o reconhecimento de “Menor capela do mundo”.
Fruto desse nosso esforço à época, conseguimos trazer uma equipe da TV Paraíba, com mediação do jornalista Gustavo Xavier, que fez uma belíssima reportagem sobre o monumento, sem mencionar que a nossa publicação sobre esta Capelinha já alcançou o número de 3.174 views, que é um record para o BlogHE.
A Capelinha do Perpétuo Socorro – que pode ser considerada o menor monumento mariano do mundo fora da Itália – possui uma visão privilegiada da cidade e recebe visitação de curiosos e turistas que querem conhecer o lugar e sua história.
A história oral nos conta que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Teté) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção.
Enquanto o título internacional não vem, nos conformemos com o título estadual e o reconhecimento municipal, já que há notícias de que tramita no Legislativo Mirim uma lei semelhante para inserir a capela também no patrimônio deste Município.

Rau Ferreira

Comentários

  1. Feliz com a notícia, e pra mim, Dona Niná é novidade. Na minha cabeça era Teté.

    ResponderExcluir
  2. Conversando com Zezito, parente ainda vivo, seria Niná, mesmo, embora houvesse na família uma Teté.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

José Régis, por Martinho Júnior (1ª Parte)

  Por Martinho Júnior   Dr. José Régis, ilustre filho de Esperança, marcou sua trajetória como exemplo de ascensão e realização no âmbito jurídico. Filho do respeitado Sr. Alfredo Régis, que dá nome a uma das ruas da cidade, José Régis galgou muitos degraus na carreira jurídica, consolidando-se como juiz e acumulando um currículo repleto de títulos e funções de destaque na área do direito. Homem de vasta cultura e vivências globais, viajou por mais de uma dezena de países, enriquecendo sua visão de mundo e sua bagagem intelectual. Retornando à sua terra natal, movido pelo desejo de retribuir à comunidade suas experiências e conhecimentos, decidiu candidatar-se a vereador, vislumbrando contribuir diretamente para o desenvolvimento local. Contudo, sua entrada no cenário político revelou-se um choque de realidades. Esperança, que poderia ter visto em sua candidatura um privilégio raro, mostrou-se indiferente ao valor de sua capacidade intelectual e boa vontade. Enfrentando in...

Sol e sua atuação jornalística

Poeta, jornalista e escritor Silvino Olavo da Costa destacou-se em publicações na imprensa da Parahyba, Pernambuco e Rio de Janeiro. Silvino nasceu na Lagoa do Açude, muito distante da sede do município. O seu pai era fazendeiro. Naquele tempo, devido a distância e outros fatores, os proprietários "contratavam" professores para lecionarem aos seus filhos e filhos dos moradores. Esses mestres passavam a residir na propriedade e a sala da Casa Grande lhes servia de escola. É provável que isto tenha acontecido ao poeta. A educação "formal", por assim dizer, ele iniciou no Externato do casal Joviniano Sobreira e Maria Augusta, em Esperança (1915). Presume-se que já sabia ler, assim como fazer contas simples; não se exigia muito além da tabuada e algumas operações matemáticas. De maneira que o seu ingresso escolar, neste município, no meu entender foi para complementar a sua educação, pois ele só poderia prosseguir para o ginásio se passasse pelo ensino primário. ...

Luiz Pichaco

Por esses dias publiquei um texto de Maria Violeta Pessoa que me foi enviado por seu neto Ângelo Emílio. A cronista se esmerou por escrever as suas memórias, de um tempo em que o nosso município “ onde o amanhecer era uma festa e o anoitecer uma esperança ”. Lembrou de muitas figuras do passado, de Pichaco e seu tabuleiro: “vendia guloseimas” – escreve – “tinha uma voz bonita e cantava nas festas da igreja, outro era proprietário de um carro de aluguel. Família numerosa, voz de ébano.”. Pedro Dias fez o seguinte comentário: imagino que o Pichaco em referência era o pai dos “Pichacos” que conheci. Honório, Adauto (o doido), Zé Luís da sorda e Pedro Pichaco (o mandrião). Lembrei-me do livro de João Thomas Pereira (Memórias de uma infância) onde há um capítulo inteiro dedicado aos “Pichacos”. Vamos aos fatos! Luiz era um retirante. Veio do Sertão carregado de filhos, rapazes e garotinhas de tenra idade. Aportou em Esperança, como muitos que fugiam das agruras da seca. Tratou de co...

Gemy Cândido

Gemy era filho de seu Severino e dona Francisca, mais conhecida por “Chiu”. O seu pai era barbeiro e sua mãe feirante. Ele foi o terceiro de nove irmãos, nascido em Esperança, no dia 26 de agosto de 1943. Escritor e crítico literário, verbete da Biblioteca do Congresso Americano, era também sociólogo, bibliófilo e historiador. Foi o primeiro a receber por um produto literário na Paraíba. Exibia com orgulho o cheque emitido pela União Companhia Editora de Cr$ 475,00 em razão de um conto e três comentários publicados no Correio das Artes, mencionados na crônica de Gonzaga Rodrigues: “Do gênero essencialmente literário, laborando o conto ou o bosquejo crítico, esse foi, sem dúvida, o seu primeiro ganho. Não o ganho de Gemy, fazendo jus a algum esforço de redação, mas o ganho do produto [...]” (O Norte, 19/11/1975). E complementa Luiz Augusto Crispim: “ Ninguém escreveu com mais sinceridade sobre criação paraibana do que Gemy Cândido. Até mesmo nas injustiças que comete ” (O Norte: 13/0319...