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Gilvan: O artilheiro da Partida |
O pesquisador Jônatas Pereira enviou
para a redação do BlogHE uma preciosa reportagem do Diário da Borborema que
mostra a saga do Mequinha enfrentando grandes times da Parahyba em 1957.
Depois de vencer o Náutico de
Itabaiana e o Campinense Clube, tinha pela frente, em dezembro daquele ano, a
forte equipe do Treze F. C.
A partida aconteceu no Estádio José
Ramalho, em Esperança. A esquadra campinense dominou os minutos iniciais,
realizando algumas incursões à área americana, em que Tota ameaçou o gol
adversário com nítida impressão de que os galos venceriam. Tudo não passou
disso, pois o Mequinha não se deixou abater, retomando imediatamente o mando de
jogo.
O ataque americano não tardou
encontrar as falhas trezeanas e, aos dez minutos do primeiro tempo, o
centroavante Gilvan marcou o primeiro gol do time da casa, depois de receber
excelente passe de Jurinha.
No segundo tempo, apesar de não
demonstrar o futebol ofensivo do primeiro tento, Gilvan marca mais um gol aos
três minutos, com passe de Teixeirinha, perdendo a equipe campinense ainda uma
boa oportunidade, com uma bola na trave desperdiçada por Colher.
Os trezeanos mais exaltados ora
culpavam o plantel, ora o treinador Geraldo Melo. A diretoria também era
chamada à responsabilidade, para por um fim aquela situação em que o Treze se
encontrava.
O América entrou em campo com Tota,
Erasmo e Gril, Cícero, Olímpio. Jurinha, Gilvan, Teixeirinha, Caé, Pretinha e
Zinha.
O Treze estava representado por
Jairton, Nelson e Urai, Joab, Sílvio e Milton, Mário II, Mário I, Bé, Ruivo e
Natanael.
A crônica esportiva elegeu o jogador
Gilvan Gonçalves de Lima como artilheiro da partida, numa das mais bonitas
vitórias da equipe de Esperança:
“O Treze, além de não se apresentar como das vezes anteriores
frente ao mesmo América, encontrou no conjunto de José Ramalho um antagonista
que, acima de outra coisa, soube se aproveitar das gritantes falhas não somente
de sua defensiva, como de seu ataque, que foi quase que totalmente anulado”.
O jogo foi apitado por Otacílio Flor,
que foi considerado bom juiz, auxiliado por Severino Felix e Delosme Farias. A
renda foi de Cr$ 35.000,00 (trinta e cinco mil cruzeiros).
Rau Ferreira
Tão
logo esta matéria foi ao ar, em meu perfil do Facebook, recebeu o seguinte
comentário de Joacil Braga Brandão:
Meu amigo Rau Ferreira!Tive o prazer de assistir o jogo contra o Treze Futebol Clube. Papai era trezeano, abria longas discursões com os amigos na segunda-feira à tarde nos batentes da Alfaiataria do Nequinho, onde também trabalhava o Tio Jurinha como ajudante de alfaiate, vizinho ao Foto Braga. Nunca entrei nessas conversas. A turma se empolgava muito.
O Tio Jurinha foi considerado o melhor ponteiro da história do América. Recebeu, inclusive, convite para treinar no Náutico do Recife. Treinou para avaliação, mas não foi contratado devido à lesão no menisco. Ele já jogava com dupla joelheira. Tinha estatura, velocidade e drible fácil.O Arlindão era um trator, no estilo inferior ao antigo Nunes do Santa Cruz de Recife, que posteriormente chegou à Seleção Brasileira. Levava os zagueiros adversários no peito.Nota 10, para o América!Nota 10, por você relembrar esse timaço!Um abraço!
Referências:
-
DIÁRIO DA BORBOREMA, Jornal. Edição de 10 de dezembro. Campina Grande/PB: 1957.
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