Pular para o conteúdo principal

Falar de Luiz é falar de Esperança

Foto oficial do evento com o homenageado Luiz Martins
Não é necessário fazer aqui uma digressão de toda a sua história, os oradores que me precederam já o fizeram brilhantemente, acredito que a homenagem é justa e oportuna, pois coroa de êxito a sua vida. Embora seja suspeito para tratar do tema, pois trabalho com a sua filha Lúcia Martins, que se encontra presente, e que nas suas atribuições de Analista Judiciário chefia a 2ª Vara desta Comarca de Esperança, gostaria de tecer alguns comentários.
Luiz sempre se manteve coerente na sua ideologia política, defendendo a bandeira do serviço público e atendendo as necessidades do povo que tanto ama. Até hoje quem não lembra o seu lema poético: “Do verde a Esperança do povo a confiança”?
Nascido em Pocinhos, chegou em nossa cidade em 1948, para exercer a função de Guarda Fiscal Estadual. Nesta sociedade fez amizades com homens influentes, a exemplo de Arlindo Delgado, Dogival Costa, Zé Ramalho e tantos outros.
Filiado ao partido do Ex-deputado Chico Souto, lançou seu nome para prefeito em 1963, sendo eleito pelo PDC para governar os destinos deste Município, ao lado do vice Manoel Luiz Pereira. Após o que, candidatou-se mais três vezes, obtendo êxito em todas as eleições que concorreu.
Todas as suas administrações foram marcadas pelo dinamismo e execução de obras infraestruturais que deram o contorno atual desta cidade, transformando a pequenina Esperança no expoente do agreste paraibano. Muitas são as benfeitorias que ainda hoje podem ser vista em nosso município, que se aqui fossem citadas, amanheceríamos o dia sem ao menos vencer metade delas.
Em 2000 o povo pediu “a volta do Vovô”, retornando ele na qualidade de Vice-prefeito na chapa encabeçada por Arnaldo Monteiro.
Ao longo de sua carreira política Luiz Martins contribuiu para a eleição de muitos deputados e governadores, mantendo sempre um currículo invejável e vitorioso.
Esta é a trajetória de um homem que dedicou a sua vida ao povo de Esperança, e é esta Esperança que hoje vem agradecer, do qual eu sou porta voz, para dizer muito obrigado LUIZ MARTINS DE OLIVEIRA.

Rau Ferreira


Discurso de homenagem ao ex-prefeito Luiz Martins de Oliveira pela passagem do seu 87º aniversário. Câmara Municipal de Esperança, 29 de maio de 2015.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Afrescos da Igreja Matriz

J. Santos (http://joseraimundosantos.blogspot.com.br/) A Igreja Matriz de Esperança passou por diversas reformas. Há muito a aparência da antiga capela se apagou no tempo, restando apenas na memória de alguns poucos, e em fotos antigas do município, o templo de duas torres. Não raro encontramos textos que se referiam a essa construção como sendo “a melhor da freguesia” (Notas: Irineo Joffily, 1892), constituindo “um moderno e vasto templo” (A Parahyba, 1909), e considerada uma “bem construída igreja de N. S. do Bom Conselho” (Diccionario Chorográfico: Coriolano de Medeiros, 1950). Através do amigo Emmanuel Souza, do blog Retalhos Históricos de Campina Grande, ficamos sabendo que o pároco à época encomendara ao artista J. Santos, radicado em Campina, a pintura de alguns afrescos. Sobre essa gravura já havia me falado seu Pedro Sacristão, dizendo que, quando de uma das reformas da igreja, executada por Padre Alexandre Moreira, após remover o forro, e remover os resíduos, desco

Dom Manuel Palmeira da Rocha

Dom Palmeira. Foto: Esperança de Ouro Dom Manuel Palmeira da Rocha foi o padre que mais tempo permaneceu em nossa paróquia (29 anos). Um homem dinâmico e inquieto, preocupado com as questões sociais. Como grande empreendedor que era, sua administração não se resumiu as questões meramente paroquianas, excedendo em muito as suas tarefas espirituais para atender os mais pobres de nossa terra. Dono de uma personalidade forte e marcante, comenta-se que era uma pessoa bastante fechada. Nesta foto ao lado, uma rara oportunidade de vê-lo sorrindo. “Fiz ciente a paróquia que vim a serviço da obediência” (Padre Palmeira, Livro Tombo I, p. 130), enfatizou ele em seu discurso de posse. Nascido aos 02 de março de 1919, filho de Luiz José da Rocha e Ana Palmeira da Rocha, o padre Manuel Palmeira da Rocha assumiu a Paróquia em 25 de fevereiro de 1951, em substituição ao Monsenhor João Honório de Melo, e permaneceu até julho de 1980. A sua administração paroquial foi marcada por uma intensa at

Escola Irineu Jóffily (Inauguração solene)

Foto inaugural do Grupo Escolar "Irineu Jóffily" Esperança ganhou, no ano de 1932, o Grupo Escolar “Irineu Jóffily”. O educandário, construído em linhas coloniais, tinha seis salões, gabinete dentário, diretoria, pavilhão e campo para atividades físicas. A inauguração solene aconteceu em 12 de junho daquele ano, com a presença de diversos professores, do Cel. Elísio Sobreira, representando o interventor federal; Professor José de Melo, diretor do ensino primário estadual; Severino Patrício, inspetor sanitário do Estado; João Baptista Leite, inspetor técnico da 1ª zona e prefeito Theotônio Costa. Com a direção de Luiz Alexandrino da Silva, contava com o seguinte corpo docente: Maria Emília Cristo da Silva; Lydia Fernandes; Amália da Veiga Pessoa Soares; Rachel Cunha, Hilda Cerqueira Rocha e Dulce Paiva de Vasconcelos, que “tem dado provas incontestes de seu amor ao ensino e cumprimento de seus deveres profissionais”. A ata inaugural registrou ainda a presença do M

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele

A Pedra do Caboclo Bravo

Há quatro quilômetros do município de Algodão de Jandaira, na extrema da cidade de Esperança, encontra-se uma formação rochosa conhecida como “ Pedra ou Furna do Caboclo ” que guarda resquícios de uma civilização extinta. A afloração de laminas de arenito chega a medir 80 metros. E n o seu alto encontra-se uma gruta em formato retangular que tem sido objeto de pesquisas por anos a fio. Para se chegar ao lugar é preciso escalar um espigão de serra de difícil acesso, caminhar pelas escarpas da pedra quase a prumo até o limiar da entrada. A gruta mede aproximadamente 12 metros de largura por quatro de altura e abaixo do seu nível há um segundo pavimento onde se vê um vasto salão forrado por um areal de pequenos grãos claros. A história narra que alguns índios foram acuados por capitães do mato para o local onde haveriam sucumbido de fome e sede. A s várias camadas de areia fina separada por capas mais grossas cobriam ossadas humanas, revelando que ali fora um antigo cemitério dos pr