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Sol: recitado no Rio



O
 poeta Silvino Olavo foi uma das grandesexpressões do simbolismo no Brasil ao lado de consagradas figuras como Bilac eAlberto de Oliveira.
Em um dosregistros coletados por Aggripino Grieco em sua obra denominada “Pérolas”, informao escritor a presença das poesias do esperancense nas rodas de recitais do Riode Janeiro.
Acrescentaaquele autor que o fato fora publicado no jornal “Diário da Noite”, umimportante periódico fundado por Chateaubriand e que servia à crônica literáriae artística de seu tempo. A nota data de 1937, quando então haviam sidopublicados os principais livros de SOL, a saber: Cysnes e Sombra Iluminada.
Eis o trechoem questão:

"No recital de quinta-feira, eque só poderá ser um acontecimento, a consagrada poetisa dirá versos deSebastião de Abreu, Olavo de Campos, Edgard Braga, Jay- me d'Altavilla, SylvinoOlavo, Carlos Rubens, Farias Neves Sobrinho, Cruz Oliveira, Bilac, HermetoLima, Prisco de Almeida e Alberto de Oliveira. Alguns desses poetas do nortesão pela primeira vez declamados no Rio” (Do “Diário da Noite”).
A respeito do crítico Aggripino Grieco (1888/1968),escrevera Silvino que este tinha “osorriso voltaireano”. A frase já diz tudo!
E da Academia Brasileira de Letras, na sessãoocorrida em 25 de outubro de 1928, encontramos a apresentação dos poemas deSilvino Olavo e de Marcello Gama (Inanis labor), “para os quaes teve tambem palavras elogiosas” (sic).

Rau Ferreira

Fonte:
- FERREIRA, Rau. Silvino Olavo. Edições Banabuyé. Epgraf: 2010;
- GRIECO, Agrippino. Pérolas... Brasil Editora. Rio deJaneiro/RJ: 1937;
- OLAVO, Silvino. Quanto veio o crepúsculo. A União, jornal. Suplemento Arte eCultura. João Pessoa/PB: 1926.

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