Pular para o conteúdo principal

Título de Cidadão Esperancense

Em solenidade realizada ontem (17/02), com início às 20 horas, o editor deste blog recebeu da Câmara Municipal de Esperança - Casa de “Francisco Bezerra”, o título de Cidadão Esperancense. O evento contou com a participação de familiares, amigos e autoridades que prestigiaram a homenagem.
A proposta havia sido votada no último dia 10 do corrente, obtendo aprovação unânime.
Em seu discurso, o homenageado fez uma síntese do seu trabalho neste diário eletrônico e falou de seu contentamento:

É com extrema alegria que compareço a esta sessão onde, por propositura do Vereador José Adeilton – Amazan – foi indicado meu nome para receber o honroso título de cidadão esperancense, obtendo aprovação unânime desta Casa Legislativa.
Esta homenagem, que não é só minha, pois toda a família FERREIRA COSTA sente-se igualmente prestigiada, enaltece também a memória do poeta Silvino Olavo, sobre quem escrevi e lancei recentemente um livro biográfico.
E o sentimento que ora se apresenta não é tão-somente de satisfação pessoal, mas de dever cumprido para com esta sociedade que tanto amamos.
Desde junho de 2009, publicamos a crônica histórica deste município fazendo o resgate cultural em uma página da internet. O blog, que nasceu por assim dizer despretensioso, tornou-se um dos mais vistos neste Estado e muitas de nossas postagens alimentam a rede mundial de computadores inclusive na enciclopédia de acesso livre.
Esperança desde o seu nascedouro soube conciliar a boa localização ao espírito empreendedor do seu povo, e com os bons ventos da sã política nacional, ganhar a sua independência em 1925, irmanada na paráfrase que nos diz “Esperança - lírio verde da Borborema”.
E sob este lema, o município cresceu no agreste paraibano tornando-se referência na região, pois assim profetizara o nosso grande vate em seu discurso triunfal, que esta seria uma “terra de juventude e de fé”. E assim será, pois a esperança é a última que morre.
Foi esta terra que meus ancestrais escolheram para deitarem as suas raízes e progredirem juntamente com o seu município; e que agora me recebe por adoção.
(...) Este título que me é outorgado pela Câmara Municipal soma-se aos meus sonhos de menino, em ver gravado na minha certidão a naturalidade esperancense. Agora, posso dizer que tenho a minha qualificação completa: brasileiro, casado, pai de duas filhas e com muito orgulho cidadão esperancense. Deus em sua infinita bondade me propiciou este momento de júbilo.
Agradeço o título e a homenagem aos vereadores José Adeilton da Silva Moreno; Anselmo Vieira da Costa; Evandro Alves da Rocha; Adailton dos Santos; Olivete Bertoldo Fernandes; Ronaldo de Arruda Câmara; Edinaldo Bezerra de Menezes; Gilbério Alves dos Santos e Genival de Andrade.
Peço desculpas pelas minhas palavras emocionadas.
Que Deus abençoe a todos.
Muito obrigado!”.


A mesa foi composta pela diretoria da casa e os ilustres cidadãos Antonio Monteiro Costa Filho e Carlos Almeida, que fizeram o uso da tribuna em nossa homenagem juntamente com os vereadores Anselmo Vieira da Costa, Edinaldo Bezerra de Menezes e José Adeilton da Silva Moreno.
Facultada a palavra pelo presidente daquele legislativo mirim, discursaram ainda a historiadora Robéria Ferreira Costa, o jornalista Evaldo Brasil, a professora e ativista cultural Marinalva Bezerra de Menezes, além do comunicador e editor do site Notícias Esperancenses Rodolpho Raphael de Oliveira Santos.
Registramos a presença na platéia dos repórteres Otílio Rocha, Jean Andrade e seu irmão Jailson, e os amigos Ivanildo Xavier, Karl Marx Valentim e Luciano Soares de Souza, a historiadora Marilda Coêlho e sua filha Gabriela, o amigo Janilson Andrade e muitos outros que nos vieram prestigiar.
Representando a família Costa compareceu Rossana Ferreira e seu esposo Clovis Pereira da Silva.
Foi um momento de grande emoção e de suma importância para a cultura esperancense, pois ficou evidenciado ainda mais as nossas potencialidades. Esperança é verdadeiramente um celeiro de vocações.

Rau Ferreira

Comentários

  1. Rau, meu cunhado querido do meu coração...
    meus parabens...vc mereçe...
    sua cunhada Edite

    ResponderExcluir
  2. Rau,como vai sua familia? tudo bem?
    li seu livro e gostei,gostaria de debater sobre o livro com você em breve. Encontrei algumas "falhas" acredito que de digitação.
    Parabéns.
    Adelson Cirilo.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

Capelinha N. S. do Perpétuo Socorro

Capelinha (2012) Um dos lugares mais belos e importantes do nosso município é a “Capelinha” dedicada a Nossa Senhora do Perpétuo do Socorro. Este obelisco fica sob um imenso lagedo de pedras, localizado no bairro “Beleza dos Campos”, cuja entrada se dá pela Rua Barão do Rio Branco. A pequena capela está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa “ lugar onde primeiro se avista o sol ”. O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Consta que na década de 20 houve um grande surto de cólera, causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira, teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal.  Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à ...

A minha infância, por Glória Ferreira

Nasci numa fazenda (Cabeço), casa boa, curral ao lado; lembro-me de ao levantar - eu e minha irmã Marizé -, ficávamos no paredão do curral olhando o meu pai e o vaqueiro Zacarias tirar o leite das vacas. Depois de beber o leite tomávamos banho na Lagoa de Nana. Ao lado tinham treze tanques, lembro de alguns: tanque da chave, do café etc. E uma cachoeira formada pelo rio do Cabeço, sempre bonito, que nas cheias tomava-se banho. A caieira onde brincávamos, perto de casa, também tinha um tanque onde eu, Chico e Marizé costumávamos tomar banho, perto de uma baraúna. O roçado quando o inverno era bom garantia a fartura. Tudo era a vontade, muito leite, queijo, milho, tudo em quantidade. Minha mãe criava muito peru, galinha, porco, cabra, ovelha. Quanto fazia uma festa matava um boi, bode para os moradores. Havia muitos umbuzeiros. Subia no galho mais alto, fazia apostas com os meninos. Andava de cabalo, de burro. Marizé andava numa vaca (Negrinha) que era muito mansinha. Quando ...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...

Luiz Pichaco

Por esses dias publiquei um texto de Maria Violeta Pessoa que me foi enviado por seu neto Ângelo Emílio. A cronista se esmerou por escrever as suas memórias, de um tempo em que o nosso município “ onde o amanhecer era uma festa e o anoitecer uma esperança ”. Lembrou de muitas figuras do passado, de Pichaco e seu tabuleiro: “vendia guloseimas” – escreve – “tinha uma voz bonita e cantava nas festas da igreja, outro era proprietário de um carro de aluguel. Família numerosa, voz de ébano.”. Pedro Dias fez o seguinte comentário: imagino que o Pichaco em referência era o pai dos “Pichacos” que conheci. Honório, Adauto (o doido), Zé Luís da sorda e Pedro Pichaco (o mandrião). Lembrei-me do livro de João Thomas Pereira (Memórias de uma infância) onde há um capítulo inteiro dedicado aos “Pichacos”. Vamos aos fatos! Luiz era um retirante. Veio do Sertão carregado de filhos, rapazes e garotinhas de tenra idade. Aportou em Esperança, como muitos que fugiam das agruras da seca. Tratou de co...