Pular para o conteúdo principal

Entrevista: José Iderlânio da Silva

José Iderlânio da Silva é natural de Pilões/PB e filho do nosso querido Newman - ex-goleiro do América F. C.. Atualmente reside em São Paulo e trabalha como Gerente de Recursos Humanos de uma grande empresa multinacional.
Iderlânio jogou no América de 1985 à 1993, ganhando destaque na posição de lateral esquerdo e vezes meia esquerda, mas também defendeu equipes de Areial, Mossoro, Pilões e São Paulo.
Em sua temporada no América esperancense lembra com orgulho as duas vitorias sobre o Trezinho na Liga Campinense de Futebol (1 x 0 e 2 x 0), e o empate com o Campinense em Esperança (1 x 1), “num torneio em que fomos campeões”.


“A melhor partida que joguei na minha vida foi na derrota do 'Mequinha' juvenil para o Flamengo de Luziete pelo score de 2 x 1, na qual fui o melhor em campo inclusive com um gol meu. Diziam antes da partida que iriamos levar uma goleada e o que aconteceu foi um trabalho danado para o Flamenguinho ganhar aquela partida, eles tinham na época uns dos melhores time da região do brejo”.
O gol mais bonito que fez pelo América foi na vitoria de 3 x 0 frente a Eletrônica Diniz pelo o campeonato local: chutei a bola mais ou menos do meio do campo e fiz o gol em Leal que era o goleiro”.


Nessa época eram seus companheios de equipe: Goleiro - Ademir / Pequeno; Lateral Direito – Fabio; Zaqueiros - Marcone e Nenen; Meia Direita – Negrito; Meia Esquerda – Nego; Volante - Nelson de São Miguel; Ponta Direita - Marquinhos de Moleque; Ponta Esquerda - Etinho de Luziete e atacante - Pelezinho de UA.
Na sua opinião José Ramalho foi um grande desportista e benfeitor do América, mas o grande administrador do clube foi seu Edmilson Nicoulau:


“Seu Edmilson e Rulipa faziam o impossível pelo América, o seu Edmilson tinha um cuidado especial com os jogadores, principalmente quando disputavam o campeonato de juniores, faziam o maior esforço para tudo dar certo.
O melhor treinador que tive foi na época que joguei foi o finado Ubiratan”.
O ex-jogador comenta que o América sempre foi respeitado em partidas e competições das quais participou; e lembra que “a torcida adversária ficava nervosa, especialmente depois das notícias da viagem que o América fez à Espanha”. E lamentou a falta de apoio e as dificuldades que o clube vem enfrentando nos últimos anos:

“O comércio e os poderes públicos deveriam se empenhar mais na preservação deste nosso patrimônio. Quando visito minha família em Esperança sempre vou bater uma bola no campo do América, e as vezes dá até tristeza de ver o palco em que tive tantas alegrias nas tarde de domingo naquela situação”.
O José Iderlânio sempre foi bom de bola, um jogador de grande nível técnico. E um excelente estudante, tanto que não foi difícil alcançar uma posição de destaque em sua profissão. Seu maior sonho “é voltar um dia para Esperança e jogar no time Senior no campo do América gramado e em um domingo lotado de torcida, como antes”.
Encerrando a nossa entrevista, Iderlânio escalou os companheiros de sua época para jogar nesse time:

Goleiro - Ademir , Rochinha ou Pequeno
Lateral Direito - Marconi ou Fabio
Lateral Esquerdo - Deli de Newman
Zagueiros - Ronaldo de Luziete ou Preto e César cabeção
Meio Campo - Jeomarcos, Pelezinho, Naldo e Negrito ou Fuquinha de Arlindo
Atacante - Etinho de Luziete e Givanildo
Uma perfeita seleção brasileira!
No detalhe da foto vemos Iderlânio e seu pai Newman.

Rau Ferreira

Fonte:
- Entrevista virtual com José Iderlânio da Silva, 03 de julho de 2010 (e-mail).

Comentários

  1. Olá!

    Leia artigo sobre a importância do patrimônio histórico material e ainda concorra a R$ 1.000,00 em prêmios. Acessar em: www.valdecyalves.blogspot.com

    (DORAVANTE SÓ CONTINUAREI SEGUINDO BLOGS QUE ME SEGUIREM. IMPOSSÍVEL FORMAR REDE SÓ QUANDO UM LADO SEGUE - PRECISAMOS SOMAR - RECIPROCIDADE)

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Obrigado pelo seu comentário! A sua participação é muito importante para a construção de nossa história.

Postagens mais visitadas deste blog

A minha infância, por Glória Ferreira

Nasci numa fazenda (Cabeço), casa boa, curral ao lado; lembro-me de ao levantar - eu e minha irmã Marizé -, ficávamos no paredão do curral olhando o meu pai e o vaqueiro Zacarias tirar o leite das vacas. Depois de beber o leite tomávamos banho na Lagoa de Nana. Ao lado tinham treze tanques, lembro de alguns: tanque da chave, do café etc. E uma cachoeira formada pelo rio do Cabeço, sempre bonito, que nas cheias tomava-se banho. A caieira onde brincávamos, perto de casa, também tinha um tanque onde eu, Chico e Marizé costumávamos tomar banho, perto de uma baraúna. O roçado quando o inverno era bom garantia a fartura. Tudo era a vontade, muito leite, queijo, milho, tudo em quantidade. Minha mãe criava muito peru, galinha, porco, cabra, ovelha. Quanto fazia uma festa matava um boi, bode para os moradores. Havia muitos umbuzeiros. Subia no galho mais alto, fazia apostas com os meninos. Andava de cabalo, de burro. Marizé andava numa vaca (Negrinha) que era muito mansinha. Quando ...

Zé-Poema

  No último sábado, por volta das 20 horas, folheando um dos livros de José Bezerra Cavalcante (Baú de Lavras: 2009) me veio a inspiração para compor um poema. É simplório como a maioria dos que escrevo, porém cheio de emoção. O sentimento aflora nos meus versos. Peguei a caneta e me pus a compor. De início, seria uma homenagem àquele autor; mas no meio do caminho, foram três os homenageados: Padre Zé Coutinho, o escritor José Bezerra (Geração ’59) e José Américo (Sem me rir, sem chorar). E outros Zés que são uma raridade. Eis o poema que produzi naquela noite. Zé-Poema Há Zé pra todo lado (dizer me convém) Zé de cima, Zé de baixo, Zé do Prado...   Zé de Tica, Zé de Lica Zé de Licinho! Zé, de Pedro e Rita, Zé Coitinho!   Esse foi grande padre Falava mansinho: Uma esmola, esmola Para os meus filhinhos!   Bezerra foi outro Zé Poeta também; Como todo Zé Um entre cem.   Zé da velha geração Dos poetas de 59’ Esse “Z...

Esperança, por Maria Violeta Silva Pessoa

  Por Maria Violeta da Silva Pessoa O texto a seguir me foi encaminhado pelo Professor Ângelo Emílio da Silva Pessoa, que guarda com muito carinho a publicação, escrita pela Sra. Maria Violeta. É o próprio neto – Ângelo Emílio – quem escreve uns poucos dados biográfico sobre a esperancense: “ Maria Violeta da Silva Pessoa (Professora), nascida em Esperança, em 18/07/1930 e falecida em João Pessoa, em 25/10/2019. Era filha de Joaquim Virgolino da Silva (Comerciante e político) e Maria Emília Christo da Silva (Professora). Casou com o comerciante Jayme Pessoa (1924-2014), se radicando em João Pessoa, onde teve 5 filhos (Maria de Fátima, Joaquim Neto, Jayme Filho, Ângelo Emílio e Salvina Helena). Após à aposentadoria, tornou-se Comerciante e Artesã. Nos anos 90 publicou uma série de artigos e crônicas na imprensa paraibana, parte das quais abordando a sua memória dos tempos de infância e juventude em e Esperança ” (via WhatsApp em 17/01/2025). Devido a importância histór...

Luiz Pichaco

Por esses dias publiquei um texto de Maria Violeta Pessoa que me foi enviado por seu neto Ângelo Emílio. A cronista se esmerou por escrever as suas memórias, de um tempo em que o nosso município “ onde o amanhecer era uma festa e o anoitecer uma esperança ”. Lembrou de muitas figuras do passado, de Pichaco e seu tabuleiro: “vendia guloseimas” – escreve – “tinha uma voz bonita e cantava nas festas da igreja, outro era proprietário de um carro de aluguel. Família numerosa, voz de ébano.”. Pedro Dias fez o seguinte comentário: imagino que o Pichaco em referência era o pai dos “Pichacos” que conheci. Honório, Adauto (o doido), Zé Luís da sorda e Pedro Pichaco (o mandrião). Lembrei-me do livro de João Thomas Pereira (Memórias de uma infância) onde há um capítulo inteiro dedicado aos “Pichacos”. Vamos aos fatos! Luiz era um retirante. Veio do Sertão carregado de filhos, rapazes e garotinhas de tenra idade. Aportou em Esperança, como muitos que fugiam das agruras da seca. Tratou de co...

A menor capela do mundo fica em Esperança/PB

A Capelinha. Foto: Maria Júlia Oliveira A Capela de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro está erigida sob um imenso lajedo, denominado pelos indígenas de Araçá ou Araxá, que na língua tupi significa " lugar onde primeiro se avista o sol ". O local em tempos remotos foi morada dos Índios Banabuyés e o Marinheiro Barbosa construiu ali a primeira casa de que se tem notícia no município, ainda no Século XVIII. Diz a história que no final do século passado houve um grande surto de cólera causando uma verdadeira pandemia. Dona Esther (Niná) Rodrigues, esposa do Ex-prefeito Manuel Rodrigues de Oliveira (1925/29), teria feito uma promessa e preconizado o fim daquele mal. Alcançada a graça, fez construir aquele símbolo de religiosidade e devoção. Dom Adauto Aurélio de Miranda Henriques, Bispo da Paraíba à época, reconheceu a graça e concedeu as bênçãos ao monumento que foi inaugurado pelo Padre José Borges em 1º de janeiro de 1925. A pequena capela está erigida no bairro da Bele...